Fala Produtor - Mensagem

  • Marcelo Luiz Campina da Lagoa - PR 22/03/2017 14:29

    Sua indignação é nossa rotina João Batista. O agricultor luta contra os problemas inerentes a atividade produtiva e também contra os problemas criados por outros setores. Vemos uma campanha sistemática para pressionar os preços agrícolas para baixo. Sucessivos relatórios e estimativas de safra anunciando recordes, mesmo quando sabemos que as coisas não andam bem. Exemplo agora é o milho safrinha. Como dizer que teremos safra recorde no Paraná se a imensa maioria das lavouras foram plantadas com pelo menos um mês de atraso em relação ao ano passado? Milho safrinha é diferente de soja verão. Um mês de atraso no plantio é certeza de produção mais baixa. Gostaríamos de saber como estes consultores e governo fazem as estimativas. Seria uma boa matéria para qualquer jornalista. O agricultor está curioso em saber isso, pois afeta diretamente na nossa atividade. A sua indignação João Batista , vale para todos os produtos e produtores do Brasil.

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    • Paulo Gilberto Lunardelli CAMPINA DA LAGOA - PR

      A maior indignação é com os altos valores das consideradas tarifas públicas, tributos, pedágios, combutíveis, etc..,, para transportar esse mesmo produto de lucas de Rio Verde para os portos de Santos, Paranaguá e Rio Grande do Sul, o preço do frete embalado pelo alto custo das tarifas públicas fica em torno de R$300,00 a tonelada, ou seja R$18,00 por saca, é um ABSURDO o valor do frete é maior que o valor do produto. O óleo diesel, pedágios e tributos é o grande vilão na composição do valor da produção agrícola, mesmo porque o setor de transporte está quebrado.

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    • Thiago Rocha Tomazoli Nova Aurora - PR

      Pelo valor do investimento na Safrinha 2016 e agora a 2017, os patamar de preço de R$ 22,00 na região Oeste do Paraná é sinônimo de prejuízo para a cultura. Diante disso existem algumas alternativas:

      a) O custo de produção diminui, fato que devido ao patamar de dólar atual fica um tanto que difícil de acontecer somado a época de plantio que tenha caixa produtiva e fora do risco de geada;

      b) As cooperativas busquem avaliar a relação investimento x retorno e pratiquem um equilíbrio no valor do milho pensando em quem origina o cereal e na utilização do cereal para a fabricação de ração para o seguimento de carnes;

      c) O produtor reduza a área de plantio de milho adotando por exemplo a utilização de aveia já que o milho tende a fechar no vermelho, visando o resultado na soja e com a redução em parte do plantio teremos uma redução na oferta que poderá parear o preço do milho a da importação.

      São algumas hipóteses pensando em viabilizar a cultura.

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    • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR

      Infelizmente as cooperativas são as maiores consumidoras de milho, e querem é pagar barato por ele. Agricultor no vermelho é sinônimo de mais lucro, pois alonga as dívidas pagando juros de agiotagem. Cooperativa não esclarece ninguém. Ela incentiva o plantio sem se preocupar na rentabilidade. Vamos ficar dependendo de quebra de safras em outros locais para ganhar dinheiro.

      Ano passado, quando o milho estava cotado a R$45,00 a saca, ouvi muito o discurso de termos um preço de equilíbrio, bom pra todos. Agora que estamos doando nossos cereais, onde está o discurso do equilíbrio?Não se enganem, este povo quer nosso couro.Tomam nosso dinheiro na venda de insumos e tomam nosso dinheiro na compra dos cereais.

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