Li outro dia uma declaração de Seneri Paludo, secretário do ex-ministro tampão, Neri Gueller, sobre o que ele havia aprendido, do e com, o setor público. Afirmou que quem manda de verdade é a burocracia, o que é novidade apenas para ele, e discorre sobre a agilidade dos processos dentro do ministério, para ele, rápido demais. Lembrei imediatamente então, da nova ministra Kátia Abreu, e suas declarações sobre trabalhar em sintonia com outros ministérios, como o de transportes, para agilizar processos e demandas do agro.
Agora volto no tempo, para o governo de Lula, em que um empresário do agro, o maior entre os maiores, com atividades no comércio, logística, produção, etc... Blairo Maggi apoiou o governo Lula em troca de influência no ministério dos transportes. Depois de terminado o mandato do “maior governante do Brasil, desde Tomé de Souza”, segundo o historiador Marco Antonio Villa, há aproximadamente dois anos atrás, tivemos o caos logístico, devido ao aumento de algumas toneladas a mais na exportação de milho Brasileiro, além de noticias sobre processos referentes à “desvios” e que, segundo a imprensa, podem ultrapassar a cifra de 1 bilhão de reais.
Fiz toda essa introdução para chegar ao ponto. Qual motivo leva os produtores a acreditar que, se um produtor possui competência técnica na produção, consegue administrar contabilmente uma fazenda ou empresa, consegue e mantêm poder político, esse mesmo produtor tem capacidade e condições de ser ministro da agricultura, ou dos transportes, e mesmo de outro ministério qualquer da administração pública?
Calma aí, que ainda tem mais. Kátia Abreu declarou que quer utilizar as instituições públicas para “educar e capacitar” mão de obra, no que foi aplaudida e apoiada pela FPA. O problema aí, está no fato de que, considerando as diferenças entre atividades do agro e diferenças na realidade dos produtores, esse trabalho acaba por ser infrutífero, para a maioria dos produtores rurais, podendo ser utilizado única e exclusivamente por produtores que estão e permanecem sujeitos às regulamentações e determinações do governo. E é essa revolução em curso que torna-se cada vez mais evidente: o politico não mais está a serviço do povo, mas o povo a serviço do politico; o professor não é feito para o curso, mas o curso para o professor. O ensino não é para os alunos, ou os programas para a vida, mas os alunos é que são para o ensino e a vida para os programas; o padre não existe para os fiéis, os fiéis é que existem para o padre, e assim também a sociedade não se destina à pessoa, mas a pessoa à sociedade (..). Ou, é o produtor quem trabalha para o estado, e não o estado quem trabalha para o produtor.
Essa inversão fabricada pelo governo é um dos motivos que ocasiona a paralisia da máquina pública em favor da burocracia, que quer o poder de dizer o que, como, quando, quanto, deve um bem ser produzido ou não, isolando de tal forma o produtor, que este é chamado a dar sua opinião somente sobre assuntos sobre os quais não tem a menor noção, e silenciar sobre aquilo que domina e que está dentro de seu raio de ação.
Desta forma o estado organiza e dirige o setor produtivo, concede o alvará que permitirá a cada um ocupar o lugar e exercer a função que lhe compete.
E mais: não só fiscalizará o exercício dessas funções, mas se atribuirá o controle de toda a evolução da vida profissional, à qual se reduz hoje a vida social. Atualmente o Estado examina, inspeciona, verifica, calcula, prevê, provoca e determina todas as mudanças, ficando tudo sujeito ao seu poder.
A inteligência e experiência dos produtores são, nesse sistema, solenemente ignoradas, passando tudo o que acontece ser devido à tecnificação dos processos produtivos através do planejamento estatal.
Felizmente para o País, bravamente, a grande maioria dos produtores do Brasil tem resistido ao ímpeto dominante estatal, e sabe que na realidade, o sucesso agropecuário do País deve-se muito mais à essa experiência-inteligente do que aos tecnicismos governamentais.
