Falando em trigo, desde 1990 percebo que, na safra, independente da qualidade ou do clima ou câmbio, temos a falta total de planejamento... Como se pode admitir que o preço mínimo de uma cultura seja definido depois do término do plantio?
Minhas sugestões são de que o governo use os instrumentos que já existem:
Opções de venda: a partir de março, com o produtor pagando um prêmio de R$ x/ton. para garantir que, na safra receberá o preço mínimo, quando os produtores anunciarem que exercerão as opções o governo pode, reter parte para recomposição de estoques, e o excedente realizar leilões de recompra das opções, de VEP ou mesmo pode lançar opções de compra onde os moageiros, comerciantes e demais interessados possam posicionar-se e sinalizar a situação de mercado.
Logística: vejo que esta é uma ferramenta curinga, se lança mão da ineficiência para manter o mercado interno abastecido a preços baixos reduzindo a inflação. Depois os amigos do rei pedem a queda da TEC e isto comprime o mercado.
Temos de criar uma consciência comercial para o trigo, temos de apresentar nosso produto como faz o US-wheat; o Canadian wheat board; o Autralian Wheat council; mesmo a extinta Câmara do trigo na Argentina fez para divulgar o trigo aos importadores. Isto sem intervenção na comercialização, mas o estado aproximando as partes. O RS planta 5 milhões de hectares de soja, planta 1,2 de trigo...podemos chegar a 2,4 milhões de ha, com produção de até 8 milhões de toneladas, destinar nosso produto ao mercado carente de proteínas.
Este é o rumo! se não, vamos ficar explicando a incompetência, ineficiência, etc. Quanto à qualidade e micotoxinas, sempre existe uma oportunidade oculta na catástrofe, o mercado vai buscar o trigo sem garantia de don, tem muito trigo que pode ser misturado no gaúcho para "diluir".
Clima: este é um fator ao qual estão sujeitos todos os grãos, para tudo existe um preço, agora para falta de planejamento, aliada ao problema climático eu daria o nome de irresponsabilidade de Estado!
É um tema difícil, mas não é tão diferente dos outros, é preciso muito trabalho sério, mas em 3 safras se resolve.
Quero discordar um pouco sobre o baixo interesse do leilão de PEPRO. Tivemos o primeiro leilão com 83% de interesse e o segundo com 70%, em números redondos, somados são 153 mil toneladas, que pode representar 10% do trigo possível no RS, ou ainda 20% do trigo de boa qualidade...tudo depende do que será recolhido das lavouras.
Abraço;
Marcelo De Baco.
Comentário referente a notícia: [b]Pepro de trigo desta quinta-feira (06) negocia 49,8% do total ofertado em mais um leilão de baixa procura.[/b]
Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=148124
Falando em trigo, desde 1990 percebo que, na safra, independente da qualidade ou do clima ou câmbio, temos a falta total de planejamento... Como se pode admitir que o preço mínimo de uma cultura seja definido depois do término do plantio?
Minhas sugestões são de que o governo use os instrumentos que já existem:
Opções de venda: a partir de março, com o produtor pagando um prêmio de R$ x/ton. para garantir que, na safra receberá o preço mínimo, quando os produtores anunciarem que exercerão as opções o governo pode, reter parte para recomposição de estoques, e o excedente realizar leilões de recompra das opções, de VEP ou mesmo pode lançar opções de compra onde os moageiros, comerciantes e demais interessados possam posicionar-se e sinalizar a situação de mercado.
Logística: vejo que esta é uma ferramenta curinga, se lança mão da ineficiência para manter o mercado interno abastecido a preços baixos reduzindo a inflação. Depois os amigos do rei pedem a queda da TEC e isto comprime o mercado.
Temos de criar uma consciência comercial para o trigo, temos de apresentar nosso produto como faz o US-wheat; o Canadian wheat board; o Autralian Wheat council; mesmo a extinta Câmara do trigo na Argentina fez para divulgar o trigo aos importadores. Isto sem intervenção na comercialização, mas o estado aproximando as partes. O RS planta 5 milhões de hectares de soja, planta 1,2 de trigo...podemos chegar a 2,4 milhões de ha, com produção de até 8 milhões de toneladas, destinar nosso produto ao mercado carente de proteínas.
Este é o rumo! se não, vamos ficar explicando a incompetência, ineficiência, etc. Quanto à qualidade e micotoxinas, sempre existe uma oportunidade oculta na catástrofe, o mercado vai buscar o trigo sem garantia de don, tem muito trigo que pode ser misturado no gaúcho para "diluir".
Clima: este é um fator ao qual estão sujeitos todos os grãos, para tudo existe um preço, agora para falta de planejamento, aliada ao problema climático eu daria o nome de irresponsabilidade de Estado!
É um tema difícil, mas não é tão diferente dos outros, é preciso muito trabalho sério, mas em 3 safras se resolve.
Quero discordar um pouco sobre o baixo interesse do leilão de PEPRO. Tivemos o primeiro leilão com 83% de interesse e o segundo com 70%, em números redondos, somados são 153 mil toneladas, que pode representar 10% do trigo possível no RS, ou ainda 20% do trigo de boa qualidade...tudo depende do que será recolhido das lavouras.
Abraço;
Marcelo De Baco.
Comentário referente a notícia: [b]Pepro de trigo desta quinta-feira (06) negocia 49,8% do total ofertado em mais um leilão de baixa procura.[/b]
Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=148124