Vejam como uma bala de borracha democrática do PT produz aquele vermelho verdadeiramente revolucionário…

Publicado em 06/02/2012 16:00 e atualizado em 27/06/2013 17:53
por Reinaldo Azevedo, de veja.com.br

Vejam esta foto de Lunae Parracho, da Reuters.

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Este rapaz é uma dos manifestantes que entraram em confronto com forças de segurança federais em frente à Assembléia Legislativa da Bahia. Levou um tiro de bala de borracha no rosto. Não estou certo, mas acho que não há sede de um Poder Legislativo — municipal, estadual ou federal — cercada pelo Exército desde o fim da ditadura. Se não me engano, a última vez se deu no governo Figueiredo, quando se declarou “estado de emergência” no Distrito Federal.

O PT sempre contribuiu para inovar a democracia.

De novo: eu não apóio greve de gente armada.
Quem apoiava era Lula.
Quem apoiava era Jaques Wagner!

Por que este silêncio do Carvalho???

Acima, vocês vêem um manifestante sofrendo as conseqüências do jeito petista de fazer as coisas. Como é mesmo a fala de Gilberto, o Carvalho, sobre o Pinheirinho? Relembro:
“É uma questão de método que se utiliza quando há um problema. Ou você parte para o método democrático de ouvir e resolver no diálogo ou vai para o enfrentamento armado sem levar em conta a necessidade de respeitar a dignidade daquelas pessoas.”

Acima, há um ferido real no conflito. Agora comparem a sua imagem com esta, do tal Paulo Maldos, assessor pessoal de Carvalho, que estava fazendo proselitismo no Pinheirinho e diz ter recebido uma bala de borracha. Não fez BO nem quis fazer exame de corpo de delito. Saiu por exibindo as balas como um troféu. Às gargalhadas.

paulo-maldos-foto-tres

 

Encerro
E aí?

Imaginem se o PSDB ou DEM estivesse no poder em Brasília ou na Bahia. O Frei Davi, daquela ONG Educafro, diria que, em meio a tanta gente, os racistas decidiram dar um tiro na cara logo de um negro. Mas este negro não será protegido por Frei Davi. Afinal, ele está do lado errado da força…

Sim, o segredo de aborrecer é dizer tudo. E não há a menor possibilidade de que eu não diga!

Por Reinaldo Azevedo

 

06/02/2012 às 18:37

PSDB quer que Mantega se explique no Senado

Por Gabriel Castro, na VEJA Online:
Depois da demissão do ministro das Cidades, Mário Negromonte, que caiu na semana passada após cinco meses na corda bamba, Guido Mantega, da Fazenda, se transformou no pivô de mais um embate entre governo e oposição. O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), pediu nesta segunda-feira à Comissão de Assuntos Econômicos da Casa a convocação do ministro e do ex-presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci, demitido por suspeita de irregularidades no cargo. Mantega se transformou em alvo porque, embora tenha sido informado dos desvios em 2010, só exonerou o subordinado neste ano por ordem da presidente Dilma Rousseff.   “O ministro deu uma explicação confusa sobre o caso. De qualquer forma, ele confessou que a indicação é partidária. Ou seja, é o sistema de loteamento que desqualifica a atividade, porque esse é um cargo que exige qualificação técnica”, diz o líder tucano. Denucci, que foi indicado para o cargo pelo PTB, acabou perdendo o apoio dos correligionários durante sua gestão.

Embora tenha concordado com a ida de outros ministros ao Congresso, o governo não pretende aceitar a convocação de Mantega: o temor é que a exposição do petista gere instabilidade na economia. “Fica mal porque isso revela que o governo tem ministros de primeira classe e segunda classe”, afirma Alvaro Dias.

O episódio deve se transformar na nova batalha entre governo e oposição. Na Câmara, o PPS também vai pedir uma acareação entre Mantega, o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), e o presidente do PTB, Roberto Jefferson. Cada um apresentou uma versão diferente sobre o episódio. Os deputados tucanos também irão pedir a convocação de Mantega, mas isso só deve ocorrer depois do carnaval, quando as comissões estiverem funcionando.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

 

06/02/2012 às 17:50

Cadê você, senador Crivella? Quero ouvi-lo!

O senador Marcelo Crivella (PRB) foi eleito pelo povo do Rio de Janeiro. É bispo da Igreja Universal do Reino de Deus. Pertence ao partido controlado por essa denominação. É sobrinho do chefão da Igreja, Edir Macedo, que também é dono de emissoras de televisão.

Três prédios caíram no centro do Rio, ceifando vidas. Segundo culto da Igreja de que Crivella é um medalhão, foi tudo obra do demônio por causa de fiéis que deixaram a Universal. Não entendi a lógica, confesso. Se a igreja de Macedo é de Deus, por que o capeta mataria aqueles que a abandonaram? Deveria estar feliz. O contrário é complicado; imaginem o rabudo ameaçando: “Se você sair da Igreja do Macedão, eu o mato”. Nesse caso, o chifrudo seria, então, um aliado do bispo. Estranha teologia. Mas volto.

