Fala Produtor - Mensagem

  • Geovani Salvetti Ubiratã - PR 30/04/2013 00:00

    A ausência de chuvas em várias regiões produtoras de milho safrinha tem preocupado os produtores rurais. Na região de Dourados (MS), a estiagem permanece a mais de 20 dias e não há previsões de novas precipitações para os próximos dias. A situação se repete em outros estados como o Mato Grosso, Goiás e Paraná.

    Caso o clima se confirme desfavorável ao desenvolvimento do cereal, a expectativa é que a produtividade das lavouras fique 30% abaixo do registrado na safra anterior, conforme destaca o produtor rural, Renato Ferreira. Na safra passada, o rendimento médio das plantações de milho safrinha chegou a 110 sacas por hectare na região de Dourados.

    Para o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as perdas podem chegar a 50% frente ao potencial produtivo que as lavouras teriam com o clima favorável. O consultor ainda explica que o cereal plantado até o dia 25 de fevereiro tende a sofre menos como impacto da seca, uma vez que estão em estágio de desenvolvimento adiantado.

    “No entanto, grande parte das lavouras foram semeadas entre o dia 25 de fevereiro e 10 de março, e estão com 60 dias de plantio, e caso não chova nessas plantações as perdas em produtividade podem variar entre 30% e 50%”, explica Brandalizze.

    Paralelo a esse cenário, os baixos preços do milho praticados no mercado interno brasileiro também afligem os produtores. A baixa é um reflexo das cotações futuras menores no mercado internacional, que são pressionados por uma expectativa de safra recorde nos EUA e da perspectiva de uma grande safrinha brasileira.

    E frente aos altos custos de produção, somente o valor do adubo aumentou em torno de 40% nesta safra, a saca do milho está sendo negociada entre R$ 13,00 e R$ 14,00 em várias regiões do país. Diante dessa insegurança, Ferreira sinaliza que o Governo Federal já deveria ter sinalizado a criação de políticas públicas para garantir o preço mínimo do produto.

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