Fala Produtor - Mensagem
-
Edmundo Taques Ventania - PR 25/03/2019 18:46
-
Homil Abdala Abdo
Ituverava - SP
Sem contar a quebra da produção em praticamente todos os estados produtores de soja no Brasil.
-
Carla Mendes
Campinas - SP
Sr. Edmundo, muito obrigada pelas colocações. Ter uma voz como a do sr. é ter a voz do produtor!
-
Luciano Vasconcellos
The Woodlands
Mais um comentário capenga. A febre suína diminuiu o plantel chinês. Memos esmagamento por lá. Ent?o Brasil e EUA precisam esmagar mais para suprir a demanda chinesa por proteína. Se entendessem tanto de mercado seriam milionários operando dólar, CBOT e prêmio.
N?o precisariam escrever previsões que nunca acertam.
-
Edmundo Taques
Ventania - PR
Todo dia acordo e começo meu dia por procura de noticias, leio artigos, vejo vídeos, busco informações aqui no Noticias Agrícolas e em outros sites estrangeiros.
Todo dia a mesma gama de justificativas, algumas até com uma certa coerência, outras tão absurdas que não passariam pelo curso de Massinha I de lógica.
E todo dia não vejo ninguém falando a verdade, apenas formulas e argumentos tentando camuflar o fato inegável:
Os produtores brasileiros estão sendo roubados!!!
Desde o inicio da guerra comercial, a China, para dar conta da sua demanda, passou a comprar muito mais soja aqui no Brasil, os números de exportações do ano passado, bem como do inicio desse ano estão ai para confirmar isso.
Sim meus amigos alimentar uma população de 1 bilhão e quatrocentos milhões de habitantes não é tarefa fácil não!!! Mas acreditem, em grande parte, somos nós, OS PRODUTORES BRASILEIROS que estamos fazendo isso!!!!
E o que estamos recebendo por isso??? Um preço justo, um preço certo??? Façam essa pergunta a si próprios
Se pensarem como eu vão ver que não!!! Já expus no inicio do comentário que está originando essa resposta algumas razões do porque penso e sinto isso e sei que a grande maioria pensa igual, portanto não vou repetir o assunto.
E já que ninguém fala, eu como produtor vou falar, Preto no Branco:
O fato inegável é que toda a safra brasileira está indo embora a preços muito abaixo do que deveriam estar, como demonstrado, esta defasada, num caráter máximo de U$$ 2,00 por bushel, ou algo de R$15,00 por saco.
Isto porque, para uma demanda desse tamanho, ou a China compra aqui ou compra nos EUA e lá, pra ela a soja custa hoje U$$ 11,50 o bushel, enquanto nós seguimos vendendo a nossa a U$$ 9,50 E NÃO VEJO NINGUEM FALANDO NISSO!!!!
Pelo contrario, vejo argumentos de todo o tipo, por todos os lados, como já dito anteriormente alguns ate com algum sentido, outros sem sentido nenhum, tentando justificar o injustificável, o motivo de que eu e vc amigo produtor brasileiro estamos levando um beiço de R$10-15 por saco no nosso produto.
Sabem o que queria ler e ouvir aqui no noticias agrícolas?? Queria ouvir de alguém mais brigando por isso, A VERDADE, queria ver as Aprosojas, o próprio Noticias Agrícolas, alertando sobre isso e iniciando um movimento nacional de orientação no sentido de unir a nossa classe para mostrar isso ao "mercado", alertando para apenas vender o que for necessário para honrar os compromissos, segurar o resto e falar: NÃO!!! Esse não é o preço justo, nem correto!!!
Fica aqui a provocação!!
44-45% da nossa safra já foi a preço de bem abaixo do correto/justo, vamos esperar os outros 50% irem embora e passar o resto do ano reclamando???
Lembrem-se para os outros te valorizarem, primeiro você precisa se dar valor!!!
E eu me dou valor!!!
Vou continuar "gritando" sozinho, porque é da minha natureza, mas espero que todos vocês, produtores amigos, Noticias Agrícolas, analistas se juntem nesse coro, até que nosso grito possa ser ouvido, porque ficar em silencio não irá mudar isso!!
