Fala Produtor - Mensagem
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Cácio Ribeiro de Paula Bela Vista de Goiás - GO 26/07/2020 12:30
Comentário referente a notícia: Arrendamento justo é aquele que divide a produtividade em partes iguais, diz Paulo Nicola-
Paulo Roberto Nicola
Santiago - RS
Prezado Cácio, ao abordarmos o assunto administração financeira rural não podemos pensar em fronteiras. Nosso foco é analisar toda e qualquer despesa que venha a diminuir o Lucro Bruto do produtor, e acredite, serve para qualquer cultura agrícola em qualquer ponta do pais e sendo o arrendamento o maior custo que um produtor possa ter em sua atividade, se faz necessário uma referência e nada mais justo, sob a ótica financeira, do que comparar sua renda média ao longo dos anos ao valor pago ao proprietário da terra.
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Cácio Ribeiro de Paula
Bela Vista de Goiás - GO
Sr Paulo, os conceitos são os mesmos, não têm fronteiras (usando sua expressão), porém os números que o senhor usa não podem ser os mesmos, seja no RS, em GO ou em TO. Reforço o que afirmei, o ARRENDATÁRIO, pelo risco que assume, não pode, NUNCA, ter expectativa de rentabilidade igual a do PROPRIETÁRIO da terra.
Saudações!
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Paulo Roberto Nicola
Santiago - RS
OK Sr. Cácio, respeito sua opinião... estamos aqui justamente para isso, colocarmos nossos conceitos. Valeu.
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Rafael Antonio Tauffer
Passo Fundo - RS
Pode ter certeza que a grande maioria dos arrendatários estão ganhando menos que o proprietário da terra.
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Paulo Roberto Nicola
Santiago - RS
Sr PAULO NICOLA, permita-me discordar de alguns pontos da sua entrevista:
Sobre o VALOR DO ARRENDAMENTO, pelos riscos absurdamente mais altos, o arrendatário deve ter, NATURALMENTE, resultados financeiros mais elevados, ou, pelo menos a expectativa de retorno deverá ser maior. Se a "margem" for equalizada, como o Sr propõe, nos anos de frustração como ficará essa equalização, se o contrato for em valores fixos (sacas de soja/hectare)..? Aí é"fumo" na certa para o arrendatário...!
Por outro lado, com a boa exploração da terra, naturalmente o PROPRIETÁRIO terá o benefício do ganho, ainda que não embolso direto, "ganho caixa", da valorização do seu patrimônio (TERRA).
Outro ponto discordante, fixar o arrendamento pela "PRODUTIVIDADE" do solo é muito vago, pois um mesmo solo poderá ter diferentes produtividades se explorado por diferentes AGRICULTORES (decorrente de níveis diversos de eficiência na exploração do mesmo solo)...
Os seus exemplos e simulações podem ser válidas para sua região, ainda que não extrapolados integralmente para todos próximos ao senhor, que dirá para todo o "CONTINENTE BRASIL"!