Li outro dia uma declaração de Seneri Paludo, secretário do ex-ministro tampão, Neri Gueller, sobre o que ele havia aprendido, do e com, o setor público. Afirmou que quem manda de verdade é a burocracia, o que é novidade apenas para ele, e discorre sobre a agilidade dos processos dentro do ministério, para ele, rápido demais. Lembrei imediatamente então, da nova ministra Kátia Abreu, e suas declarações sobre trabalhar em sintonia com outros ministérios, como o de transportes, para agilizar processos e demandas do agro.
Agora volto no tempo, para o governo de Lula, em que um empresário do agro, o maior entre os maiores, com atividades no comércio, logística, produção, etc... Blairo Maggi apoiou o governo Lula em troca de influência no ministério dos transportes. Depois de terminado o mandato do “maior governante do Brasil, desde Tomé de Souza”, segundo o historiador Marco Antonio Villa, há aproximadamente dois anos atrás, tivemos o caos logístico, devido ao aumento de algumas toneladas a mais na exportação de milho Brasileiro, além de noticias sobre processos referentes à “desvios” e que, segundo a imprensa, podem ultrapassar a cifra de 1 bilhão de reais.
Fiz toda essa introdução para chegar ao ponto. Qual motivo leva os produtores a acreditar que, se um produtor possui competência técnica na produção, consegue administrar contabilmente uma fazenda ou empresa, consegue e mantêm poder político, esse mesmo produtor tem capacidade e condições de ser ministro da agricultura, ou dos transportes, e mesmo de outro ministério qualquer da administração pública?
Calma aí, que ainda tem mais. Kátia Abreu declarou que quer utilizar as instituições públicas para “educar e capacitar” mão de obra, no que foi aplaudida e apoiada pela FPA. O problema aí, está no fato de que, considerando as diferenças entre atividades do agro e diferenças na realidade dos produtores, esse trabalho acaba por ser infrutífero, para a maioria dos produtores rurais, podendo ser utilizado única e exclusivamente por produtores que estão e permanecem sujeitos às regulamentações e determinações do governo. E é essa revolução em curso que torna-se cada vez mais evidente: o politico não mais está a serviço do povo, mas o povo a serviço do politico; o professor não é feito para o curso, mas o curso para o professor. O ensino não é para os alunos, ou os programas para a vida, mas os alunos é que são para o ensino e a vida para os programas; o padre não existe para os fiéis, os fiéis é que existem para o padre, e assim também a sociedade não se destina à pessoa, mas a pessoa à sociedade (..). Ou, é o produtor quem trabalha para o estado, e não o estado quem trabalha para o produtor.
Essa inversão fabricada pelo governo é um dos motivos que ocasiona a paralisia da máquina pública em favor da burocracia, que quer o poder de dizer o que, como, quando, quanto, deve um bem ser produzido ou não, isolando de tal forma o produtor, que este é chamado a dar sua opinião somente sobre assuntos sobre os quais não tem a menor noção, e silenciar sobre aquilo que domina e que está dentro de seu raio de ação.
Desta forma o estado organiza e dirige o setor produtivo, concede o alvará que permitirá a cada um ocupar o lugar e exercer a função que lhe compete.
E mais: não só fiscalizará o exercício dessas funções, mas se atribuirá o controle de toda a evolução da vida profissional, à qual se reduz hoje a vida social. Atualmente o Estado examina, inspeciona, verifica, calcula, prevê, provoca e determina todas as mudanças, ficando tudo sujeito ao seu poder.
A inteligência e experiência dos produtores são, nesse sistema, solenemente ignoradas, passando tudo o que acontece ser devido à tecnificação dos processos produtivos através do planejamento estatal.
Felizmente para o País, bravamente, a grande maioria dos produtores do Brasil tem resistido ao ímpeto dominante estatal, e sabe que na realidade, o sucesso agropecuário do País deve-se muito mais à essa experiência-inteligente do que aos tecnicismos governamentais.