Entrevista fantástica. Parabéns ao Notícias Agrícolas, e continuem trazendo aos acompanhantes do portal este padrão de qualidade... Sou do Espírito Santo e sofremos demais nos últimos TRÊS anos com a SECA SEVERA e o impacto causado por esta. Torcemos muito pelo fenômeno "La Niña" pois, para minha região, geralmente representa mais chuva.
Importante ressaltar o comentário final do Molion sobre RESERVATÓRIOS. De forma estratégica, no final do ano de 2016 construímos um barramento de porte médio num trecho de um córrego classificado como "bom de água", mas que, em virtude dos baixos índices pluviométricos dos últimos anos, passou a sofrer com a redução de vazão. Este reservatório acumulou sua capacidade máxima 30 dias após a conclusão da obra, aproveitando duas boas chuvas. RESULTADOS: não fosse o investimento, eu e mais dois produtores haveriam perdido toda a produção e lavouras (café e pimenta-do-reino) e provavelmente cairíamos num poço sem saída, uma vez que não conseguiríamos honrar compromissos e também reestruturar as propriedades, pois lidamos com culturas perenes (tornam-se produtivas após dois anos em formação) e de alto valor agregado.
O IDAF (órgão responsável por emitir licenças para construção de barramentos no ES) aumentou o número de licenças emitidas no último ano e reduziu consideravelmente o tempo para consegui-las. Contudo, isso podia ter ocorrido a mais tempo e ser ainda mais ágil, claro, respeitando cuidados básicos que devem realmente serem cumpridos. Diga-se de passagem que também poderia haver fomento para tais obras, mas, tratando-se do nosso país, isso é algo mais complexo...
Particularmente, o que preocupa, não bastasse as condições naturais, são algumas ações da AGERH (nova agência de recursos hídricos do estado) sobre o uso da água pelo produtor rural, autuando os mesmo devido o uso dos sistemas de irrigação. EXEMPLO nosso (no qual muitos outros se enquadram): fizemos um alto investimos particular, em três produtores, SEM qualquer FOMENTO por parte do Estado ou município, para termos água disponível para irrigação, seguindo todas as normas exigidas, inclusive respeitando a vazão mínima exigida aqui no estado. Fazemos uso de sistema de irrigação localizado, com critérios para tempo de irrigação, fazendo USO INTELIGENTE e RACIONAL de água e nutrientes. Pois bem, a agência tem AUTUADO, sem critérios, produtores de fazer uso desta água armazenada, mesmo nas condições que apresentei. Concordo com restrição de sistemas com menor eficiência e que demandam mais quantidade de água, como sistemas por aspersão, porém DISCORDO da ação SEM CRITÉRIOS, afinal, os IMPACTOS seriam propriedades falidas, sem chance de recuperação, e desemprego para a região. Não vejo lógica nestas ações. Precisamos com pessoas de VISÃO para tomar estas decisões de "o que pode", "o que não pode", "como pode" e não, simplesmente, proibições INCONSEQUENTES.
Entrevista fantástica. Parabéns ao Notícias Agrícolas, e continuem trazendo aos acompanhantes do portal este padrão de qualidade... Sou do Espírito Santo e sofremos demais nos últimos TRÊS anos com a SECA SEVERA e o impacto causado por esta. Torcemos muito pelo fenômeno "La Niña" pois, para minha região, geralmente representa mais chuva.
Importante ressaltar o comentário final do Molion sobre RESERVATÓRIOS. De forma estratégica, no final do ano de 2016 construímos um barramento de porte médio num trecho de um córrego classificado como "bom de água", mas que, em virtude dos baixos índices pluviométricos dos últimos anos, passou a sofrer com a redução de vazão. Este reservatório acumulou sua capacidade máxima 30 dias após a conclusão da obra, aproveitando duas boas chuvas. RESULTADOS: não fosse o investimento, eu e mais dois produtores haveriam perdido toda a produção e lavouras (café e pimenta-do-reino) e provavelmente cairíamos num poço sem saída, uma vez que não conseguiríamos honrar compromissos e também reestruturar as propriedades, pois lidamos com culturas perenes (tornam-se produtivas após dois anos em formação) e de alto valor agregado.
O IDAF (órgão responsável por emitir licenças para construção de barramentos no ES) aumentou o número de licenças emitidas no último ano e reduziu consideravelmente o tempo para consegui-las. Contudo, isso podia ter ocorrido a mais tempo e ser ainda mais ágil, claro, respeitando cuidados básicos que devem realmente serem cumpridos. Diga-se de passagem que também poderia haver fomento para tais obras, mas, tratando-se do nosso país, isso é algo mais complexo...
Particularmente, o que preocupa, não bastasse as condições naturais, são algumas ações da AGERH (nova agência de recursos hídricos do estado) sobre o uso da água pelo produtor rural, autuando os mesmo devido o uso dos sistemas de irrigação. EXEMPLO nosso (no qual muitos outros se enquadram): fizemos um alto investimos particular, em três produtores, SEM qualquer FOMENTO por parte do Estado ou município, para termos água disponível para irrigação, seguindo todas as normas exigidas, inclusive respeitando a vazão mínima exigida aqui no estado. Fazemos uso de sistema de irrigação localizado, com critérios para tempo de irrigação, fazendo USO INTELIGENTE e RACIONAL de água e nutrientes. Pois bem, a agência tem AUTUADO, sem critérios, produtores de fazer uso desta água armazenada, mesmo nas condições que apresentei. Concordo com restrição de sistemas com menor eficiência e que demandam mais quantidade de água, como sistemas por aspersão, porém DISCORDO da ação SEM CRITÉRIOS, afinal, os IMPACTOS seriam propriedades falidas, sem chance de recuperação, e desemprego para a região. Não vejo lógica nestas ações. Precisamos com pessoas de VISÃO para tomar estas decisões de "o que pode", "o que não pode", "como pode" e não, simplesmente, proibições INCONSEQUENTES.