Fala Produtor

  • Eduardo Lima Porto Porto Alegre - RS 22/04/2014 00:00

    Agradeço muito a gentileza e a generosidade dos comentários. Me permitam tomar carona no debate sobre o Seguro Agrícola, sobre o qual coincido integralmente com as colocações do Mestre Severo. A Aprosoja, com a sua capilaridade a nivel nacional e conhecimento técnico profundo da Soja e do Milho, poderia tranquilamente liderar o processo de criação de um Fundo Mútuo que cobrisse não apenas os Riscos Climáticos, mas sobretudo Renda. Isso não é utopia. No Rio Grande do Sul, há décadas que a AFUBRA - Associação dos Fumicultores do Brasil se dedica a gestão de um Fundo fechado que proporciona coberturas diversas aos produtores-membros (se não me engano, Riscos Climáticos, Incendios, etc). Não tenho números precisos, mas a quantidade de pequenos produtores cobertos pela AFUBRA supera os 50.000. Se os fumicultores conseguiram implementar essa estrutura, porque os Sojicultores não conseguem? Me parece que falta uma Liderança Forte que congregue realmente os interesses do Setor e que tenha conhecimento técnico, idoneidade moral e capacidade de convencimento. A Soja e o Milho possuem ainda a vantagem dos mecanismos do Mercado de Futuros e de Opções que permite a garantia de precificação. Porque não pensar num mecanismo que possibilite a participação efetiva dos Produtores nas operações da Bolsa de Chicago? Outro aspecto pouco explorado pelas nossas Lideranças é a transformação das propriedades agrícolas em empresas rurais. Do ponto de vista creditício, as vantagens são incomparáveis. É muito diferente emprestar recursos para uma empresa que possui Demonstrações Contábeis bem organizadas do que para um Produtor que financia toda a sua operação com base no CPF ou de uma Declaração de IR. Existe um Universo para ser trabalhado nas operações de Seguro de Crédito, o que permitiria a redução significativa no custo financeiro agregado aos Insumos. O assunto é longo e merece ser abordado num Artigo...

    Comentário referente a notícia: [b]A agricultura e a difícil escolha entre dois caminhos, por Eduardo Lima Porto[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=138086

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  • Cácio Ribeiro de Paula Bela Vista de Goiás - GO 22/04/2014 00:00

    Permitam-me uma correção e um acréscimo, sobre o comentário relativo à atividade leiteira:

    CORREÇÃO: onde se lê "ser o leite seja...", leia-se "que o leite seja...".

    ACRÉSCIMO: dentre as especificidades enumeradas, faltou mencionar talvez a principal delas, diretamente ligada à primeira(baixa escala de produção):

    A BAIXÍSSIMA MÉDIA DE PRODUTIVIDADE DO LEITE NO BRASIL(podemos escolher várias unidades, por exemplo: litros/vaca/dia; litros/hectare ano; litros/homem/dia, etc, etc).

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  • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR 22/04/2014 00:00

    Sr. João Batista, lendo esta noticia, sou impelido a viajar e, lembrar que já está escrito em Eclesiastes 1:15 - "Aquilo que é torto não se pode endireitar; aquilo que falta não se pode calcular"... Isso a respeito do trigo, que é a segunda commoditie produzida em volumes mundiais, mas num país onde representantes da indústria (diga-se de passagem, com interesses parasitas), ditam as políticas de produção e comercialização da commodity .

    Ouso acrescer: "NÃO HÁ NADA DE NOVO DEBAIXO DO SOL"!

    ...."E VAMOS EM FRENTE" ! ! !....

    Comentário referente a notícia: [b]Trigo: E a isenção da TEC no trigo americano? É boa pra quem?[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=138127

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  • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR 22/04/2014 00:00

    E lá vem a Abiove dando uma ajudinha para os seus associados... Reduziram a estimativa de exportação na tentativa de segurar os preços da soja no mercado interno. Este truque não funciona mais. Vão ter que pagar caro para ficar com nosso produto... Na época A.L. (antes do Liones) podia até colar, mas agora vivemos na era D.L. (depois do Liones) e já estamos vacinados contra estas idiotices e manobras amadoras. É de dar pena.

