Fala Produtor - Mensagem

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC 10/09/2017 12:24

    Li um artigo de um intelectual chamado Cesar Ranquetat Jr., em que ele afirma que Bolsonaro não é um conservador, não é um liberal, não é um progressista e tampouco um socialista. Bolsonaro é um nacionalista que não aceita ver seu país corrompido e dominado por ONGs e organizações estrangeiras, como a ONU, a FAO, que tem ditado regras e politicas aqui no Brasil. Jair Bolsonaro é um patriota, " Bolsonaro é odiado pela esquerda, por supostamente encarnar o espírito militar e autoritário que tanto desagrada os intelectuais progressistas e o beautiful people. Para os bem-pensantes, Bolsonaro nada mais seria que um fascista com tendências machistas e homofóbicas, uma figura desprezível e anacrônica, que, deste modo, não mereceria qualquer tipo de atenção e respeito. Por outro lado, certa direita concebe-o como um sujeito rude, inculto e despreparado para a administração de um país complexo, multifacetado e gigantesco como o Brasil. Mais ainda, para muitos liberais e mesmo entre muitos conservadores, Bolsonaro é visto como um populista vulgar, um bonapartista tupiniquim, uma espécie de ufanista de caserna de orientação estatizante e dirigista no campo econômico. O fato concreto é que Bolsonaro é uma personalidade sui generis que, dentre outras características, não se amolda com facilidade nas categorias que costumeiramente utilizamos para descrever e analisar as situações e eventos políticos. A rigor, o deputado federal mais votado do Estado do Rio Janeiro não é propriamente um político doutrinário que siga a risca uma cartilha ideológica precisa e definida". E segue: "O ilustre deputado federal campineiro parece incomodar certos setores da nova direita brasileira, pois, suas intervenções, discursos e sua plataforma parecem não contemplar os tópicos basilares defendidos por esta corrente, como a defesa do liberalismo econômico, do capitalismo, da democracia liberal e do Estado de direito, mínimo, enxuto e eficiente. Sobre esta questão é necessário uma brevíssima digressão de teor sociológico e histórico. A nova direita brasileira pouco ou nada tem a ver com as "velhas direitas". Ao compararmos as diversas organizações liberais e liberais-conservadoras de hoje, bem como o discurso de seus principais atores e intelectuais, com movimentos da década de 1930 como a Ação Integralista Brasileira e a Ação Imperial Patrionovista, notaremos diferenças abissais do ponto de vista ideológico e organizacional". "Jair Bolsonaro, sob certo ponto, aproxima-se desta direita nacionalista e antiliberal ao defender com ardor a identidade e a soberania nacional, a tradição cristã e a moral tradicional. Inclina-se para uma forma renovada e atualizada de patriotismo cristão com tonalidades conservadoras no campo moral e cultural e nacionalista na esfera política e econômica. Estaríamos diante de um nacionalismo conservador cristão?". "Bolsonaro, além disso, cristaliza em sua figura um estado de descontentamento geral e radical de parte expressiva da população brasileira com as insanidades do politicamente correto, do esquerdismo cultural e do relativismo moral que vêm corroendo as fibras mais íntimas e a própria substância espiritual da nação brasileira". "O fenômeno Bolsonaro aponta para o surgimento de uma reação "conservadora" em terras brasileiras, ou melhor, é na verdade, uma espécie de bastião de resistência das forças nacionais e tradicionais contra os ataques do cosmopolitismo esnobe que intenciona forjar, através de processos sutis de engenharia social, uma nova (des)ordem mundial".

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