A função de um senador é propor coisas que melhorem a vida do estado que representa — entenda-se: a vida de sua população. Quero saber o que o fiel Crivella sugere para o Rio: aumento da fiscalização sobre a intervenção nos prédios ou exorcismo para espantar os demônios?

Pode-se também votar uma lei proibindo os fiéis da Universal de deixar a igreja. Aí prédios não cairiam mais.

Por Reinaldo Azevedo

 

06/02/2012 às 17:28

Por que este silêncio do Carvalho?

Eu acho que o governo federal tem de restaurar a ordem na Bahia, já que o governador Jaques Wagner é incompetente para fazê-lo. E defendo que se deixe claro, ainda mais claro, de uma vez por todas, que gente armada não faz greve nem se amotina, sob pena de expulsão sumária da corporação e processo. Pronto! É isso o que eu acho. QUEM GOSTA DE INVESTIR NO “QUANTO PIOR, MELHOR” É PETISTA. Quem usa o caos para atingir os adversários é Lula, é Jaques Wagner. Adiante.

Cadê o ministro Gilberto Carvalho?
Cadê a ministra Maria do Rosário?
Cadê a presidente Dilma?
Cadê o ministro José Eduardo Cardozo?

Este último, eu sei, foi pra Bahia. Mas onde estão as declarações dos valentes, que opinavam com impressionante ligeireza quando o tema era cracolândia ou Pinheirinho?

Imaginem se o caos baiano estivesse instalado em São Paulo. A essa altura, haveria canalhas falando na necessidade de intervenção federal — não esta informal, branca; refiro-me a intervenção pra valer mesmo.

Em 2008, na greve decretada por uma extrema minoria da Polícia Civil em São Paulo, parlamentares petistas foram às ruas se solidarizar com os… grevistas  — como Lula e Jaques Wagner fizeram em 2001…

Agora, com o caos instalado em terras baianas e com uma centena de mortos — MORREU GENTE COMO MOSCA NA BAHIA, NÃO DO PINHEIRINHO!!! —, os petistas estão mudos! Vai ver ainda buscam um jeito de culpar o PSDB, FHC e, claro!, José Serra!!!

Por Reinaldo Azevedo

 

06/02/2012 às 17:12

Ministério Público Estadual desmente ao menos uma das mentiras contadas pelo senador Eduardo Suplicy; agora falta desmoralizar as outras

Já relatei aqui a indignidade em que se meteu o senador Eduardo Suplicy, notório defensor de humanistas como Cesare Battisti e seqüestradores de empresários, ao acusar uma guarnição da PM de ter cometido estupro na operação de desocupação do Pinheirinho. Como deixei claro, a ação a que se refere:
a) não aconteceu no Pinheirinho;
b) não aconteceu no dia da desocupação;
c) a denúncia é feita por pessoas detidas com considerável quantidade de droga e uma espingarda calibre 12;
d) a advogada dos presos acompanhou o Boletim de Ocorrência e não denunciou violência sexual nenhuma;
e) a operação ocorreu às 3h30 da manhã, e o BO foi lavrado às 4h, meia hora depois; não obstante, segundo o petista, a sessão de estupro teria durado quatro longas horas;
f) a denúncia surge só 10 dias depois da suposta ocorrência.

Como Suplicy é Suplicy — inimputável porque tem a imunidade parlamentar, atrás da qual se esconde, e porque amplos setores da política confundem sua aparência de idiota clínico com sua essência (e idiota não é!) —, ele sai denunciando o suposto estupro aos quatro ventos, maculando a honra de uma instituição e atacando a reputação de policiais que são pais de família. É asqueroso!

Leiam agora trecho do que informa o Portal G1. Volto em seguida:

O Ministério Público de São Paulo divulgou uma nota negando que suposto abuso cometido por policiais militares relatado pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP) no plenário do Senado, na sexta-feira (3), tenha ocorrido no terreno conhecido como Pinheirinho, em São José dos Campos, no interior paulista. A investigação sobre os abusos corre em segredo de Justiça.

A Polícia Militar também descartou que o caso tenha acontecido durante a reintegração de posse, iniciada em 22 de janeiro. A desocupação terminou no dia 25 do mês passado. Na ação 32 pessoas foram detidas.

Procurado, o senador afirmou ao G1 nesta segunda que a PM estendeu a operação do Pinheirinho para áreas próximas em busca de traficantes e que a declaração foi dada neste contexto. “Não houve engano algum. A operação de desocupação do Pinheirinho se estendeu a bairros vizinhos, como o Campo dos Alemães”, disse.

O comandante da Policia Militar de São Paulo, coronel Álvaro Camilo, declarou ainda na sexta que a corporação investiga uma ação de 12 PMs das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), porém eles não serão afastados por conta das discrepâncias entre as versões apresentadas pelo senador e pelos policiais. Os policiais foram chamados para apurar uma denúncia de tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo, na madrugada do dia 23 de janeiro, no Campo dos Alemães, área vizinha ao Pinheirinho. Camilo repudiou a maneira como o assunto foi trazido à tona.

