Sou solidário com o companheiro agricultor João Paulo de Andradas-MG. A realidade dos analistas de mercado e das agências governamentais é muito diferente daquela que vivenciamos no dia a dia das lavouras. Parece que existe um esforço deliberado para forçar os preços de nossas safras sempre para baixo.
Por parte dos operadores de mercado, logicamente para auferir maiores lucros, manipulam informações ao seu bel prazer. Vários cafeicultores relatam um quadro de seca e plantas debilitadas, afetando a safra do próximo ano. Mas aqueles que "projetam as safras futuras" dizem que uma chuva vai reverter este quadro.
As agências governamentais por sua vez usam dados de produção presente e futura para conter a inflação. Se a comida é barata, o povo está bem mansinho. Num ano de eleição fica mais descarado ainda.
Isto não acontece somente no mercado de café. Acontece em todos os outros produtos agrícolas. Quando por um acaso, as projeções não se realizam, como este ano no café, e a produção é muito menor, vemos estimativas futuras sendo lançadas , com o intuito claro de segurar a alta. Infelizmente temos nossos lucros tabelados. E assim vai continuar pois nosso poder de influenciar o mercado é mínimo. Nossa capacidade de união é inexistente. Nossos representantes , financiados com uma contribuição compulsória , são, na maioria dos casos, omissos.
Ao longo de décadas fomos doutrinados a ver nosso vizinho, o outro agricultor, como um inimigo. Um concorrente a ser batido. Não somente no Brasil, mas em grandes países produtores. Imagine se, uma parte dos produtores de café de Minas, decidisse não aceitar um preço pela saca inferior ao custo de produção mais uma margem de lucro justa? Muitos vão dizer que é utopia, mas com um pouco de organização e liderança é possível. Não imagino a totalidade dos produtores aderindo a isto. Muitos vão vender por qualquer preço pois precisam fazer isso. Mas se uma parte dos produtores não aceitarem o preço vil, o mercado mudaria.
A parte de organização está montada, através dos sindicatos rurais e federações. Talvez esteja faltando a liderança.
Eu ainda dedico alguns minutos de meu dia lendo este site e de vez em quando escrevendo alguns comentários amadores. O que me leva a isso é a indignação. Fico enojado como manipulam os dados para derrubar os preços. Fico revoltado com o silêncio de muitos de nossos representantes.
Num futuro muito próximo, a escassez de produtos agrícolas vai bater na cara destes analistas e governos. Relatórios e estimativas não alimentam pessoas. Não é desestimulando o agricultor que irão aumentar a produção.
Sou solidário com o companheiro agricultor João Paulo de Andradas-MG. A realidade dos analistas de mercado e das agências governamentais é muito diferente daquela que vivenciamos no dia a dia das lavouras. Parece que existe um esforço deliberado para forçar os preços de nossas safras sempre para baixo.
Por parte dos operadores de mercado, logicamente para auferir maiores lucros, manipulam informações ao seu bel prazer. Vários cafeicultores relatam um quadro de seca e plantas debilitadas, afetando a safra do próximo ano. Mas aqueles que "projetam as safras futuras" dizem que uma chuva vai reverter este quadro.
As agências governamentais por sua vez usam dados de produção presente e futura para conter a inflação. Se a comida é barata, o povo está bem mansinho. Num ano de eleição fica mais descarado ainda.
Isto não acontece somente no mercado de café. Acontece em todos os outros produtos agrícolas. Quando por um acaso, as projeções não se realizam, como este ano no café, e a produção é muito menor, vemos estimativas futuras sendo lançadas , com o intuito claro de segurar a alta. Infelizmente temos nossos lucros tabelados. E assim vai continuar pois nosso poder de influenciar o mercado é mínimo. Nossa capacidade de união é inexistente. Nossos representantes , financiados com uma contribuição compulsória , são, na maioria dos casos, omissos.
Ao longo de décadas fomos doutrinados a ver nosso vizinho, o outro agricultor, como um inimigo. Um concorrente a ser batido. Não somente no Brasil, mas em grandes países produtores. Imagine se, uma parte dos produtores de café de Minas, decidisse não aceitar um preço pela saca inferior ao custo de produção mais uma margem de lucro justa? Muitos vão dizer que é utopia, mas com um pouco de organização e liderança é possível. Não imagino a totalidade dos produtores aderindo a isto. Muitos vão vender por qualquer preço pois precisam fazer isso. Mas se uma parte dos produtores não aceitarem o preço vil, o mercado mudaria.
A parte de organização está montada, através dos sindicatos rurais e federações. Talvez esteja faltando a liderança.
Eu ainda dedico alguns minutos de meu dia lendo este site e de vez em quando escrevendo alguns comentários amadores. O que me leva a isso é a indignação. Fico enojado como manipulam os dados para derrubar os preços. Fico revoltado com o silêncio de muitos de nossos representantes.
Num futuro muito próximo, a escassez de produtos agrícolas vai bater na cara destes analistas e governos. Relatórios e estimativas não alimentam pessoas. Não é desestimulando o agricultor que irão aumentar a produção.