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  • Liones Severo Porto Alegre - RS 22/04/2014 00:00

    Excelente, grande discernimento!. Quanto ao SEGURO agrícola, a atividade agropecuária ou segmentos independentes podem criar seu próprio seguro. O seguro nada mais é que um fundo mútuo de todos os participantes. Todos os produtores reunidos em torno de uma associação podem criar sua própria seguradora. Os produtores fariam todos os seguros de seus bens, maquinários, automóveis e suas lavouras. O custo seria estabelecido por um índice de participação de cada produtor. Já fiz um plano de negócios para uma central de cooperativas, com repasse e cobertura com seguradora internacional, se necessário. Envolve seguro climático e inclusive, seguro de performance em vendas direta de produtores para o mercado internacional. Na soja não despertou grande interesse porque são raras e suportáveis as quebras de lavouras por clima adverso. Na mesma ocasião, medimos que os fenômenos La Niña e El Niño não oferecem grandes impactos de quebras na agricultura brasileira. Nossa agricultura alcançou um grande desenvolvimento, mesmo aleatoriamente para um mercado que nem conhecíamos seu potencial de consumo..., agora precisamos nos preparar com melhores condições elaboradas, isto é, precisamos de atitude e união de todos em busca de soluções próprias, independente de governo. Pensem nisto, srs. da Aprosoja !.

    Comentário referente a notícia: [b]A agricultura e a difícil escolha entre dois caminhos, por Eduardo Lima Porto[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=138086

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  • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR 22/04/2014 00:00

    Sr. João Batista, reforçando a importância deste patrimônio aquoso, a Declaração Universal dos Direitos da Água, o Artigo 2º cita: "A ÁGUA É A SEIVA DO NOSSO PLANETA"! Para que o planeta (aí inclui-se toda a espécie de vida) continue vivo e saudável, o que acha de preservar-lhe a "SEIVA"? ...."E VAMOS EM FRENTE" ! ! !....

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  • Liones Severo Porto Alegre - RS 22/04/2014 00:00

    Caro CÁCIO RIBEIRO DE PAULA | BELA VISTA DE GOIÁS - GO, nem tanto no anonimato..., o nome é CAIO CESAR VIANNA, presidente da CCGL e dos Terminais Portuários de Rio Grande. Construiu uma planta das mais modernas da America Latina em Cruz Alta/RS, e já está construindo outra planta para dobrar a capacidade e o melhor de tudo, com programas competentes para os produtores aumentar a renda. abraços

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  • Marcelo Soares Rocha pedras altas - RS 22/04/2014 00:00

    Caro CÁCIO RIBEIRO DE PAULA | BELA VISTA DE GOIÁS - GO...

    Parabéns pelo comentário e análise demonstrando profundo conhecimento sobre o assunto. Abç.

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  • Lucas Mendes Santa Bárbara do Sul - RS 22/04/2014 00:00

    Excelente artigo! Jamais imaginei que leria um artigo deste teor na imprensa voltada ao agronegócio. Eu vejo na classe de produtores rurais o grande baluarte na defesa dos caros princípios do liberalismo (propriedade privada, livre mercado e estado mínimo), porém o cacoete estatisto é tão grande que ainda acredita-se na força e benemerência do governo. Nada mais falso e perigoso. Eu acho que umas boas aulas de análise econômica liberal seriam suficientes para alinhar o discurso dos produtores para o lado certo: mais livre mercado, menos imposto e menos regulação estatal.

    Comentário referente a notícia: [b]A agricultura e a difícil escolha entre dois caminhos, por Eduardo Lima Porto[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=138086

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  • Lucas Mendes Santa Bárbara do Sul - RS 22/04/2014 00:00

    Excelente entrevista. Enfatizou o peso tributário que o estado impõe a industria de processamento que, como todos nós sabemos, o fardo tributário diminui a competitividade e asfixia a produção. Ele não reivindicou que se tribute de igual forma a soja para exportação, mas que não deveria haver a tributação sobre o processamento e exportação. Precisamos de livre mercado e de menos Estado sobre a economia. A redução da carga tributária deve ser uma bandeira de todos, dos agricultor ao processador. Com menos impostos, todos ganham, de ponta a ponta. Menos imposto, mais progresso e renda... Portanto, excelente entrevista, só acho que poderia ser mais enfático na defesa da redução dos impostos, na redução do peso do Estado sobre quem produz.

    Comentário referente a notícia: [b]DA REDAÇÃO: Desequilíbrio tributário afeta indústria de processamento de soja[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=138028

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  • Virgilio Andrade Moreira La Paloma 22/04/2014 00:00

    O PT nos governa há 12 anos e nos atrasou uns 20 anos, no mínimo. Quanta gente incompetente!!!, o duro é que contaminaram o executivo, o legislativo e o judiciário..., a faxina vai ser dura, mas é possível... O estrago foi feito em todas as áreas, espalhando-se a confusão de todo tipo. Parece irreparável, mas é preciso alguem de pulso para por o país no caminho novamente. Como fica difícil usar as forças armadas, a saida é pelo lado menos ruim da democracia ! Ordem e progresso!

