Fala Produtor - Mensagem
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Carlos Massayuki Sekine Ubiratã - PR 18/11/2020 13:00
Comentário referente a notícia: Artigo: A avicultura 4.0 e o desempenho das aves-
Leodir Vicente Sbaraine
Terra Roxa - PR
Parabéns, excelente comentário, temos que divulgar urgentemente a nível de mundo....Fato, realidade !!!
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Leodir Vicente Sbaraine
Terra Roxa - PR
No oeste paranaense, além de toda a evolução tecnológica na criação de aves e os avanços nas áreas de bem estar animal e biosseguridade, é preciso destacar o aspecto da sustentabilidade da criação de aves. Já que está tão na moda essa questão, é preciso divulgar para o mundo o tripé da sustentabilidade (social, ambiental e econômica) observado na atividade avícola. No social, a atividade está gerando renda no campo e empregos nas cidades, viabilizando pequenas e médias propriedades e pequenas cidades pelo interior desse estado que viram seu PIB crescer, invertendo uma tendência de perda de população rural e urbana nas décadas passadas para uma tendência de crescimento populacional. Na questão da sustentabilidade econômica, a avicultura nessa região é das mais competitivas do mundo e talvez fosse a mais competitiva não fosse o velho custo Brasil. Produzimos localmente os dois principais insumos da ração (soja e milho) na mesma área e no mesmo ano com produtividades crescentes. O impacto do custo com frete nos grãos é muito baixo. O clima é favorável para a criação das aves, a distância até os portos é relativamente pequeno, e temos o mais importante: expertise. Na questão da sustentabilidade ambiental, todos os dejetos produzidos durante a criação dessas aves é aproveitado como fertilizante orgânico, transformando um passivo ambiental em insumo que ajuda no aumento da produtividade e na redução dos custos dos grãos produzidos. Toda a energia térmica utilizada nos processos de aquecimento dos aviários, secagem de grãos, geração de vapor nas caldeiras de fábricas de óleo, ração e abatedouros vem da biomassa de florestas de eucalipto cultivadas para esse fim. O mesmo eucalipto ainda fornece a maravalha que forma a cama dos aviários e a madeira para os paletes utilizados na movimentação e comercialização das carnes e derivados. A energia elétrica consumida nos aviários e indústrias também é proveniente de fontes renováveis (hidroelétricas). É um circulo virtuoso onde a soja que sai do campo vai para a fábrica de onde sai o óleo e o farelo que se junta ao milho na fábrica de ração. A ração volta para a propriedade rural para as granjas de onde saem o frango e o esterco. O esterco volta para o campo para produzir mais grãos e mais eucalipto enquanto o frango segue para o abatedouro onde vai gerar empregos e riqueza para as pequenas cidades e proteína de alta qualidade para o Brasil e o mundo. Nesse circulo virtuoso, muitos pequenos municípios pelo interior já estão alcançando a casa dos bilhões de reais no valor bruto da produção agropecuária. Esse valor é importante não só pelo seu montante, mas também pela maneira bem distribuída que chega à população local na forma de remuneração de criadores, parceiros, assalariados, fornecedores de insumos e equipamentos, prestadores de serviços etc... Além da geração de tributos.
O Brasil está se consolidando como o principal fornecedor de proteína para o mundo e isso tem despertado a preocupação de muitos de nossos concorrentes que tentam a todo custo sujar a nossa imagem, falando de desmatamento e queimadas na Amazônia. E o pior, com a ajuda da nossa grande mídia que trabalha contra o próprio patrimônio. É preciso divulgar para o mundo a qualidade, a segurança e a sustentabilidade da nossa produção e mostrar que aqueles que nos acusam, esses sim são os verdadeiros poluidores e destruidores do meio ambiente. Mas isso a globo não mostra.