Fala Produtor - Mensagem
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Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR 14/03/2015 04:56
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Rodrigo Polo Pires
Balneário Camboriú - SC
Esse discurso sobre a servidão voluntária, de Étienne de La Boéte, vale a pena ser lido e deve ser lido por todos.
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Guilherme Frederico Lamb
Assis - SP
http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=0CCAQFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.ebooksbrasil.org%2Fadobeebook%2Fboetie.pdf&ei=4xYFVfaZCMieNr_Bg4AI&usg=AFQjCNEAEoD8BIq2Z6t_9-jEVkuLtTNxQQ&sig2=bqw4zjD3XJvgsdOs24zP4Q&bvm=bv.88198703,d.eXY
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Guilherme Frederico Lamb
Assis - SP
http://www.livrariacultura.com.br/p/discurso-da-servidao-voluntaria-22096003
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Rodrigo Polo Pires
Balneário Camboriú - SC
Nesta data, véspera de um acontecimento democrático em que a sociedade brasileira optou para mostrar sua indignação a tudo que aí está, acho-me matutando sobre o assunto e cheguei à conclusão em citar a obra de um humanista e filósofo francês, Étienne de La Boétie (1530-1563), cujo titulo é "Discurso da Servidão Voluntária".
Para o autor: "É o povo que se sujeita e se degola; que, podendo escolher entre ser súdito ou ser livre, rejeita a liberdade e aceita o jugo, consente tão mal e até o persegue".
Esta obra é vista por todos, como atemporal, pois seus ensinamentos podem ser aplicados a qualquer momento. Acredito que este seja um momento de reflexão para analisarmos.
La Boétie, cita três razões para a ocorrência da servidão voluntária:
1 ? O HÁBITO ? Por hábito, somos ensinados a servir, nos escravizamos. O consentimento é também constantemente planejado pelos governantes. Muitos recursos são usados para induzir este consentimento. Os tiranos romanos abusaram na política do pão e circo, festejando frequentemente os homens das decúrias (homens do povo, agrupados de dez em dez, e alimentados à custa do tesouro público); distribuíam amplamente o quarto de trigo, o sesteiro de vinho, o sestércio (BOLSA-FAMILIA ROMANA); os broncos gritavam: Viva o Rei! Não percebiam que recebendo tudo isso apenas recobrava uma parte do seu próprio bem, pois isto não poderia ter-lhes sido dado, se não a tivesse tirado deles mesmos.
2 ? A COVARDIA ? O fato de se nascer servo e ser criado na servidão decorrem naturalmente a segunda razão. Sob a tirania, mesmo que disfarçada, necessariamente os homens se acovardam, se escravizam.
3 ? A PARTICIPAÇÃO NA TIRANIA ? O autor aponta quem são os interesseiros que se deixam seduzir pelo esplendor dos tesouros públicos sob a guarda do tirano e, em conluio, garantem e asseguram seu poder.
Na Roma Antiga, o aumento do poder do senado sob Júlio César, o estabelecimento de novas funções, a escolha para os cargos ? não para reorganizar a justiça, mas para dar novos sustentáculos a tirania. O número cada vez maior daqueles que tiram proveito da tirania é quase tão grande quanto para aqueles que a liberdade seria útil.
Com isso vislumbra-se a rede de servidão. Frágil por natureza, de onde, a todo instante despontam os escândalos, pois, o tirano não tem amigos, não ama nem é amado.
"O que torna um amigo seguro do outro é o conhecimento de sua integridade. Entre os maus, quando se juntam, há uma conspiração, não uma sociedade; "eles" não se entre-apoiam, mas se entre-temem. São cúmplices!"
TIREM SUAS CONCLUSÕES !!!