"Seu"JOÃO, há muito tempo o dramaturgo e importante cronista esportivo, Nelson Rodrigues, definia o país como "a pátria de chuteiras".
Hoje, embora o futebol seja, ainda, a paixão nacional, ouso afirmar que nos transformamos na "pátria de togas".
A minha assertiva prende-se ao fato ocorrido no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, onde o relator do processo que estava sendo julgado, o desembargador Eduardo Gallo foi acusado pelo advogado Felisberto Córdova de negociar o seu voto. Na versão do acusador, o magistrado recebeu oferta de propina de R$ 500 mil para proferir voto favorável à empresa que é ré na ação. Pior: ofereceu à outra parte a oportunidade de cobrir a oferta. Pediu R$ 700 mil para mudar de posição.
"Eu vou dizer, senhor presidente, que o julgamento que está acontecendo aqui é comprado. Eu estou fazendo uma denúncia", disse o doutor em sua sustentação oral. Olhando para o desembargador, ele prosseguiu: "Esse cidadão foi abordado com uma proposta que veio do Rio de Janeiro para receber R$ 500 mil ?R$ 250 mil antes, R$ 250 mil depois. E o descarado chegou a mandar para o nosso escritório uma contraproposta que poderíamos cobrir por R$ 700 mil."
O advogado Felisberto fez uma analogia com o que se passa em Brasília: "Eu insisto, senhor presidente, isto aqui não é o Senado. Isso aqui não é a Câmara dos Deputados. Isso aqui é um Tribunal de Justiça. E é preciso que a moralidade surja e venha a termo. E que a promotoria, inclusive, assuma a investigação desse processo. Tudo está sendo nulo aqui. Tudo está sendo nulo aqui. Eu não abro mão de denúncias. Safado."
O desembargador Gallo esboçou uma reação: "Está num nítido excesso. Eu estou, nesse momento, eu estou requerendo a prisão do advogado. Senhor presidente, está tendo um nítido excesso dos direitos, eu não admito". Seu acusador não se deu por achado: "Vamos os dois presos, que eu quero te quebrar a cara dentro da cela. Vagabundo!"
O que é isso "seu" JOÃO? Isso ocorreu num espaço egrégio, onde suas majestades vestem-se e, comportam-se com o rigor que o ritual lhes confere.
SERÁ QUE ESTÃO CAINDO AS MASCARAS, OU MELHOR, AS TOGAS ???
Vamos torcer que se repliquem "Sérgios Moros & Felisbertos Córdovas" na seara do direito, para que o direito prevaleça sobre o "torto", desse sofrido BraZil.
"Seu"JOÃO, há muito tempo o dramaturgo e importante cronista esportivo, Nelson Rodrigues, definia o país como "a pátria de chuteiras".
Hoje, embora o futebol seja, ainda, a paixão nacional, ouso afirmar que nos transformamos na "pátria de togas".
A minha assertiva prende-se ao fato ocorrido no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, onde o relator do processo que estava sendo julgado, o desembargador Eduardo Gallo foi acusado pelo advogado Felisberto Córdova de negociar o seu voto. Na versão do acusador, o magistrado recebeu oferta de propina de R$ 500 mil para proferir voto favorável à empresa que é ré na ação. Pior: ofereceu à outra parte a oportunidade de cobrir a oferta. Pediu R$ 700 mil para mudar de posição.
"Eu vou dizer, senhor presidente, que o julgamento que está acontecendo aqui é comprado. Eu estou fazendo uma denúncia", disse o doutor em sua sustentação oral. Olhando para o desembargador, ele prosseguiu: "Esse cidadão foi abordado com uma proposta que veio do Rio de Janeiro para receber R$ 500 mil ?R$ 250 mil antes, R$ 250 mil depois. E o descarado chegou a mandar para o nosso escritório uma contraproposta que poderíamos cobrir por R$ 700 mil."
O advogado Felisberto fez uma analogia com o que se passa em Brasília: "Eu insisto, senhor presidente, isto aqui não é o Senado. Isso aqui não é a Câmara dos Deputados. Isso aqui é um Tribunal de Justiça. E é preciso que a moralidade surja e venha a termo. E que a promotoria, inclusive, assuma a investigação desse processo. Tudo está sendo nulo aqui. Tudo está sendo nulo aqui. Eu não abro mão de denúncias. Safado."
O desembargador Gallo esboçou uma reação: "Está num nítido excesso. Eu estou, nesse momento, eu estou requerendo a prisão do advogado. Senhor presidente, está tendo um nítido excesso dos direitos, eu não admito". Seu acusador não se deu por achado: "Vamos os dois presos, que eu quero te quebrar a cara dentro da cela. Vagabundo!"
O que é isso "seu" JOÃO? Isso ocorreu num espaço egrégio, onde suas majestades vestem-se e, comportam-se com o rigor que o ritual lhes confere.
SERÁ QUE ESTÃO CAINDO AS MASCARAS, OU MELHOR, AS TOGAS ???
Vamos torcer que se repliquem "Sérgios Moros & Felisbertos Córdovas" na seara do direito, para que o direito prevaleça sobre o "torto", desse sofrido BraZil.