Fala Produtor - Mensagem

  • Alberto Eduardo Rings Maringá - PR 15/05/2008 00:00

    O FARAÓ DO MUNDO

    De repente o mundo descobre a crise ou inflação dos alimentos. Nunca, em tempo algum, a mídia deu tanta importância à produção e ao produtor de alimentos. O fato, é que esta crise sempre existiu, só que, agora, ela atingiu o bolso dos ricos e quando o bolso dos ricos é afetado a coisa pega.

    De quem é a culpa? Os ricos como não poderia deixar de ser, já nomearam os culpados: os “biocombustíveis”, etanol na ponta, Brasil na liderança.

    Apesar de tudo, o Brasil tem, nesta crise, uma oportunidade ímpar de tornar-se, definitivamente, o líder na produção de alimentos para o mundo. Neste aspecto, me vem à memória uma história que se encaixa como uma luva no atual momento.

    Conta-se que na antiguidade, um certo Faraó do Egito, era acometido, por várias noites, de uma espécie de pesadelo, onde “sete vacas gordas pastavam em pastos verdejantes e, súbito, sete vacas magérrimas vinham e comiam as sete gordas; também via sete espigas bonitas e bem granadas e, após elas, sete espigas feias e mirradas”. Faraó convocou todos seus sábios e adivinhos para lhe interpretarem o sonho, em vão. Informaram, então, ao Faraó, que na prisão havia um jovem judeu que tinha se mostrado exímio na arte de interpretar sonhos. Chamado à presença do supremo ser egípcio, José, o jovem judeu, deu a seguinte interpretação: “as sete vacas gordas, como as sete espigas bem granadas, representavam sete anos de fartura para o Egito e todos os reinos vizinhos; as sete vacas magras que devoravam as gordas e as sete espigas feias e mirradas, representavam sete anos de fome e miséria que assolariam toda a terra daquela região. José, que não negava sua perspicácia judia, pediu permissão para dar uma sugestão a Faraó: “vossa sabedoria deverá aproveitar os sete anos de fartura e mandar construir muitos silos, armazéns e depósitos por todo o Egito; deverá incentivar a produção de alimentos, a qualquer custo, de maneira a encher os silos, armazéns e depósitos para que nos anos das vacas magras haja tal abundância que o povo terá alimentos para si e Faraó poderá vender o excedente, a peso de ouro, aos reinos vizinhos”. E tudo aconteceu como previsto! Os reinos vizinhos que esbanjaram nos anos de fartura, tinham que correr ao Egito para comprar, “a qualquer preço”, o alimento que Faraó tinha de sobra. (Contam os historiadores, que nessa época, o Egito cresceu dez anos em um, uma espécie de PAC egípcio, que lá, aconteceu de fato!).

    Lula deveria deixar de ser rei para ser Faraó e imitar seu colega do Egito. Da nossa parte, já provamos do que somos capazes, mesmo com toda a falta de apoio governamental. É só nos dar condições (não nos atrapalhando já é bom começo), e encheremos o mundo, não só com comida, mas também com energia renovável. Nesse particular, somos imbatíveis!

    Se Lula seguir o exemplo daquele Faraó, Lula se tornará o Faraó do mundo e, aí sim, terá todo nosso apoio. Viva o Faraó Lula!

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