Fala Produtor - Mensagem

  • Eduardo Lima Porto Porto Alegre - RS 25/08/2016 12:18

    Amigos, acabo de ver que o debate que nasceu despretensioso com o Sr. Guilherme Lamb adquiriu uma dimensão maior e está trazendo a participação de mais pessoas qualificadas, como o Srs. Rodrigo Pires e Carlo Meloni. Felicito ao Noticias Agrícolas por dar destaque a esse "Bate-Papo". Do meu lado, e acredito que dos Senhores também, não há interesses de ordem política ou comercial, buscamos simplesmente o aperfeiçoamento do setor pela via do conhecimento e da liberdade de ação. Essa discussão me despertou a curiosidade de buscar informações detalhadas sobre os "prós" e os "contras" do ponto de vista econômico da terceirização das atividades que envolvem o maquinário agrícola em comparação com o sistema tradicional. Tão logo obtenha dados confiáveis de forma organizada, terei enorme satisfação de compartilhar com os Amigos. Acho que podemos sugerir ao Noticias Agrícolas a criação de um canal permanente para debates desse nível, onde possamos compartilhar informações técnicas e análises sobre temas de interesse comum. O que lhes parece? Abraços, Eduardo

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Sr Eduardo, eu entrei no assunto porque estava procurando um comentario que

      dizia ter o Brasil um unico fornecedor de emamectina , e um amigo meu dono de uma grande empresa italiana se interessou em concorrer com esse fornecedor--Peço gentilmente o email do leitor que fez esse comentario me parece ser o sr Lamb----

      Com relaçao ao assunto TERCEIRIZAÇAO usei o exemplo da WEG catarinense que eu vivi de perto.----------Mas considerando o interesse que esse assunto despertou gostaria de acrescentar mais algumas observaçoes---Na decada de 70 a palavra terceirizaçao ganhou um impulso descomunal parecia o novo OVO DE COLOMBO-------Na Italia os beneficios socias recolhidos sobre a remuneraçao do trabalhador equivalem ao mesmo sistema existente no Brasil-------Os empresarios italianos para fugir ao sistema começaram a terceirizar a fabricaçao de todos os componentes e na fabrica so' restaram poucas pessoas que montavam e faturavam os produtos----Era uma alegria geral-----testemunhei na cidade de Lodi uma moça chegando ao trabalho as 10hs dirigindo o seu carro , retirou o seu capote ( pelliccia) e sentou para enrolar motores eletricos-------Os empregados ganhavam mais e os empresarios gastavam menos-------Na Italia em decorrencia dos successivos desmembramentos de propriedades por motivo de herança prevalece o minifundo e por causa disso torna-se obrigatorio terceirizar maquinas agricola---Para

      encurtar a conversa, veja a situaçao da Italia hoje-------Na penuria----- ENTAO MEU RESUMO DE QUEM JA" VIU MUITAS COISAS A TERCEIRIZAÇAO NAO PODE SER VISTA COMO ATIVIDADE IDEAL MAS COMO UMA ATIVIDADE SUPLEMENTAR A SER UTILIZADA EM DETERMINADAS CIRCUSTANCIAS MAS O MELHOR DE TUDO NA VIDA E" SER DONO DO PROPRIO NARIZ E PONTO FINAL---

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    • Guilherme Frederico Lamb Assis - SP

      Sim Eduardo, uma conversa informal e despretensiosa, acabou tomando um rumo diferente e proporções "inimaginadas". Tanto é que acabou passando diversos erros de digitação da minha parte.

      Gostaria de pedir novamente ao TI do site para permitir a inserção de parágrafos nas mensagens que enviamos, e também o campo de digitação aqui as vezes se restringe ao espaço de uma linha, dificultando a verificação ortográfica

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    • Guilherme Frederico Lamb Assis - SP

      Eu acabei me estendendo demasiadamente em detalhes durante minhas explanações, pois a questão é demasiadamente complexa.

      Mas tento resumir agora, o nosso problema da falta de terceirização de deve a problemas legais e estruturais de cunho político e ideológico, a falta dela no caso.

