No início deste ano participei em São Paulo de uma reunião entre o presidenciável Eduardo Campos e diversos lideres setoriais do agronegócio. O objetivo era ouvir suas propostas para o Brasil, sua forma de gestão e também abrir espaço para que cada liderança presente pudesse apresentar pontualmente seu sentimento sobre os rumos do Brasil e algumas prioridades para o agronegócio.
Eduardo Campos colocou suas ideias de forma excepcionalmente clara, fiquei impressionado com o conhecimento que ele apresentava de todos os setores. Mas, acima de tudo, com a firmeza do ser, a postura, a diplomacia que apresentou e de uma forma cativante que, tenho convicção, impressionou a todos que não o conheciam. Ele nos explicou o porquê de sua aliança com Marina e deixou claro que entendia a preocupação do setor com relação a isso.
A preocupação ficou evidente na declaração da maioria dos líderes setoriais do agronegócio presentes na reunião, com algumas declarações mais incisivas e outras mais comedidas ao se referir a Marina Silva, mas foi evidenciada a preocupação em darmos apoio a uma candidatura onde a vice de chapa se apresentava como, em diversas ocasiões deixou evidente ser uma inimiga do agronegócio, que é um sustentáculo da economia nacional.
Eu, ao me pronunciar para Eduardo Campos, coloquei de forma contundente minha preocupação diante do radicalismo de Marina e o pré-conceito que ela apresentava diante do desenvolvimento da agropecuária. Não que o nosso setor fosse perfeito, mas que a generalização incrustrada em seus discursos era devastadora a imagem do Brasil e pouco contribuíam para um crescimento sustentável.
Deixei claro ao pré-candidato que o setor precisaria olhar nos olhos de Marina e ouvir dela que realmente teríamos um relacionamento de diálogo e uma busca comum para buscarmos o sustentável. Algo que se faz com respeito ao meio ambiente, desenvolvimento social e também econômico. Disse que precisaria ver da parte dela propostas positivas e que realmente buscassem resultados e não discursos agradáveis a europeus que exploraram ambientalmente o Brasil por séculos.
Eduardo Campos de forma muito diplomática, mas firme, deixou claro que ele era o líder e que seria o mediador do diálogo, pois ele entendia que o Brasil não podia abrir mão do agronegócio, pois isso inviabilizaria qualquer governo. E assim foi aquele debate, em que a maioria saiu impressionada com Eduardo campos, mas não menos arredio com a aliança a Marina Silva.
Eu respeito a pessoa de Marina Silva, afinal tem sua história de vida e suas batalhas, mas isto não impede que eu pense primeiro no meu país. E não é só o agronegócio que me preocupa, é a posição radical tomada por ela em todos os fóruns que a vi participar. Posições essas, impregnadas de pré-conceitos que pouca contribuição traz para corrigir o futuro. Eu sempre digo que o radicalismo é como acorrentar o filho ao invés de educá-lo.
Marina Silva, pelas suas posturas, para mim representa o retrocesso e disto tenho medo. Veja a história, o radicalismo não é diferente da ditadura, mas sim uma forma de ditadura onde o que vale é o conceito, o que ela pensa e entende por certo. O radicalismo não deixa espaço ao diálogo e com isto não constrói e sim engessa, escraviza, destrói elos e prejudica nações.
E tenho medo, pois temos assistidos perplexos a vários exemplos do efeito do radicalismo em países aqui mesmo na América do Sul, como a Bolívia, a Venezuela e a Colômbia. Da noite para ao dia, estes governos colocaram setores inteiros na ilegalidade. Na África, países que antes eram exportadores de comida, devido à postura radical de seus governos, entraram colapso e hoje tem que importar alimentos.
Temo pelo Brasil com um governo que venha a ser liderado por alguém com a postura de Marina, uma pessoa que ao estar no Ministério do Meio Ambiente não foi capaz de conduzir o debate, pois queria impor suas ideias e dos seus. Preferiu sair ao encontrar resistência ao seu radicalismo, e a partir dai passou a posar de vitima e a fazer discursos internacionais denegrindo nossa imagem como devastadores da natureza, enquanto somos o país que mais preserva.
Tínhamos problemas sim, temos ainda. Claro, os problemas são eternos e a melhoria contínua deve prevalecer. Marina poderia ter feito diferente, ter conduzido, ter discutido avanços, mas é mais simples e dá mais Ibope jogar para a torcida internacional do que discutir melhorias e avanços internamente. Disto tenho medo e temo pelo Brasil, são pessoas assim que trazem o retrocesso.
Enquanto Marina não mostrar que mudou, não estiver disposta a ter uma agenda comum com todos os setores de sustentabilidade. Enquanto não estiver disposta a sentar-se a mesa de debates com técnica e inteligência para construir. Enquanto continuar sendo a mesma Marina de sempre, precisaremos estar muito atentos e preparados para a batalha e torcer a vencê-la nas urnas, e rezar para que Deus nos livre de Marina.
Glauber Silveira é Presidente da Câmara Setorial da Soja, Diretor da Aprosoja e produtor rural em Campos de Júlio-MT.
