Fala Produtor - Mensagem

  • Mauricio Santos Junqueira Juiz de Fora - MG 05/11/2008 23:00

    Sr. João Batista Olivi, segue abaixo o outro lado da moeda, para quem acha que os preços do boi gordo estão sempre baixos: " Alimentos aceleram inflação de pobres - A principal contribuição para aumento do índice partiu do arroz e feijão, frutas, carnes bovinas e pescados frescos..." - 6/11 - Rio de Janeiro - A inflação voltou a pressionar a renda dos mais pobres. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda de 1a 2,5 salários mínimos mensais, e que subiu 0,66% em outubro, após registrar queda de 0,57% em setembro. As informações foram anunciadas ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

    Segundo a fundação, foi a maior taxa desde junho deste ano, quando o indicador teve alta de 1,29%. Esse resultado ajudou a elevar os desempenhos acumulados do índice. No ano até outubro, o IPC-C1 acumula taxa de 6,36%, acima da taxa apurada até setembro (5,66%). Nos últimos 12 meses até outubro, a variação atinge 7,97% - superior do que a apurada até setembro deste ano, quando subiu 7,47%.

    Segundo a FGV, a inflação entre os mais pobres foi mais intensa do que a sentida pela média encontrada entre as famílias com renda maior. O IPC-BR, que mede a inflação entre as famílias com renda entre 1 e 33 salários mínimos subiu 0,47% no mês passado. Os resultados acumulados do IPC-C1 também são maiores do que as taxas acumuladas do IPC-BR, que teve altas, até outubro, de 4,93% no ano e 5,95% nos 12 últimos meses.

    Segundo a fundação, a principal contribuição para a aceleração da inflação entre os mais pobres partiu da movimentação dos alimentos, que voltaram a subir de preço, entre setembro e outubro. O grupo alimentação saiu de uma queda de 1,65% para uma alta de 1,01% no período.

    Os principais destaques entre os alimentos foram as mudanças de comportamentos de preços em arroz e feijão (-3,55% para 3,58%), frutas (2,32% para 6,36%), carnes bovinas (0,74% para 4,10%), pescados frescos (-1,74% para 1,97%) e hortaliças e legumes (-10,46% para -2,15%). Segundo a fundação, das sete classes de despesa pesquisadas para cálculo do índice, seis apresentaram fim de deflação ou aceleração de preços, de setembro para outubro. Além do grupo dos alimentos, é o caso de Habitação(de 0,24% para 0,33%); Vestuário (de 0,43% para 1,89%); Saúde e Cuidados Pessoais (de -0,08% para 0,29%); Educação, Leitura e Recreação (de -1,03% para 0,20%) e Transportes (de variação zero para alta de 0,01%).

    As movimentações de preços do arroz e feijão e da carne bovina responderam por metade da inflação. O economista da FGV, André Braz, comentou que esses itens foram os que mais puxaram a ‘‘virada’’ na trajetória de preços do setor de alimentação, de setembro para outubro (de -1,65% para 1,01%). ‘‘O grupo alimentação, sozinho, respondeu por 62% do total do IPC-C1 de outubro. E arroz, feijão, e carne bovina são responsáveis por 79% da elevação de preços dos alimentos em outubro’’, afirmou o economista.

    Por Alessandra Saraiva, Agência Estado. (reproduzida pela Folha de Londrina - Hoje em Dia).

    Cordialmente, Mauricio.

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