Fala Produtor - Mensagem

  • José Roberto de Menezes Londrina - PR 22/06/2016 17:04

    Todo povo tem o seu feijão, uma hortaliça de consumo in natura e culinária regional diversificada. O grande consumo per capita de feijão no Brasil é consequência das inúmeras características superiores do nosso feijão. Entre elas a qualidade e o preço médio. O consumidor brasileiro tem o feijão de melhor qualidade e menor preço médio mundial. No Brasil, podemos plantar e colher feijão 365 dias por ano. Portanto, a importação de excedentes e resíduos de feijões, na sua maioria de péssima qualidade e características culinárias incompatíveis com as exigências do consumidor brasileiro, causa mais problemas que soluções.

    A história demonstra que as importações são medidas milagrosas para enganar o consumidor e esconder as incompetências das politicas publicas, relacionadas com a produção brasileira de feijão. Nós ainda sentimos o gosto amargo das irresponsabilidades do governo Lula com a desastrosa importação do FEIJÃO DETERGENTE ou resíduo de feijão preto oriundo da China.

    O feijão detergente desorganizou a cadeia produtiva de feijão preto, diminuiu a qualidade e aumentou a preço médio da famosa feijoada brasileira. Destruímos a oportunidade de renda de milhares de pequenos produtores responsáveis pela produção do feijão preto, principal ingrediente da melhor feijoada do mundo e tornamos um grande importador de feijão detergente. O estimulo ao produtor, uma solução eficiente que em sessenta dias resolveria o abastecimento de feijão preto transformou-se em uma década de problemas e o oportunismo de poucos.

    Saudade da saborosa feijoada feita com o feijão PRETO UBERABINHA.

    O preço é a maneira mais eficiente de estimular a produção e regularizar a oferta de alimentos de consumo regional. O Brasil tem um consumo médio diário de 10.000 toneladas de feijão carioca. Para abastecer o mercado necessitamos do plantio diário de apenas 4.000 hectares de feijão irrigado. Nos últimos 40 dias os produtores brasileiros estão semeando mais de 5.000 hectares dia. Portanto, em menos de 50 dias teremos o equilíbrio entre produção e consumo. Com feijão carioca de excelente qualidade e característica culinária compatível com as exigências do consumidor brasileiro.

    A solução para a escassez temporária de feijão carioca, causada por adversidades climáticas e maximizada pela tarifa vermelha de energia do governo Dilma. Assim como o desabastecimento continuo de feijão preto causado pela importação do feijão detergente no governo Lula.

    Não será corrigida com a importação de feijão velho e de características culinárias incompatíveis às exigências do consumidor brasileiro. Infelizmente, o erro se repete no governo Temer. A noticia de que o Brasil vai importar feijão deve causar a redução de pelo menos 500.000 toneladas de feijão na safra das águas de 2016/17. Como consequência o feijão terá o aumento de 20% nos preços para o primeiro semestre de 2017.

    O caminho mais rápido e eficiente para normalizar o abastecimento é o estimulo ao produtor brasileiro que, em menos de 50 dias, disponibilizará feijão carioca de ótima qualidade e em quantidade para abastecer o mercado consumidor.

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