-
Liones Severo
Porto Alegre - RS
Na minha opinião, a qual já manifestei para a APROSOJA, não adianta criar uma Bolsa de Mercadorias Sul-Americana enquanto os participantes do mercado seguirem as orientações dos relatórios mensais de Oferta & Demanda mundial, publicados pelo USDA/WASDE. Aqueles relatórios trazem estoques mundiais acima de 100 milhões de tons, atribuindo ao Brasil 31,53 mmt, Argentina 24,9 mmt, China 23,52 mmt, todos no final da safra de 2017/18, sabidamente inexistentes como estoques finais como são declarados e repetidos por milhares de analistas ao redor do mundo. O fato é que esses estoques são de andamento ou middle way, com base a data de 1o. de outubro, que o USDA convencionou como sendo a data que representa o inicio do ano safra mundial. Naquela data, os estoques sul americanos seriam, talvez, esses números do USDA, mas são consumidos até o final do ano safra do BR 31/1, da AR 28/2 e da China, é ainda pior, porque é o somatório da produção de soja mais o estoque de soja disponívei nos portos, que quase nunca excedem a 7,0 mmt. Neste contexto, quanto maior for a produção de soja sul americana, maior será o estoque mundial divulgado pelo USDA e não esta?fora de questão que nos próximos anos esses estoque alcance 150 milhões de tons, terminando de quebrar a atividade agrícola em muitos países produtores. Minha proposta manifesta é que a Aprosoja, juntamente com os argentinos e a ASA (American Soyabean Association), se reúnam para demonstrar os prejuízos que essas estimativas estão causando ao setor produtivo global, com a forte transferência de renda desse setor para os mercados consumidores. A ASA deve ser a maior interessado porquanto os produtores norte-americanos vivem a maior crise de sua história, com endividamento na ordem de 324 bilhões de dólares. De outra forma nosso MAPA com MINAGRI, pressionar o USDA para que os números dos estoques sejam os estoques publicados pelas autoridades agrícolas dos respectivos países, ou seja, retirando-lhes o direito de publicar estimativas distorcidas sobre nossas agriculturas. Penso ser o melhor caminho !
-
Luciano Vasconcellos
The Woodlands
O que Governo, CNA (isso ainda existe?), APROSOJA (que aparenta somente ter soja em MT) poderiam fazer? Que tal produtores brasileiros, americanos e argentinos sentarem numa mesa e decidirem que a soja terá um preço mínimo? A demanda é crescente. O segundo passo, deixarmos de exportar imensos volumes de grãos e priorizarmos óleo e farelo. Em seguida proteínas animais. Emprego e renda aqui. Mandamos comida pronta para lá.
O mesmo com algodão. Brasileiros e americanos suprem o mercado chinês de algodão para que façam fios, tecidos e confecções. Em seguida exportam para nós os países produtores.
Diplomatas: larguem Venezuela, Cuba e assuntos que nada trazem de benefícios para nosso País. Trabalhem pelos que trabalham aqui.
-
Liones Severo
Porto Alegre - RS
Sobre a CBOT : O endividamento dos agricultores dos EUA, tem 5 anos de prejuízos ininterruptos, cuja taxa de retorno das receitas agrícolas caiu para os níveis de 1977, ou seja, desde 2014, com o encerramento do pregão de viva-voz da CBOT, que afastou o forte vínculo do mercado físico da indústria de derivativos. Portanto, a CBOT não representa o mercado norte-americano, mas o mercado mundial. A forte desvalorização das moedas dos países emergentes, após o término dos estímulos da economia norte-americana em 2014, que desde da crise de 2008, trouxe o dólar desvalorizado por todo aquele período. Os países emergentes grandes produtores agrícolas, passaram a negociar seus produtos em moeda local, como acontece atualmente. Fazendo uma longa história curta: 1) O Brasil como maior exportador mundial de soja, é protagonista no desempenho dos preços internacionais. A condição que oferece a venda em moeda local, impede o avanço dos preços em dólares cotados na Bolsa de Chicago, e está inviabilizando o comércio das produções agrícolas dos Estados Unidos, nosso maior competidor na exportação de milho & Soja. 2) A concentração de vendas de uma colheita, não tem correspondência de utilização nos mercados de consumo que são parcimoniosos no volume distribuído no tempo. Resultado pressionam os preços. 3) Produtores pressionados pelos financiadores atropelam os mercados consumidores com excesso de oferta o que derruba os preços e estende o prazo de pagamento. Quando a oferta avança sobre o consumo, pede-se o preço, mas quando o consumo avança sobre a oferta, ganha-se preço. 4) O preço não é causa mas sim, efeito, ou seja, representa apenas o momento do acordo de conveniência entre ofertante & demandante, no qual aceitam a transferência de um determinado ativo ou produto naquele valor. 5) os Chineses ou outros quaisquer compradores não são culpados pela condição que os produtores sul americanos estão entregando a oferta.
