O estamento burocrático brasileiro, cuja "forma mentis" advém de 1964, está se esforçando por emplacar na população a idéia de que estamos vivendo um regime de exceção. O objetivo é pintar a imagem da Operação Lava Jato com os tons de uma ditadura militar, fazendo com que, assim, ela herde a carga histórica negativa que a esquerda imprimiu, por anos a fio, àquele regime.
Primeiro, falou-se num "golpe". Depois, que as prisões cautelares dos corruptos eram "um regime de exceção". Agora, criou-se a narrativa de que "um jornalista foi perseguido". Instantaneamente se fala que a Operação fundou "um Estado Policial". Concomitantemente, inicia-se uma campanha pelas "Diretas Já".
É muito claro que esse conjunto numeroso de coincidências não é por acaso, a não ser na cabeça daqueles que não conseguem enxergar além do próprio focinho. Trata-se, na verdade, de um roteiro bem planejado, já experimentado, para destruir a imagem de uma operação de combate à corrupção que está chegando ao núcleo do poder, além de difamar os agentes públicos que a conduzem.
O expediente atual é uma mistura do que se fez no Brasil mesmo, pelos comunistas, durante o regime militar, aliviando suas culpas e terrorismos, colocando tudo na conta da repressão política, o que os isentava, moral e retroativamente, de qualquer responsabilidade; e do que se fez na Itália, após os três primeiros anos da Operação Mani Pulite, exatamente através das mesmas categorias verbais (criticando-se as "prisões de exceção" e o "autoritarismo policialesco" dos magistrados, etc), o que acabou conduzindo a uma bem-sucedida contra-ofensiva para a salvação dos corruptos.
Infelizmente, pelo andar da carruagem, ante a inércia da população, absorta nos resultados reduzidos do impeachment da representante mais incompetente do esquema, essa mistura espúria tende a gerar, no Brasil, os mesmos resultados que gerou na Itália, onde a corrupção hoje estão tão ou mais atuante que na época da Mani Pulite.
A continuar assim, em alguns anos a situação se inverterá: os corruptos estarão soltos e ativos, anistiados publicamente como vítimas de um "Estado Policial" de exceção, talvez até recebendo polpudas indenizações; os magistrados, procuradores e policiais responsáveis pela operação, ao contrário, terão suas imagens destruídas como autores daqueles "excessos inconstitucionais".
Tudo para tristeza geral dos que, um dia, tiveram alguma esperança de que, através disso, a nação encontraria algum rumo.
"Chegamos finalmente a uma situação em que mesmo dois milhões de brasileiros clamando nas ruas, multidões xingando Lula e Dilma por toda parte e 90% da população exigindo nas pesquisas de opinião o fim do império petista são impotentes para remover de seus postos os delinquentes que se apossaram do país e dele fizeram um bordel de luxo para os poucos, um favelão para os demais.
Na melhor das hipóteses, ela mesma remota e dificultosa, conseguirão obter do Congresso, como prêmio de consolação pela legitimação de eleições notoriamente fraudulentas, um miserável impeachment presidencial, medida simbólica que bem pode deixar intacto o restante do sistema comunocleptocrático instalado em Brasília." (Olavo de Carvalho, "Quando aprenderão?", Diário do Comércio, 03/06/2015).
E assim foi feito, como já está escancarado à nossa frente.
O estamento burocrático brasileiro, cuja "forma mentis" advém de 1964, está se esforçando por emplacar na população a idéia de que estamos vivendo um regime de exceção. O objetivo é pintar a imagem da Operação Lava Jato com os tons de uma ditadura militar, fazendo com que, assim, ela herde a carga histórica negativa que a esquerda imprimiu, por anos a fio, àquele regime.
Primeiro, falou-se num "golpe". Depois, que as prisões cautelares dos corruptos eram "um regime de exceção". Agora, criou-se a narrativa de que "um jornalista foi perseguido". Instantaneamente se fala que a Operação fundou "um Estado Policial". Concomitantemente, inicia-se uma campanha pelas "Diretas Já".
É muito claro que esse conjunto numeroso de coincidências não é por acaso, a não ser na cabeça daqueles que não conseguem enxergar além do próprio focinho. Trata-se, na verdade, de um roteiro bem planejado, já experimentado, para destruir a imagem de uma operação de combate à corrupção que está chegando ao núcleo do poder, além de difamar os agentes públicos que a conduzem.
O expediente atual é uma mistura do que se fez no Brasil mesmo, pelos comunistas, durante o regime militar, aliviando suas culpas e terrorismos, colocando tudo na conta da repressão política, o que os isentava, moral e retroativamente, de qualquer responsabilidade; e do que se fez na Itália, após os três primeiros anos da Operação Mani Pulite, exatamente através das mesmas categorias verbais (criticando-se as "prisões de exceção" e o "autoritarismo policialesco" dos magistrados, etc), o que acabou conduzindo a uma bem-sucedida contra-ofensiva para a salvação dos corruptos.
Infelizmente, pelo andar da carruagem, ante a inércia da população, absorta nos resultados reduzidos do impeachment da representante mais incompetente do esquema, essa mistura espúria tende a gerar, no Brasil, os mesmos resultados que gerou na Itália, onde a corrupção hoje estão tão ou mais atuante que na época da Mani Pulite.
A continuar assim, em alguns anos a situação se inverterá: os corruptos estarão soltos e ativos, anistiados publicamente como vítimas de um "Estado Policial" de exceção, talvez até recebendo polpudas indenizações; os magistrados, procuradores e policiais responsáveis pela operação, ao contrário, terão suas imagens destruídas como autores daqueles "excessos inconstitucionais".
Tudo para tristeza geral dos que, um dia, tiveram alguma esperança de que, através disso, a nação encontraria algum rumo.
"Chegamos finalmente a uma situação em que mesmo dois milhões de brasileiros clamando nas ruas, multidões xingando Lula e Dilma por toda parte e 90% da população exigindo nas pesquisas de opinião o fim do império petista são impotentes para remover de seus postos os delinquentes que se apossaram do país e dele fizeram um bordel de luxo para os poucos, um favelão para os demais.
Na melhor das hipóteses, ela mesma remota e dificultosa, conseguirão obter do Congresso, como prêmio de consolação pela legitimação de eleições notoriamente fraudulentas, um miserável impeachment presidencial, medida simbólica que bem pode deixar intacto o restante do sistema comunocleptocrático instalado em Brasília." (Olavo de Carvalho, "Quando aprenderão?", Diário do Comércio, 03/06/2015).
E assim foi feito, como já está escancarado à nossa frente.