Fala Produtor - Mensagem

  • Jan Frederik Loman Arapoti - PR 27/07/2015 14:47

    Acho que os produtores que não querem pagar a Tecnologia Intacta devem continuar Plantando RR, pois estao fazendo o mesmo que indo na concessionaria comprar uma Ferrari e entrar na Justiçaa pra pagar o valor de um GOL. O plantio de Intacta é opção, e se não respeitarmos quem traz e faz as tecnologias, em um futuro próximo as empresas param de investir no nosso pais. POIS A JUSTICA PARECE QUE É A FAVOR DAS PESSOA QUE NAO TEM CARACTER E NEM ESCRUPULOS. Sou produtor de Soja e acho muito interessante termos novas tecnologias, e usa quem quer.

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    • PAULO RODRIGO ZANCHETTA Assis - SP

      Concordo plenamente com a opinião de Jan Frederik, só acho que pagamos muito caro por essa tecnologia, por isso que não planto intacta

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    • Eduardo Lima Porto Porto Alegre - RS

      O Sr. Jan Frederik tocou no ponto nevrálgico e concordo totalmente com ele.

      Há que se tomar muito cuidado com aventuras jurídicas. Enquanto elas repercutirem apenas no terreno de quem se propõe a isso, nada contra porque todos tem o direito de pleitear o que bem entendem. Agora quando uma medida tomada por um Grupo repercute de forma coletiva e pode vir a afetar o funcionamento de um mercado complexo, a questão muda muito de figura. Da mesma forma que alguém deve ter vislumbrado a participação de mercado que a semente intacta já possui no Brasil, a fim de calcular a economia potencial que essa medida ocasionaria ou mesmo que proporcionaria em termos de honorários, poderia também haver vislumbrado outras três situações: 1) O que farão os produtores que compraram a Semente Intacta esse ano, se houver uma rejeição da China aos lotes embarcados no Brasil? 2) Qual é o volume de soja que potencialmente poderia ser colocado em risco? 3) Quanto significaria isso em termos econômicos?

      É importante ter consciência de que a Soja é uma cultura de Exportação. Entretanto, nós somos meros embarcadores do produto ou seja não somos Vendedores, somos Comprados. Quem determina as regras do Jogo é o Mercado Comprador. Quem quiser participar do Jogo deve entender muito bem quais são as regras e ter muita consistência técnica na hora de propor agressivamente uma modificação. Existem opções disponíveis de outras variedades, como a RR1 e inclusive as Convencionais. Aliás, os produtores brasileiros estão perdendo enormes oportunidades de explorar a retomada do mercado internacional sobre o consumo de produtos "não transgênicos". Na China, por exemplo, a diferença de preços entre a Soja Convencional e a Transgênica chega a ser de até USD 300,00/ton em alguns períodos do ano. A tendência que nesse ano a diferença aumente. Portanto, não há que se dizer que não existem alternativas para a Semente Intacta até porque ela foi disponibilizada ao mercado recentemente. Como bem disse o Senhor Jan Frederik, quem quiser andar de Ferrari não pode pensar que irá pagar o preço de um Fusca. Isso é liberdade, o resto é uma interferência irresponsável do Estado na decisão que compete exclusivamente aos indivíduos.

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    • Vilson Ambrozi Chapadinha - MA

      O problema é que quando quizerem comprar os fuscas a fabrica não o produzirâ mais. Ou ferrari ou nao planta.

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    • Jan Frederik Loman Arapoti - PR

      Sobre esta afirmação Vilson, acredito que dependera de nós produtores sustentarmos uma cadeia de pesquisa. A Embrapa ainda continua na pesquisa dos materiais Convencionais e RR, A pesquisa continuara produzindo os matériais que os produtores demandarem, e os Produtores de Semente que são os responsáveis pelo recolhimento do Royalts ao detentores também produzem semente conforme a demanda dos produtores de grãos. Mas o que enxergo com esta ação, é que os produtores não querem pagar pela pesquisa, mas querem os benefícios. O sr há de convir comigo que esta relação fica fraca, e aonde as empresas Serias não vao ficar trabalhando pra produtores não Sérios. Fica mais fácil fazer pesquisa e desenvolvimento em países aonde existe um Respeito ao Trabalho. E com isto corremos o risco de algumas empresas diminuírem os esforços no nosso pais. E podemos dividir a Miseria no pais devido a baixas produções e falta de controle de doenças por falta de interesse na pesquisa, ou podemos dividir riquezas advindas de novas tecnologias.