-
Edmundo Taques
Ventania - PR
Caro Sr. Liones parece ser sim uma excelente ideia!!! Já passou da hora de discutirmos a comercialização do Brasil. NESTA safra, NESTE presente momento, vamos ser sinceros, justificativas mil que já li e ouvi, não mudam o fato de que NESTE ano comercial em especifico o que esta realmente acontecendo não é nem de perto uma parceria comercial, mas sim uma transferência de riquezas!!!
-
Martins Kampa
Fico pensado quando alguns comentaristas falam tanto de nação, de Brasil, mas parece que ao redor dele não existem consumidores, ou há consumidores somente em outros países... Será que essa pessoa está na sua ilha particular, que não tem vizinhos, somente consumidores ultra-mar?
-
Liones Severo
Porto Alegre - RS
Caro Martins Kampa, acontece que até mesmo a soja consumida internamente tem preços estabelecidos com base as cotações da Bolsa de Chicago.
-
Walaf Ribeiro de Mello
Barbosa Ferraz - PR
Para complementar o comentario de Edmundo Taques, O NOTICIAS AGRICOLAS e a APROSOJA, entre outros sites e orgãos, não alertam os produtores nem os tenta uni-los, porque muitas vezes esses estao do lado das tradings e nao dos produtores brasileiros
-
Homil Abdala Abdo
Ituverava - SP
Sensacional!!! Falaram da guerra comercial, da próxima safra dos EUA, da demanda da china, da safra da américa do sul, do cambio e dos fundos investidores ... faltou apenas falar do produtor brasileiro, então aqui vai:
Do Produtor Brasileiro.. O produtor Brasileiro vem de um ano com aumento significativo nos custos de produção e de quebra substancial de safra, sabe que seu produto tem melhor qualidade e que tendo em vista, no presente momento, a existência de impostos sobre a safra americana, o produto americano custa para exportação para China o valor de U$$ 11,50 (vencimento maio + 25% imposto) o bushel, enquanto aqui segue recebendo algo em torno de U$$ 9,50 (vencimento maio + premio) pelo mesmo bushel independente de ser um produto com mais qualidade. Sabe que o ano foi difícil, considera os prêmios atuais ridículos com o sentimento imerso de estar sendo roubado. Que se não fosse pelo Dólar, a quebradeira seria ainda maior e já estaria caçando Chinês na rua para um acerto de contas de natureza mais pessoal (O que não recomendo, mas é fato). E ainda tem que ouvir que o estoque americano é grande (ótimo então porque não estão comprando lá então?!?), que as margens de esmagamento estão apertadas (Brilhante, comprando soja a míseros U$$ 9,10 o bushel e está com margem apertada??? Serio??? Já pensou em mudar de negocio!!) e que o mercado é soberano (Claro!!! Se existisse um né!!! Chicago esta em estado inerte e totalmente prostrado a espera do fim da guerra comercial a UNICA coisa que o fará mudar significativamente, as favas com todos os demais fundamentos). Não tem intenção de vender soja, porque não PODE!!! Como já dito no começo do texto, dado o aumento de custo e a quebra de safra, só pode vender o que lhe resta de soja a preços bem mais atrativos, preços esses que já deveriam estar sendo ofertados!!! Já lhe levaram 44-45% da safra a preço de banana, não tem como entregar o resto por estes preços, porque simplesmente não vai fechar as contas.