Fala Produtor - Mensagem

  • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR 30/05/2019 05:47

    Tenho andado, ou melhor, parado nas minhas conjecturas. Acho que a "preguiça" é o desalento que as palavras de Rui Barbosa exemplarmente conseguiu externar: "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto".

    Mas, na minha "preguiça", trago essa joia escrita por Fernão Lara Mesquita...

    (.) ... "A lei, quando não a própria Constituição com que nos assaltam, manda cortar antes remédio de criança com câncer e o pescoço da nação que as lagostas do STF ou os cavalos de salto dos nossos generais.

    "Todo poder emana do povo e em seu nome será exercido". O estupro só vai parar quando o povo estiver armado para contratar e, principalmente, para demitir. A fidelidade da representação do País Real no País Oficial é que põe responsabilidade e legitimidade no uso dessa arma. Daí ter sido essa, desde o primeiro minuto, a obsessão dos artífices da "democracia representativa". Só existe uma maneira de garantir a fidelidade dessa representação. Eliminar os intermediários. A função dos partidos é sintetizar a mensagem política e formalizar o compromisso mínimo dos candidatos. Nada mais. O voto distrital puro é a única maneira aferível de amarrar, pelo endereço, cada representante aos seus representados. Cada candidato só se apresenta aos eleitores de um distrito. Cada distrito elege um só representante. E os eleitores daquele distrito ? os que votaram e os que não votaram no candidato vitorioso ? têm soberania absoluta sobre ele. Uma lista de assinaturas que cumpra os requisitos pactuados entre eles convoca uma nova votação naquele distrito para destituir ou manter o seu representante. No representante "do outro" ninguém toca, nem os demais eleitores, nem o governo, nem o Judiciário, sem a autorização dos "donos". Sem tretas. Tudo claro. Tudo no voto.

    A essência da humanidade não muda com isso. Continua-se a errar como sempre. Mas deixa de haver compromisso com o "erro" que é o fundamento de todo privilégio. Tudo o mais, senão a definição desse modo de operar em seus contornos mínimos e essenciais, deixa de ser "pétreo" e "imexível". Cada pessoa, instituição ou lei passa a estar sujeita a avaliação. Todo erro pode ser corrigido sem hora marcada e sem pedir licença aos não interessados.

    Como é que se consegue implantar isso? Exigindo. O povo é rei. Consegue tudo que realmente quer. O problema é que o brasileiro continua hesitando em deixar de querer a coisa errada.

    (.) : Em https://vespeiro.com/2019/05/21/receita-para-a-revolucao/

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Só para dar veracidade aos escritos acima. Alguém já ouviu falar o nome do presidente da Suíça?... Pois é, lá tem presidente, sabia? ... Mas, porque ele não é citado? ... A Suíça é uma Democracia Direta há mais de dois séculos. Os EUA emprestaram muitos conceitos para escrever sua Constituição de 1787, em uso até os dias de hoje. Segundo os entendidos uma das melhores dos países democráticos do Ocidente. ... Não são as novas constituições que melhoram o convívio das pessoas num país mas, como essas pessoas têm suas vidas sob o seu poder individual. ...

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