Alicitros: Dólar alto afeta o preço da fruta?

Publicado em 03/10/2011 13:42
Por Paulo César Biasioli, engenheiro de alimentos da Alicitros (Associação de Citricultores da Região de Limeira).
As recentes arrancadas para cima da taxa cambial sem dúvidas ajudam a quem exporta ou a
quem depende de exportações.

É o caso da citricultura.

Ao exportar uma mesma tonelada de suco é melhor que seja num câmbio de 1,80 R$/USD do que
a 1,60!

Ganham as indústrias, ganham os produtores.

Mas e os contratos em R$/cx feitos e/ou baseados no tal LEC (Linha Especial de Crédito), terão
algum ganho com este aumento?

Claro que sim; como o preço mínimo garantido para estes casos é de R$ 10,00/cx tendo como
base a média de preços de venda de FCOJ (suco concentrado) no mercado internacional a USD
2.100,00/t.

Se a média de venda final for, por exemplo, USD 2.350,00, na equação do LEC haverá um
acréscimo de USD 0,42/cx, então com o dólar valendo mais, o produtor receberia mais.

Dolar a R$ 1, 60, daria um resíduo de R$ 0,60/cx e para 1, 80, este resíduo estaria na casa dos R$ 0,74.

Agora, com o aumento do câmbio os produtos ou componentes de produtos que precisam ser
importados, deveram subir também. Fica a dúvida: torcer pelo capeta ou pelo satanás?

ANUGA
Tradicionalmente, a cada dois anos, em Colônia na Alemanha é realizada a feira de alimentos e
bebidas, mais tradicional do mundo.

Programada para a segunda semana de outubro, este ano ela terá um significado maior devido à
crise e instabilidade de alguns países importantes consumidores do nosso suco.
Nesta feira em geral aparecem novas diretrizes de mercado e consumo.
Dois pontos de alerta: tendência de consumo (recuperação de países tradicionais consumidores) e
situação e tendência de preços de venda.
 
AQUECIMENTO GLOBAL
Segundo a geógrafa Daniela de Souza Onça da USP "o aquecimento global não é uma realidade!”.
Daniela afirma que não foi encontrada, até hoje, nenhuma prova concreta ou mesmo evidência do
aquecimento do planeta provocado pelo homem, o que se tem hoje são fatos somente baseados
em modelos matemáticos do clima e análises comparativas de pouco valor histórico-científicos, e
baseados apenas nos ciclos muito recentes na história da natureza.

Ou seja, esta onda seria mais um ciclo comum, com começo meio e fim, no curso da humanidade.
Outro dia assisti na TV uma discussão onde vários cientistas comentaram as várias teorias e a
conclusão deles é a mesma da pesquisadora, citando a tese que “na natureza nada se ganha e
nada se perde, mas tudo se transforma (Lavoisier - Lei da Conservação das Massas)”.

Certamente, percebemos eventos mais variáveis e intensos hoje do que ao longo de nossa história
recente porque eles são muito mais noticiados, medidos e registrados do que séculos atrás. 
Será?
 
PARA SABER
Erramos feio no artigo da semana passada, na verdade, 230 MIL e não MILHÕES de pessoas
estão envolvidos na cadeia produtiva da citricultura.

Se fossem 230 milhões, todos os brasileiros, sem exceção estariam trabalhando na lavoura de
citros, até o Sarney!

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
Alicitros

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário