Prezado Amigo João Batista, apenas algumas considerações a respeito da brilhante análise do Miguel Daoud em vosso programa do dia 7/04... Infelizmente os agricultores não possuem a vocação de ficarem atrás de uma tela de computador e acompanharem para onde o dinheiro vai, até porque, ultimamente em nosso país, o dinheiro não tem ido para lugares muito nobres. Além disso, mesmo se quisessem, são casados com sua profissão de produzir alimentos, impostos e empregos, não necessariamente renda e possuem pouca flexibilidade em mudar seus ativos, ao contrário do mercado financeiro.
Em segundo lugar, precisamos continuar alertando sobre o fato de que a falta de crédito e as incertezas dos cenários macro e microeconômicos da próxima safra irão causar maior descapitalização dos produtores e potencial inflacionário, ao obrigar a venda da safra da mão pra boca, concentrando o poder de barganha na mão dos atravessadores, que comprarão avidamente na barrigada da safra para posterior comercialização por estarem capitalizados. Ou seja, o menor preço de venda na safra, que teoricamente iria influenciar a baixa dos preços dos alimentos, apenas irá transferir a renda das mãos dos produtores pois os mesmos produtos serão vendidos à frente com preços maiores e estarão concentrados não mais nas mãos dos produtores.
Mas vamos em frente, nos preparando para o Novo Brasil...
Prezado Amigo João Batista, apenas algumas considerações a respeito da brilhante análise do Miguel Daoud em vosso programa do dia 7/04... Infelizmente os agricultores não possuem a vocação de ficarem atrás de uma tela de computador e acompanharem para onde o dinheiro vai, até porque, ultimamente em nosso país, o dinheiro não tem ido para lugares muito nobres. Além disso, mesmo se quisessem, são casados com sua profissão de produzir alimentos, impostos e empregos, não necessariamente renda e possuem pouca flexibilidade em mudar seus ativos, ao contrário do mercado financeiro.
Em segundo lugar, precisamos continuar alertando sobre o fato de que a falta de crédito e as incertezas dos cenários macro e microeconômicos da próxima safra irão causar maior descapitalização dos produtores e potencial inflacionário, ao obrigar a venda da safra da mão pra boca, concentrando o poder de barganha na mão dos atravessadores, que comprarão avidamente na barrigada da safra para posterior comercialização por estarem capitalizados. Ou seja, o menor preço de venda na safra, que teoricamente iria influenciar a baixa dos preços dos alimentos, apenas irá transferir a renda das mãos dos produtores pois os mesmos produtos serão vendidos à frente com preços maiores e estarão concentrados não mais nas mãos dos produtores.
Mas vamos em frente, nos preparando para o Novo Brasil...