Fala Produtor - Mensagem

  • Antonio de Pádua Coutinho Ferreira Monte Carmelo - MG 05/05/2009 00:00

    João Batista, de acordo com informação do "blog do café" desta terça-feira, 5/5, o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) divulgou hoje, em seu balanço mensal relativo ao mês de abril/2009, que em abril as exportações brasileiras de todos os tipos de café totalizaram 2.375.784 sacas de 60 kg, o que representou um aumento de 1,14% na comparação com as 2.348.906 sacas embarcadas no mesmo mês de 2008. Já a receita obtida com as remessas do produto ao exterior percorreu caminho oposto ao do volume, totalizando US$ 309,859 milhões, montante 20,46% inferior aos US$ 389,548 milhões arrecadados com os embarques em abril de 2008.

    No acumulado do primeiro quadrimestre deste ano, o Brasil comercializou 9.908.313 sacas de todos os tipos de café, registrando uma variação positiva de 8,66% sobre as 9.118.988 sacas remetidas ao exterior entre janeiro e o final de abril do ano passado. Do total atual, 83% são relativos à variedade arábica, 13% a café solúvel e 4% à variedade robusta. Em contrapartida, a receita angariada com os embarques apresentou redução de 8,91%, saindo dos US$ 1,468 bilhão apurados no primeiro quadrimestre de 2008, para os atuais US$ 1,337 bilhão, refletindo, de acordo com análise do Cecafé, “as quedas observadas nos preços internacionais”.

    João Batista, como a cafeicultura brasileira vai sobreviver com o crescente aumento dos custos de produção e a constante desvalorização do nosso café. Podemos observar que exportamos mais café e faturamos menos e o Brasil como maior produtor mundial tem o seu governo totalmente omisso em relação a uma política cafeeira que realmente remunere o produtor, que em face destas distorções está sempre atolado em dívidas e sempre na dependência de empréstimos do governo. É preciso corrigir as distorções no preço, principalmente em relação ao café colombiano, bem como de uma política decente que remunere o cafeicultor. Sem renda o cafeicultor brasileiro não tem alternativa de sobrevivência em uma atividade que é de grande importância para o nosso País.

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