Fala Produtor - Mensagem
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Vitor Maciel de Sousa Rodrigues Rio de Janeiro - RJ 05/10/2018 09:40
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Gilberto Rossetto
Lucas do Rio Verde - MT
VITOR, como estão os projetos de esgoto e saneamento para região Amazonica? Com vai a limpeza da Lagoa Rodrigues de Freitas no RJ e a despoluição do Rio Tiete em São Paulo? A infraestrutura das escolas do Norte do Brasil estão bem?!!!! Por que não vai me dizer que o "homem" não faz parte do "meio ambiente".
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Dalzir Vitoria
Uberlândia - MG
Parabéns Gilberto...o cara mora no rio..seus dejetos e esgotos vão direto pro mar...ai ficar falando dos outros e fácil...pra não poluir ai no rio podias andar com um balde nas costas pra dar exemplo...
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carlo meloni
sao paulo - SP
Muita teoria cientifica sem nenhum retorno financeiro----A Amazonia so' sera' salva com silvicultura obrigatoria projetada para a utilizaçao do sub-bosque com pecuaria----A riqueza da bio- diversidade e' so' conversa mole para os academicos arrancarem lautos salarios governamentais sem trabalhar e so' filosofando-----
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Vitor Maciel de Sousa Rodrigues
Rio de Janeiro - RJ
Olha, gostaria de pedir desculpas se ofendi alguém com meu comentário anterior. Longe de querer despertar a raiva e a indignação, eu simplesmente expus fatos e conceitos. É um direito de cada um fazer o que bem entender com eles.
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Paulo Roberto Rensi
Bandeirantes - PR
Sr Vitor Maciel, o FALA PRODUTOR conta com pessoas que vivem a realidade. Assuntos de "Academia" é um perfume que não agrada ao ambiente do FALA PRODUTOR, pois, embora estejam baseados em teses cientificas, para muitos isso foge da realidade.
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Vitor Maciel de Sousa Rodrigues
Rio de Janeiro - RJ
Sr PAULO ROBERTO RENSI, compreendo o seu ponto e agradeço pela educação no seu comentário. Mais uma vez, não vim aqui para impor a minha opinião a ninguém, mas o fato é que não existe diferença entre "teoria" e "prática", "teses científicas" e "realidade". Uma serve justamente para explicar a outra e para alertar sobre as consequências de certas ações. Pode ser que essas consequências pareçam longe da realidade, mas não serão quando se concretizarem. Este será meu último comentário referente ao tema. Obrigado.
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Gilberto Rossetto
Lucas do Rio Verde - MT
Mesmo que se admita como verdadeiro o argumento do economista, de que o desmatamento será naturalmente inibido pelos processos econômicos (argumento este que não se está negando ou validando), é necessário questionar qual é o grau de desmatamento "aceitável" para determinada região. A verdade é que o desmatamento não precisa alcançar a perda total, ou mesmo generalizada, dos habitats da Amazônia, pois uma perda de vegetação, por mínima que aparente ser, já pode alterar toda a estrutura da paisagem, comprometendo a biodiversidade local.
Os fenômenos relacionados à fragmentação exemplificam esse ponto, já que uma pequena perda de área vegetal poderia subdividir e separar florestas inteiras, isolando habitats, gerando mudanças microclimáticas (com o efeito de borda, por exemplo) e interferindo no comportamento e sobrevivência de diferentes espécies de plantas e animais, nos padrões de dispersão e migração, e portanto, na estrutura e dinâmica dos ecossistemas.
Com essas alterações, portanto, a fragmentação de habitats alteraria de forma significativa processos ecológicos básicos de toda a região, como a polinização, a ciclagem de nutrientes, a regulação climática e o estoque de carbono. Dessa forma é incompreensível que se alegue que o desmatamento, desde que não seja total, não acarretará desequilíbrios climáticos e ambientais em uma escala maior.
Finalmente, estima-se que a Amazônia já tenha perdido mais de 30% da sua área original, e que os cenários científicos mostram uma tendência de aumento desse processo. Análises de imagens de satélite mostram que, já em 1988, a área de floresta da Amazônia brasileira que estava fragmentada ou suscetível aos efeitos de borda era 150% maior do que a área efetivamente desmatada (Skole & Tucker apud Laurence & Vasconcelos, 2009).
Em resumo, não é preciso que a devastação alcance o seu nível máximo. Por mais que o pesquisador defenda que a exploração agrícola será "controlada" e portanto não causará efeitos adversos ao ambiente, não se pode admitir qualquer impacto ambiental dito mínimo, restrito, finito ou insignificante, já que muitas vezes não se pode detectar as inúmeras implicações de tal ato a longo prazo. A devastação ambiental da Amazônia e a perda de sua biodiversidade já são fatos concretos, cujas dimensões aumentam progressivamente.
Referências:
JÚNIOR, Esdras Martins. Fragmentação Florestal e a Biodiversidade da Amazônia. Disponível em: . Acesso em: 04 de out. De 2018.
LAURANCE, William F.; VASCONCELOS, Heraldo L. Conseqüências ecológicas da fragmentação florestal na Amazônia. 2009.