Fala Produtor - Mensagem

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC 07/11/2017 12:39

    Guillaume Liegey, o estrategista de Emmanuel Macron, chegou hoje ao Brasil prometendo à nossa classe política a fórmula secreta para derrotar o "populismo", uma palavra-gatilho que, cada vez mais, tem sido esvaziada de seu significado e utilizada para despertar reações contra o Deputado Jair Bolsonaro..., que, ironicamente, dentre todos os presidenciáveis, é o menos afeito à demagogia, aos jogos de cena e ao bom-mocismo do marketing político.

    Liegey, que também trabalhou nas campanhas de Obama e de uma porção de outros políticos de esquerda apresentados ao público sob um invólucro de novidade, se reunirá com Luciano Huck, Henrique Meirelles, João Dória e Marina Silva. Ele também se encontrará com representantes de lideranças nacionais fabricadas pelo establishment, como os movimentos "Agora!" e "Acredito", e tem a pretensão de voltar para a França com um contrato milionário e com a missão de repetir por aqui a façanha de transformar algum figurão do establishment em um outsider biônico; em um candidato capaz de prometer mudança e novidade à população ao mesmo tempo que garante continuidade às classes dominantes.

    Os truques de Liegey e de seus parceiros, Vincent Pons e Arthur Muller, não são grande coisa, mas, se surtirem efeito, certamente teremos por aqui o aprofundamento da crise atual e uma situação ainda pior que a da França, onde apenas 12% dos franceses estão satisfeitos com o governo, um número significativamente menor do que os obtidos por Donald Trump nos EUA (em torno de 43%), motivo pelo qual a aprovação de Macron é sempre omitido pela nossa mídia -- a mesma mídia que quer nos vender o presidente francês como o modelo a ser seguido e que, frequentemente, alardeia a aprovação do presidente americano como sinal de fracasso e rejeição.

    Seja como for, de uma coisa podemos estar certos: como tenho dito desde o início do ano, o Brasil será o próximo palco de um embate entre forças soberanistas e forças globalistas; de uma queda de braço entre o povo e os grupos que o dominam; entre o homem comum e os donos do poder. Por Filipe G. Martins.

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