Fala Produtor - Mensagem
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Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC 24/05/2017 06:31
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Tiago Gomes
Goiânia - GO
A esquerda brasileira já havia alertado de supostos excessos do MPF, do Judiciário e da Polícia Federal. Até então, a centro direita tupiniquin dizia que isso era balela papo de petralha e ovacionava os heróis da PF e do MPF.
Pois é, agora que estas instituições atacam a centro direita igualmente podre parece que tem parcela da sociedade brasileira que não esta digerindo isso bem. Parece que pisaram no calo deles. Virou modinha inclusive falar num tal de estado democrático de direito. Antes da Dilma cair a centro direita tupiniquin sequer citava isso.
Na boa, sigam em frente MPF e PF, apesar de alguns erros no modus operandi suas ações são importantes nesse processo de escancarar a podridão desse país.
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Tiago Gomes
Goiânia - GO
A pressa de opinar é (quase) sempre castigada. A Procuradoria-Geral da República divulgou uma nota esclarecendo que a conversa entre Reinaldo Azevedo e Andréa Neves não foi anexada pelo Ministério Público aos autos da Ação Cautelar 4316 e consta tão somente dos relatórios produzidos pela Polícia Federal. Paralelamente, representantes do STF disseram à Folha de São Paulo que essa conversa é parte de um lote de 2.200 gravações que se tornaram públicas na semana passada, após o Ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato, levantar o sigilo do caso.
Ao que tudo indica, o procedimento foi exatamente o que eu descrevi nos meus posts anteriores. Esses esclarecimentos, inclusive, tornam mais plausível minha hipótese de que o BuzzFeed encontrou a conversa quase que por acaso, ao pesquisar pelo nome do site nas transcrições das conversas que compõem o lote. Ou seja, não houve "vazamento", não houve "vazamento seletivo", o Reinaldo não foi grampeado clandestinamente, o instituto do sigilo da fonte não foi violado e não há nenhuma conspiração para calar o blogueiro tucano nada desse tipo ? o Reinaldo, no máximo, teve azar por gostar de conversar "amenidades" com uma criminosa.
Essas confusões normalmente decorrem de uma mania, bastante típica em nossos tempos, de discutir o "porquê" antes de tentar compreender o "o quê"; isto é, da mania de discutir as motivações e as intenções ocultas antes de estabelecer, com clareza e tranquilidade, quais são fatos e o que efetivamente ocorreu. Seja como for, o uso de termos como "Estado Policial" e "Fascismo" não passou de mais uma amostra do uso metonímico que os brasileiros, com frequência, fazem da linguagem.
Nada disso significa, é claro, que a decisão do Fachin foi correta, menos ainda que eu a aprovo, mas essa é outra discussão. Minha finalidade com este e com os últimos posts foi a de averiguar se a idéia de que o Reinaldo está sendo vítima de vazamentos seletivos e sofrendo perseguições como jornalista procede e o que se fato ocorreu. Tudo indica que não procede. Então, segue o jogo. Por Filipe Martins.