      A terceirização no Brasil não seria nenhuma panaceia para, nós visto que a falta dela não é causa e sim um efeito do problema. Todos esses custos que o produtor tem com as maquinas a empresas especializadas também vão ter (sendo a vantagem que em teoria seriam melhores diluídos na escala de "produção/utilização/operação" diante de alguns casos de maquinas particulares, como expliquei acima, mas não geral). Porém a partir do momento que essas empresas fossem formalizadas no Brasil, iriam sofrer com toda burocracia e carga tributária aqui vigente, custos trabalhistas, jurídicos e outros, o que já seria repassado ao custo do serviço. Praticamente os prestadores de serviço informal já cobram um valor que inviabiliza a terceirização em muitos casos, o que dirá quando acrescente os custos da "formalidade" da pessoa jurídica. A empresa vai cair nas mesmas condições insalubres de todas as outras que atuam no país. Então acaba ficando nas mesmas condições ruins que temos em outros setores.

      Aí entramos no campo burocrático, como exemplo o tempo gasto para se abrir uma empresa no Brasil é em torno de quatro meses, o que pode se estender por maiores períodos. Nos EUA 2 ou 3 dias: http://blogs.pme.estadao.com.br/blog-do-empreendedor/no-br-sao-3-meses-para-abrir-a-empresa-no-exterior-sao-4-dias/

      Portanto, a questão é dar liberdade e boas condições econômicas para quem quer produzir e empreender, o resto as leis de oferta e demanda se encarregam de regular.

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    • FABIANO DALL ASTA Canarana - MT

      Grosseiramente falando , além dos problemas burocraticos e de custos , tem o fator confiança , honestidade e em muitas operaçoes agricolas podera haver problemas na tomada de decisão de fazer ou não , o momento de fazer e de que forma. Resumindo , é melhor ser o dono e ............ quiçá um dia , os preços das maquinas e dos custos baixarem.

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    • Guilherme Frederico Lamb Assis - SP

      Sim Fabiano, essa questão cultural que predomina no Brasil, o caso do jeitinho, a malandragem que muitos praticam ate de forma "involuntária", subconsciente é um grande problema, alias pode ser uma das causas da nossa situação, visto que isso reflete diretamente nos nossos representantes políticos.

      aqui há esse cultura de achar que roubo de sinal de TV, de energia elétrica e de bens "intangíveis" é normal,

      Isso acaba se estendendo a outras coisas também, eu já ouvi casos de problemas com serviços agrícolas prestados, "sobras" de fertilizantes e sementes sendo desviadas por exemplo. Quem partir para terceirização vai deixar um fiscal acompanhando em tempo integral o prestador de serviço para saber se não esta sendo roubado, se o fertilizante esta realmente sendo aplicado na dose correta?

      Isso tudo vai inviabilizando as coisas no país.

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    • Eduardo Lima Porto Porto Alegre - RS

      Novamente o "Risco Caráter" torna-se o elemento que distorce um modelo consagrado em outros países. Estou de acordo com a visão exposta pelo Guilherme Lamb. É uma lástima realmente, mas é uma realidade.

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    • Guilherme Frederico Lamb Assis - SP

      falando em comparações, o cadastro "positivo" ou o "Risco Caráter" como citou o Eduardo, é amplamente usado nos EUA, mas sem imposição estatal.

      As taxas de juros de mercado que já são muito baixas, e isso sem subsídios, ficam ainda mais baixas para que tem bom histórico de credito (bom Caráter).

      Por exemplo, a taxa padrão do Banco Chrysler para financiar veículos nos EUA de acordo com o site da Ram trucks (Dodge) é de 2,9%. Sendo que essa pode variar de acordo com o histórico de credito do cliente. JUROS ANUAIS PARA COMPRA DO VEICULO.

      Esses juros podem cair razoavelmente para bons pagadores.

      Aqui no Brasil algumas empresas já trabalham internamente com histórico de pagamentos dos clientes dentro do próprio estabelecimento para dar descontos, eu participo de um programa assim para compra de defensivos, porem devido ao custo Brasil, a margem para aplicar isso por aqui é estreita, limitada...

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