    Comentário referente a notícia: [b]Olhem aí… Eles começaram a sair da casinha!!![/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=138096

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  • João Alves da Fonseca Paracatu - MG 22/04/2014 00:00

    Também acho que o mercado tem de ser soberano e ditar as ordens, aí cada um estuda suas vantagens comparativas e toma suas decisões..., tenho somente uma ressalva: a atividade agropecuária não é ciência exata e depende muito de fatores extra-planejamento como clima, por exemplo..., então as nossas lideranças (se é que as temos) deveriam lutar por uma política de seguros segura, inclusiva e acessível a toda cadeia..., com este instrumento sobraria como diferencial a competência de cada um. Saudações mineiras, uai!

    Comentário referente a notícia: [b]A agricultura e a difícil escolha entre dois caminhos, por Eduardo Lima Porto[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=138086

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  • Edson Martins Jorden Assis Chateaubriand - PR 22/04/2014 00:00

    Oeste do Paraná em alerta..., com o excesso de chuvas os produtores estão ficando de cabelo em pé. No momento este excesso podem causar sérios problemas tais como: Perda da qualidade de grãos; Doenças foliares; Doenças radiculares, etc.. Então, só nos resta pedir o retorno do sol...

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  • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR 22/04/2014 00:00

    Sr. João Batista, o Homo sapiens é um ser que de "sapiens" (sabedoria) deixa a desejar, mas de hipocrisia, falta capacidade de carga para carregá-la.

    Em tempos pretéritos os governantes, sob a pressão de grupos socialistas, definiram a terra como um capital natural que tem a obrigação de desempenhar um papel social.

    Em pleno século XXI, após os êxodos rurais ocorridos em todos os continentes, o último ocorrido na China, onde seus habitantes da área rural conviviam na mais absoluta miséria. A política das últimas décadas implementada neste país provocou uma migração de trezentos milhões de chineses para os centros urbanos. É pouco?

    No Brasil, temos uma realidade impar. Nas regiões onde a densidade demográfica é maior, a disponibilidade hídrica é menor e, como não temos uma classe política séria, ficamos à merce dos humores dos dogmas religiosos.

    No Estado mais populoso, noticias de insucessos no meio agrícola são constantes e o fluxo migratório para a metrópole é positivo. Diante desta realidade, faço uma pergunta:

    Porque os produtores rurais desta região, não deixam de cultivarem commodities e passam a cultivar ÁGUA ?

    A pergunta prende-se ao fato de que hoje é:

    O DIA MUNDIAL DA ÁGUA !!! ...."E VAMOS EM FRENTE" ! ! !....

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  • Cácio Ribeiro de Paula Bela Vista de Goiás - GO 22/04/2014 00:00

    Senhor Dalzir Vitória, é equivocado afirmar ser o leite seja um dos piores negócios da área rural.

    Se andar um pouquinho (não precisa ser muito), verá propriedades (não são raras) que são oásis em eficiência técnica e econômica. Não é incomum encontrar sistemas de exploração com rentabilidade (R$/hectare) bem superiores por exemplo aos melhores sojicultores do Brasil. Mas num ponto o senhor tem plena razão: "se piscar o olho" a vaca vai literalmente para o brejo... É que a atividade (leite) tem suas especificidades, dentre elas, podemos citar algumas:

    1. Baixa escala de produção;

    2. Exploração pouco profissional;

    3. Baixa capacidade de investimento do produtor;

    4. Atividade altamente exigente em conhecimento técnico(multidisciplinar), capacidade de gestão e disciplina operacional(disciplina esta pouco presente na "cultura tupiniquim");

    5. O produto (leite) é o mais perecível, obrigando-o a "sair" da propriedade quase que diariamente (e a indústria sabe disso melhor que ninguém);

    Certamente há pessoas trabalhando duramente para suplantar os fatores adversos que a atividade impõe.

    Quem sabe alguns "LIONES SEVERO do leite" existam por aí, fazendo seu trabalho no anonimato...

    Em tempo, lembramos neste espaço que a exploração leiteira é altamente "distribuidora de renda", ou seja, exerce seu "papel social" como poucas atividades econômicas no mundo.

    Abraço.

    Cácio Ribeiro, Consultor em Agricultura e filho de produtor de leite e grãos (milho, soja, sorgo).

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