Fala Produtor - Mensagem
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Carlos Massayuki Sekine Ubiratã - PR 15/11/2016 10:28
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João Batista Olivi
Campinas - SP
sim, existe... são os contratos de opções a futuro, garantidas pela BM&F. Detalhe: as travas e liquidações com milho e boi gordo são realizadas em reais.
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João Batista Olivi
Campinas - SP
garantidos...
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Carlos Massayuki Sekine
Ubiratã - PR
Sr. João Batista, esse comentário deve ser em resposta à minha outra mensagem a respeito do mercado de milho, mas de qualquer forma, agradeço. Só acho que esses contratos de opções a futuro deveriam ser mais simplificados e menos dispendiosos para se tornarem mais acessíveis a todos. O que os produtores da região tem feito na prática é contratar milho nas cooperativas até o limite que cobre o valor das suas compras de insumos, travando pelo menos o custo. Essa prática, na última safra deu um prejuízo danado para os produtores, mas isso faz parte do negócio e, se tivéssemos feito opções a futuro, seria a mesma coisa. Os que têm consciência disso já contrataram o milho a 30 reais a saca para a próxima safrinha. Os que não o fizeram, estão à mercê do mercado.
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Paulo Roberto Rensi
Bandeirantes - PR
Sr. Carlos, sua linha de raciocínio tem uma certa lógica, mas o Sr. se esqueceu de nivelar os níveis de tecnologias aplicados à produção dessa fontes de alimentação. ... No caso da produção de grãos o capital empregado para se obter essa produção é de conhecimento de todos e, em alguns casos ultrapassa o Valor Bruto da Produção (VBP) e o produtor rural amarga o prejuízo. No caso do bovino a pasto, o maior custo é a mineralização do rebanho e a mão-de-obra, atividade esta considerada como extensiva, ou seja, o capital empregado é considerado baixo em relação as outras atividades da agropecuária. Agora se confinar os animais, usar os mesmos procedimentos para a produção de seu alimento, tipo silagem, fenação e, disponibilizar esse alimento no cocho, penso, os índices (números) vão modificarem bastante, tipo "Kg de carne produzida/hectare".... Devemos nivelar para fazermos analises comparativas !!! No caso a pecuária extensiva SEMPRE vai ser uma atividade atrasada em relação as demais...
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carlo meloni
sao paulo - SP
comentario relativo ao sr Carlos e Sr Joao Batista-----Quando o contrato e' feito com as cooperativas que nao abatem frangos, o problema nao fica solucionado porque o produtor perdeu e a cooperativa lucrou ao vender o milho ao preço de mercado superior ao preço contratado----Os frigorificos nao se beneficiam com isso---Eu acredito que o problema sera' resolvido quando houver um entendimento contratual direto entre produtor e frigorificos-----
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carlo meloni
sao paulo - SP
comentario relativo ao Sr Paulo-----A pecuaria extensiva e' uma atividade falida a medio prazo ---Algum dia o pecuarista extensivo vai cair na realidade e fazer a contabilidade como todo mundo faz----O menor rendimento por area e' justamente a pecuaria extensiva-----Nao existe pasto que dure mais de 10 anos e a reforma custa mais que a receita auferida durante este periodo---o que muitos fazem reformam o pasto plantando graos ou seja o pecuarista extensivo nao faz a contabilidade certa e engana a si mesmo , porque ele tem paixao pelo estilo de vida de criador de gado entao finge que esta' tudo OK.
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carlo meloni
sao paulo - SP
Sr Paulo, se o senhor assistir a algum programa da semente BOI GORDO percebe-se que a pecuaria evoluiu introduzindo leguminosas persistentes e fixadoras mas mesmo assim que e' atividade de muito baixo rendimento com certeza e' o pior retorno de investimento de um capital----A outra paixao prima desta e' criar cavalos de corrida que da' mais prejuizo ainda.
