Fala Produtor - Mensagem
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Flavio Oliveira Giuliani Restinga Seca - RS 22/05/2015 13:58
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Carlos William Nascimento
Campo Mourão - PR
É visível nas lavouras do oeste do Paraná o aumento da compactação do solo. Máquinas cada vez mais pesadas, sem a preocupação com a distribuição de peso ou uso de pneus que compactem menos, aliado ao fato de termos de plantar e colher sem observar a melhor umidade do solo para estas tarefas criam uma camada compactada entre 30 e 40 cm de profundidade. Ou seja, além do alcance do sulcador da plantadeira. Quem vai esperar um dia a mais para colher soja ou para plantar a desgraça do milho safrinha por causa do solo estar muito úmido? Com raras exceções, o plantio direto no norte,centro e oeste do Paraná acabou . O milho safrinha o matou. Não existe mais rotação de cultura. Milho safrinha é sucessão e não rotação. A subsolagem se tornou comum novamente, principalmente em áreas de maior teor de argila. A erosão também se tornou comum e é fácil de entender. Para reduzir custos, os agricultores optaram por comprar máquinas cade vez maiores. Mas como usá-las em propriedades com terraços a cada 30 metros? Logicamente retiraram os terraços para comportar as grandes plantadeiras e colhedeiras. Nos solos declivosos do Paraná , com o regime de chuvas já conhecido e sem cobertura vegetal o resultado é visível: EROSÃO. O agricultor , como qualquer ser humano, tenta se adaptar ao ambiente, e num quadro de rentabilidade cada vez menor, temos que tentar tirar o máximo possível de cada hectare, mesmo que possa comprometer a conservação do solo. Veja a sinuca de bico que estamos: se fizer rotação de culturas, conservação de solo como manda a cartilha, poderemos ter uma rentabilidade abaixo da necessária para sustentar nossa família. Então só nos resta "apostar" que tudo vai dar certo fazendo as coisas da maneira errada. Infelizmente esta é a verdade. Basta percorrer a região depois de uma chuva forte. Deixaremos o solo para nossos filhos pior do que recebemos de nosso pais. Não culpo os agricultores. Culpo a ganância dos que produzem insumos e os que fazem a política agrícola. Ao agricultor só cabe tentar sobreviver.
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Paulo Roberto Rensi
Bandeirantes - PR
PARABÉNS !! Sr. Carlos sábias palavras, neste pequeno espaço o senhor conseguiu sintetizar todas as causas dos "problemas do produtor". PARABÉNS !!!
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Paulo Roberto Rensi
Bandeirantes - PR
Aproveitando o ensejo, há algumas décadas se escuta "BRASIL PAÍS DO FUTURO". Creio que os produtores rurais, além do amor despendido na atividade devem ter genes em seu DNA da ave mitológica FÊNIX. Essa comparação prende-se ao fato do setor agrícola brasileiro ser um campeão em crises, ausência de renda na atividade; o pior que elas não são cíclicas, algumas são em virtude do clima adverso, outras por planos de governo, outras por safras recordes em outros países, enfim "HAJA TOMBOS". Como se proteger de tantos fatores adversos? SÓ SE TORNANDO UMA AVE FÊNIX... QUE RESSURGE DAS CINZAS!!!
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Dalzir Vitoria
Uberlândia - MG
Os técnicos do MT falam demais e de forma errada...de um problema simples e normal fazem uma torre de babel...eles não sabem olhar o todo...e suas varaveis...expurguem estes cientistas de araque ou vão continuar sendo engessados...
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Guilherme Frederico Lamb
Assis - SP
perfeita a explicação dada pelo colega CARLOS WILLIAM NASCIMENTO, a maior causa dos problemas dos produtores é o ta custo Brasil, que obriga o empresario a cada vez mais forçar a eficiencia de cada unidade de produção ao maximo para diluir os custos fixos principalmente, caso contrario vai acabar "morrendo de fome"...
Outro problema é que esse mesmo custo brasil, no caso o quesito intervenção estatal inviabilizou economicamente a grande maioria das culturas agricolas que poderiam ser alternativas de rotação como trigo, aveia, cevada, canola e fins. Nenhuma tem liquidez certa e consequentemente não existe locais de armazenagem, vide que muitos produtores não tem estruturas de armazenagem próprias. E assim caminha o país, mesmo em outros setores, o pequeno e o medio em geral não consegue sobreviver nesse cenario economico de pesada carga tributaria e burocracia, pois não tem escala para diluir esses custos absurdos.
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carlo meloni
sao paulo - SP
BRASIL , PAIS DO FUTURO-------Foi o judeu alemao ZWEIG que escreveu esse livro----Ele ficou famoso graças a enorme polemica que os jornalistas criaram---A cada decada que passa voce percebe que os jornalistas estavam certos---NAO ADIANTA TER UMA INFINIDADE DE RECURSOS E NAO TER CABEÇA>
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Guilherme Frederico Lamb
Assis - SP
Carlo, muito bem dito, basta tomar como exemplo Israel, pobre em recursos naturais, porem rico em "cabeças".
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Carlos William Nascimento
Campo Mourão - PR
João Batista, assistindo a entrevista com o diretor-tecnico da Aprosoja Nery Ribas onde tu disseste que alguém alegou que o plantio direto estaria empedrando o solo ( endurecendo, compactando)..., não é nosso caso..., há mais de vinte anos que fazemos o plantio direto, e vamos continuar... e com um detalhe: JAMAIS IREMOS PLANTAR QUE NÃO SEJA COM O SULCADOR!!!..., inclusive, há areas em que, na época da colheita, temos de esperar um pouco mais após uma chuva para poder a colheitadeira entrar, pois assim não deixará rastro da colheitadeira no solo. BENDITO SEJA QUEM CRIOU, OU INVENTOU, ESTA TÉCNICA DO PLANTIO DIRETO.(ass. Flavio Giuliani, de Restinga Seca - RS).