Este projeto de lei de cobrança de PIS/Cofins na soja tem a clara intenção de prejudicar o cerealista. Não vou defender esta figura de atravessador, mas sem ele ficaremos nas mãos das cooperativas e traders. Isso seria catastrófico num primeiro momento. Os cerealistas e os pequenos vendedores de insumos prestam um grande serviço aos agricultores, pois sendo mais enxutos e eficientes podem pagar melhor pela nossa produção e nos vender insumos mais barato. Quem conhece uma cooperativa de perto sabe que sem os benefícios fiscais e de financiamento a juros mais baratos, a grande maioria seria inviável. Estas já tiveram seu papel relevante no desenvolvimento da agricultura brasileira, mas hoje são grandes corporações, sem contato direto com seu cooperado.
Provavelmente esta lei vai passar em algum momento. Vai inviabilizar o cerealista. A saída será a associação de agricultores locais para formar pequenas cooperativas, podendo assim se beneficiar das vantagens para este sistema. O grande problema é que o agricultor enxerga no seu semelhante um inimigo, e não um companheiro. Por anos e anos, foi feita uma lavagem cerebral em nós, colocando esta idéia, que meu vizinho é meu adversário. Temos que quebrar este paradigma. O vizinho é seu parceiro e podem se ajudar mutuamente.
A necessidade é a mãe de todas as invenções. Se quebrarem o cerealista e tentarem fazer da agricultura um monopólio, com certeza este conceito de "vizinho inimigo" será mudado, pois tendo um "vizinho parceiro" será mais lucrativo. Já existem alguns exemplos disso na minha região, onde um grupo de agricultores se uniu em associação e construiu um grande silo. Compram insumos em parceira e cada um comercializa sua produção para quem quiser. Paga a taxa de limpeza/secagem e manutenção da estrutura. Este sim é o maior pesadelo das cooperativas. Mas será sim o futuro redentor dos agricultores.
Já se perguntaram por que o sistema cooperativista não vingou no centro-oeste? É porque a grande parte dos produtores tem silos próprios.
Para quem defende o sistema de cooperativa atual, pergunto? Porque existe uma diferença de R$ 5,00 entre o preço pago pela cooperativa por uma saca de soja vendida no balcão e o preço pago pela mesma soja se estivesse em meu silo? O que me interessa se a cooperativa tem "trocentos mil" entrepostos e milhares de funcionários, se o cerealista com meia dúzia de empregados vende o mesmo insumo mais barato e paga mais pelo preço da safra?
Finalizo. Sem concorrência no setor, o agricultor vai perder.
Este projeto de lei de cobrança de PIS/Cofins na soja tem a clara intenção de prejudicar o cerealista. Não vou defender esta figura de atravessador, mas sem ele ficaremos nas mãos das cooperativas e traders. Isso seria catastrófico num primeiro momento. Os cerealistas e os pequenos vendedores de insumos prestam um grande serviço aos agricultores, pois sendo mais enxutos e eficientes podem pagar melhor pela nossa produção e nos vender insumos mais barato. Quem conhece uma cooperativa de perto sabe que sem os benefícios fiscais e de financiamento a juros mais baratos, a grande maioria seria inviável. Estas já tiveram seu papel relevante no desenvolvimento da agricultura brasileira, mas hoje são grandes corporações, sem contato direto com seu cooperado.
Provavelmente esta lei vai passar em algum momento. Vai inviabilizar o cerealista. A saída será a associação de agricultores locais para formar pequenas cooperativas, podendo assim se beneficiar das vantagens para este sistema. O grande problema é que o agricultor enxerga no seu semelhante um inimigo, e não um companheiro. Por anos e anos, foi feita uma lavagem cerebral em nós, colocando esta idéia, que meu vizinho é meu adversário. Temos que quebrar este paradigma. O vizinho é seu parceiro e podem se ajudar mutuamente.
A necessidade é a mãe de todas as invenções. Se quebrarem o cerealista e tentarem fazer da agricultura um monopólio, com certeza este conceito de "vizinho inimigo" será mudado, pois tendo um "vizinho parceiro" será mais lucrativo. Já existem alguns exemplos disso na minha região, onde um grupo de agricultores se uniu em associação e construiu um grande silo. Compram insumos em parceira e cada um comercializa sua produção para quem quiser. Paga a taxa de limpeza/secagem e manutenção da estrutura. Este sim é o maior pesadelo das cooperativas. Mas será sim o futuro redentor dos agricultores.
Já se perguntaram por que o sistema cooperativista não vingou no centro-oeste? É porque a grande parte dos produtores tem silos próprios.
Para quem defende o sistema de cooperativa atual, pergunto? Porque existe uma diferença de R$ 5,00 entre o preço pago pela cooperativa por uma saca de soja vendida no balcão e o preço pago pela mesma soja se estivesse em meu silo? O que me interessa se a cooperativa tem "trocentos mil" entrepostos e milhares de funcionários, se o cerealista com meia dúzia de empregados vende o mesmo insumo mais barato e paga mais pelo preço da safra?
Finalizo. Sem concorrência no setor, o agricultor vai perder.