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Paulo Roberto Rensi
Bandeirantes - PR
Sr. Carlo, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. A pecuária extensiva é praticada em extensas áreas de terras, geralmente são onde se fazem a abertura de novas áreas, as chamadas fronteiras agrícolas e, lógico o desembolso para aquisição dessas áreas é minimo. As fazendas onde é passível de se colocar 20, 30 mil animais, o proprietário tem que "rasgar muito dinheiro" para empobrecer. Já vi muita coisa acontecer, mas as perdas, com certeza, não são provenientes da atividade, são nos regabofes regados a muito uísque e carne de primeira, onde muitas notas de "Garoupa" são literalmente rasgadas.
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carlo meloni
sao paulo - SP
NAS ESTATISTICAS APARECEM 130 MILHOES DE HECTARES DE AREAS DEGRADADAS PORTANTO CONCLUO QUE PECUARIA EXTENSIVA NAO ESTA'
SOMENTE NAS NOVAS AREAS----A ABERTURA DE NOVAS AREAS E' SO' BARULHO DE JORNAL---
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Carlos William Nascimento
Campo Mourão - PR
Acredito que um fator importante num futuro próximo será a qualidade do alimento, se é saudável. Dentre os tres tipos de carne citados, sem dúvida a mais saudável é a bovina. Carne de frango e de suíno é produzida com ingestão diária e obrigatória de ionóforos e antibióticos. Grandes cadeis de fast food e mercados já estão sinalizando que não comprarão mais carne produzida com antibiótico. Certamente a conversão alimentar das aves e suínos cairá.
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Carlos Massayuki Sekine
Ubiratã - PR
Sr. Rensi, pode ser que comparei níveis tecnológicos diferentes, mas o cálculo que fiz sobre a produção de aves não é nada fora do normal para as regiões citadas. Já em relação à pecuária, fui até benevolente. Se consultarmos os números do IBGE veremos que o Brasil abateu aproximadamente 25 milhões de bois no ano de 2015, o que dá 0,2 boi abatido por hectare. Não sei até que ponto os dados do IBGE são confiáveis, já que boa parte dos abates de boi no Brasil ainda são clandestinos, mas é um parâmetro. É claro que existem exceções, mas com essa produtividade média, acredito que a maioria dos pecuaristas está comendo o próprio patrimônio para viver e não está se dando conta.
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Paulo Roberto Rensi
Bandeirantes - PR
He! He! (risos). É o derivativo de "Cortar na própria carne", no caso é: "COMER DA PRÓPRIA CARNE" !!!
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João Batista Olivi
Campinas - SP
Analisando friamente os números, sem entrar no mérito da questão da preferência individual por determinado tipo de carne, a tendência é que os sistemas de produção mais eficientes pouco a pouco dominem o mercado. Nessa questão, a eficiência na produção de suínos e principalmente de aves é incomparavelmente maior em relação aos bovinos. Vamos aos números: cada hectare de terra (PR, MS e MT), produz aproximadamente 10.000 kg de grãos por ano entre soja e milho que são os principais componentes das rações. Como a taxa de conversão (aves) está em torno de 1,8 kg de ração/kg de carne, estamos falando de 5,5 toneladas de carne produzidos por ano em um único hectare. Em comparação, a pecuária no Brasil não chega a produzir nem meio boi por hectare ano em média. É claro, então, que o custo (inclusive ambiental) da carne de boi sempre vai ser maior. No mundo, a carne mais consumida é a de porco, em segundo o frango e em terceiro o boi. No Brasil, o consumo per capita da carne de frango já superou em muito o de boi, assumindo o primeiro posto, seguido do boi e do porco. A tendência é que essa diferença em favor do frango se acentue mais ainda, já que muitos que podiam comer carne de boi, com a crise, estão comendo carne de frango. Quem não pode mais comer nem frango, está comendo farinha e quem já comia farinha, está comendo o pão que o diabo amassou, ou melhor, o pão que a Dilma amassou.