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    • Telmo Heinen Formosa - GO

      Comenta-se à boca pequena que a Monsanto está "se vendendo" para a Syngenta e inclusive apagar o seu nome da boca dos ambientalóides e dos combatentes ao pagamento de royalties, que como se vê facilmente infiltraram um sem numero de inocentes úteis, alguns já IDIOTAS úteis que deveriam lutar pelos agricultores e por quem lhes desenvolve tecnologia, mas lutam inconscientemente a favor do lado contrário. É a Revolução Cultural do Fôro de São Paulo em andamento...

      Acha caro, não use! Acha caro, reúna-se com seus pares e vá negociar...

      Maldito FHC que instituiu este Ministério Público onde os "Procuradores de Encrenca" não podem ser punidos pelos seus "HERROS"... povo não se flagra que com este "hand cap" eles podem "HERRAR" de propósito....

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    • Paulo Roberto Vielmo Nova Esperança do Sul - RS

      Muito razoáveis as ponderações de Eduardo Lima Porto, Liones Severo e Telmo Heinen, como é próprio de pessoas realmente com conhecimento sobre o agronegócio, ao contrário de certos juízes e advogados que tratam destas matérias sem o conhecimento suficiente, simplesmente porque foram provocados pelas partes interessadas. Desconhecem fatos basilares em suas argumentações e sentenças como os princípios da reciprocidade e do livre arbítrio. Como pode alguém requerer um benefício para si e ao mesmo tempo não retribuí-lo? Por outro lado, a Monsanto não está forçando a ninguém a usar as suas sementes e o mercado de sementes é muito amplo em fornecedores e variedades, portanto a Monsanto não tem nenhum monopólio a não ser sobre a tecnologia por ela desenvolvida. O que realmente poderia ser contestado seria o valor cobrado pela tecnologia Intacta na aquisição da semente. Se eu achar muito caro, simplesmente não uso, pois tenho muitas outras opçôes disponíveis no mercado. Outro fato a destacar são as consequências que estas medidas "protecionistas" terão sobre o comércio das exportações, notadamente com a China, nosso principal comprador. De que adiantará termos, no momento da produção, alguma vantagem se depois, no momento da exportação, viermos a perder muito mais. Estaríamos dando um tiro nos próprios pés e então oas advogados e juízes "bonzinhos" não viriam em nosso auxílio, certamente.

      Como bem finalizou Eduardo - "Querer obter todos os benefícios sem pagar o que corresponde ou sem medir as conseqüências econômicas de determinados pleitos é a mentalidade típica dos Socialistas." Faço minhas suas palavras e o momento presente que vivemos em nosso país está a reprovar as decisões populistas e enganadoras dos nossos socialistas bolivarianos de araque: é só atentar aos benefícios passados que tivemos com o engessamento das tarifas de energia elétrica e preços dos combustíveis com os valores que agora pagamos. Some-se a isso a corrupção endêmica, própria dos socialistas em especial. Sou produtor rural, mas não sou idiota. Quem gostava de apito era índio e no tempo do descobrimento. Hoje eles já descobriram a inutilidade do apito. Se até os índios, que não são aculturados sabem quem realmente lhes faz o bem ou o mal, já é ora de nós agricultores, também o sabermos.

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    • Eduardo Lima Porto Porto Alegre - RS

      Sr. Paulo, excelentes as suas ponderações.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Eu tinha na minha cabeça que o direito de patente tem prazo de validade depois do qual nao podem ser cobrado royalties---Para driblar essa regra a Monsanto fingiu pequenas modificaçoes so' para poder continuar mamando royalties dos trochas--Agora fiquei confuso.

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