DEUS NOS LIVRE DE MARINA
No início deste ano participei em São Paulo de uma reunião entre o presidenciável Eduardo Campos e diversos lideres setoriais do agronegócio. O objetivo era ouvir suas propostas para o Brasil, sua forma de gestão e também abrir espaço para que cada liderança presente pudesse apresentar pontualmente seu sentimento sobre os rumos do Brasil e algumas prioridades para o agronegócio.
Eduardo Campos colocou suas ideias de forma excepcionalmente clara, fiquei impressionado com o conhecimento que ele apresentava de todos os setores. Mas, acima de tudo, com a firmeza do ser, a postura, a diplomacia que apresentou e de uma forma cativante que, tenho convicção, impressionou a todos que não o conheciam. Ele nos explicou o porquê de sua aliança com Marina e deixou claro que entendia a preocupação do setor com relação a isso.
A preocupação ficou evidente na declaração da maioria dos líderes setoriais do agronegócio presentes na reunião, com algumas declarações mais incisivas e outras mais comedidas ao se referir a Marina Silva, mas foi evidenciada a preocupação em darmos apoio a uma candidatura onde a vice de chapa se apresentava como, em diversas ocasiões deixou evidente ser uma inimiga do agronegócio, que é um sustentáculo da economia nacional.
Eu, ao me pronunciar para Eduardo Campos, coloquei de forma contundente minha preocupação diante do radicalismo de Marina e o pré-conceito que ela apresentava diante do desenvolvimento da agropecuária. Não que o nosso setor fosse perfeito, mas que a generalização incrustrada em seus discursos era devastadora a imagem do Brasil e pouco contribuíam para um crescimento sustentável.
Deixei claro ao pré-candidato que o setor precisaria olhar nos olhos de Marina e ouvir dela que realmente teríamos um relacionamento de diálogo e uma busca comum para buscarmos o sustentável. Algo que se faz com respeito ao meio ambiente, desenvolvimento social e também econômico. Disse que precisaria ver da parte dela propostas positivas e que realmente buscassem resultados e não discursos agradáveis a europeus que exploraram ambientalmente o Brasil por séculos.
Eduardo Campos de forma muito diplomática, mas firme, deixou claro que ele era o líder e que seria o mediador do diálogo, pois ele entendia que o Brasil não podia abrir mão do agronegócio, pois isso inviabilizaria qualquer governo. E assim foi aquele debate, em que a maioria saiu impressionada com Eduardo campos, mas não menos arredio com a aliança a Marina Silva.
Eu respeito a pessoa de Marina Silva, afinal tem sua história de vida e suas batalhas, mas isto não impede que eu pense primeiro no meu país. E não é só o agronegócio que me preocupa, é a posição radical tomada por ela em todos os fóruns que a vi participar. Posições essas, impregnadas de pré-conceitos que pouca contribuição traz para corrigir o futuro. Eu sempre digo que o radicalismo é como acorrentar o filho ao invés de educá-lo.
Marina Silva, pelas suas posturas, para mim representa o retrocesso e disto tenho medo. Veja a história, o radicalismo não é diferente da ditadura, mas sim uma forma de ditadura onde o que vale é o conceito, o que ela pensa e entende por certo. O radicalismo não deixa espaço ao diálogo e com isto não constrói e sim engessa, escraviza, destrói elos e prejudica nações.
E tenho medo, pois temos assistidos perplexos a vários exemplos do efeito do radicalismo em países aqui mesmo na América do Sul, como a Bolívia, a Venezuela e a Colômbia. Da noite para ao dia, estes governos colocaram setores inteiros na ilegalidade. Na África, países que antes eram exportadores de comida, devido à postura radical de seus governos, entraram colapso e hoje tem que importar alimentos.
Temo pelo Brasil com um governo que venha a ser liderado por alguém com a postura de Marina, uma pessoa que ao estar no Ministério do Meio Ambiente não foi capaz de conduzir o debate, pois queria impor suas ideias e dos seus. Preferiu sair ao encontrar resistência ao seu radicalismo, e a partir dai passou a posar de vitima e a fazer discursos internacionais denegrindo nossa imagem como devastadores da natureza, enquanto somos o país que mais preserva.
Tínhamos problemas sim, temos ainda. Claro, os problemas são eternos e a melhoria contínua deve prevalecer. Marina poderia ter feito diferente, ter conduzido, ter discutido avanços, mas é mais simples e dá mais Ibope jogar para a torcida internacional do que discutir melhorias e avanços internamente. Disto tenho medo e temo pelo Brasil, são pessoas assim que trazem o retrocesso.
Enquanto Marina não mostrar que mudou, não estiver disposta a ter uma agenda comum com todos os setores de sustentabilidade. Enquanto não estiver disposta a sentar-se a mesa de debates com técnica e inteligência para construir. Enquanto continuar sendo a mesma Marina de sempre, precisaremos estar muito atentos e preparados para a batalha e torcer a vencê-la nas urnas, e rezar para que Deus nos livre de Marina.
Glauber Silveira é Presidente da Câmara Setorial da Soja, Diretor da Aprosoja e produtor rural em Campos de Júlio-MT.