Fala Produtor - Mensagem
-
Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC 07/09/2017 20:25
-
Guilherme Frederico Lamb
Assis - SP
Rodrigo, o Imea tem algumas planilhas elaboradas com uma boa metodologia, se restringem aos custos médios das regiões do MT de soja e milho... É o que mais se aproxima de uma abordagem realista e profissional do negocio dentro do Brasil.
http://www.imea.com.br/imea-site/relatorios-mercado
-
Guilherme Frederico Lamb
Assis - SP
Hoje voltei a análise de dados, coisa que não é muito simples no Brasil. Olhei os dados do milho na comparação de agosto 2017 com 2016 e existe uma divergência muito grande entre os dados de preço entre o Cepea e o MAPA. Houve uma aumento de 90% na comparação do valor e um aumento de 105% na quantidade, comparando agosto 2017 com agosto 2016, com o MAPA apontando uma queda de 7,6% no preço na mesma comparação. Então fui olhar o preço do milho em setembro de 2016 no gráfico futuro outubro de 2017 e o valor é de 35 reais. Parti então para as planilhas do Cepea para ver o preço do mercado fisico em setembro 2016 e o valor é de 42 reais, sendo que setembro de 2017 é de 28 reais. Então temos uma diminuição do preço agosto 2016-agosto 2017 de 14 reais, bem mais que os 7,6 do MAPA, no mercado fisico. Exposto dessa maneira acredito que já deve ter dado um nó na cabeça de muita gente, e nem sequer coloquei o preço do dólar na equação. Sabem por que é dificil de entender? Falta de hábito, esse tipo de abordagem era "proibida" nos meus tempos de faculdade e até hoje as instituições se negam a abordar esse assunto de forma simples. Mesmo com todo conhecimento que tenho das fontes, onde encontrar...nos arquivos de meu computador, levei mais de 1 hora para saber apenas esses dados. Estou com a planilha de custos do Lorenzon aqui comigo e estou acumulando dados para poder utiliza-la mais a frente. Infelizmente não temos planilhas de custos de diferentes cultivos e nas diversas regiões do país, como as que o Guilherme Lamb me enviou e que são utilizadas lá nos EUA. Faço isso por que quero demonstrar que a oferta é que faz a demanda e que o problema do Brasil na produção dos grãos são os custos de produção e não o preço. Haviam dados excelentes na CAROL de Orlândia, que segundo dizem foi quebrada devido à ação de dois ou três produtores em conluio com o presidente da cooperativa, eram planilhas de custos de produção muito boas, ainda não encontrei similar na internet e em série como havia no site da CAROL. Infelizmente tudo foi retirado do site, mas utilizarei o que estiver disponivel, apenas é algo que vai levar tempo.