No sábado (4), o governador Geraldo Ackmin também negou que o suposto abuso sexual tenha ocorrido no Pinheirinho durante a reintegração de posse. “Isso vai ser investigado e esclarecido. Não foi no Pinheirinho, foi fora. Não foi no dia da reintegração, foi depois. A queixa só foi feita dez dias depois, mas nós vamos apurar rigorosamente. Com absoluto rigor”, declarou Alckmin.

O MP confirmou que o senador acompanhou duas vítimas durante depoimento e que ele obteve cópia das declarações. “Os fatos narrados no depoimento não ocorreram na localidade do Pinheirinho, recentemente desocupada em cumprimento à reintegração de posse”, diz  a nota divulgada na sexta. A promotoria investiga o teor das declarações.
(…)

Encerro
Os doutores do Ministério Público vão me perdoar a franqueza, mas sei muito bem como são feitas certas notícias e as salsichas, para lembrar frase famosa atribuída a Bismarck. Se o MPE está apurando uma denúncia, não tem de fazê-lo em parceria com um parlamentar petista, notório detrator da política de segurança do estado de São Paulo. Se uma cópia do depoimento lhe foi fornecida, isso contraria a boa prática de um promotor.

De todo modo, tudo vai ser apurado. Observo que o conjunto de mentiras de Suplicy foi vazado na sexta. A primeira das inverdades só é negada na segunda, depois de a acusação render abertura de páginas nos jornais e de a PM ser convocada a provar a sua inocência.

Esses setores da imprensa deveriam se envergonhar de servir como meros porta-vozes do petismo. Em alguns casos, trata-se de subserviência voluntária e ideológica; em outros, cuida-se de relações comerciais mesmo: noticia-se o que quer o cliente.

Notem: flagrado na patuscada, Suplicy não se dá por achado. Sabe que pode continuar a contar a mentira sem que nada de ruim lhe aconteça.

Por Reinaldo Azevedo

 

Num culto da igreja de Macedo, ficamos sabendo que foi o demônio que derrubou os prédios do Rio só para se vingar de ex-fiéis… Com a palavra o senador Crivella, que é membro da igreja, sobrinho do dono da igreja, filiado ao partido da igreja

Os evangélicos sabem que este é um blog que preza os cristãos de todas as denominações. Não faz tempo, escrevi aqui alguns posts sobre a disposição do PT, anunciada pelo ministro Gilberto Carvalho, de disputar influência com os evangélicos, como se o partido fosse uma igreja…

Circula na Internet um vídeo que, a meu ver, NÃO REVELA A CONVICÇÃO DOS EVANGÉLICOS. Também não devemos confundir todos os fiéis da Igreja Universal do Reino do Deus com o que se verá. A esmagadora maioria dos crentes de todas as igrejas, inclusive aquela a que pertenço, a Católica, não pode responder pelo eventual oportunismo de seus dirigentes.

Num culto da Universal, um suposto demônio, com o estímulo e o beneplácito do pastor, diz que foi ele quem derrubou os prédios do Centro do Rio. E sabem por quê? Porque haveria lá um ex-obreiro e ex-pastor da Universal. Entende-se que, como desistiram da igreja, então receberam uma punição, que teria matado até quem nunca havia pertencido ao grupo.
Assistam. Volto em seguida.

Voltei
Vidas se perderam, como sabemos, naqueles desabamentos. Famílias estão marcadas para sempre. A Universal do Reino de Deus comanda a Rede Record e a Record News, empresas de comunicação que operam em estreitíssima ligação com o governo federal. Não conto aqui nenhuma novidade. A igreja também tem um partido, o PRB. No Rio, a sua principal expressão é o senador Marcelo Crivella. A legenda pertence à base do governo federal, do governo estadual e do governo municipal.

Ora, é forçoso que se pergunte ao senador Crivella: o senhor também acha que foi o demônio que derrubou os prédios do Rio porque dois fiéis de sua igreja teriam decidido deixar a igreja? Esse também é o pensamento do PRB e da TV Record? O nome disso é exploração vil da tragédia. Notem que o vídeo já está com legenda em espanhol. É uma peça de divulgação e proselitismo. Imaginem o escarcéu que se faria se tal barbaridade fosse pronunciada na Igreja Católica ou no culto de alguma outra denominação com menos poder de fogo na mídia.

A Universal, via TV Record, tem hoje pessoas que atuam na imprensa, sempre mobilizadas para “bater” nos inimigos do rei — ou dos reis… Não dou a mínima. Também é inútil tentar jogar os evangélicos contra mim porque eles sabem muito bem o que penso. Quem defende, por exemplo, o aborto não sou eu. Comigo, demônio não se cria…  Há uma outra penca de vídeos relacionados a este em que se garante que os que deixam a Universal acabam morrendo. Os fiéis de uma igreja, católica ou evangélica, não podem ser mantidos pelo medo e pelo terror.

Esse demônio é mesmo um canalha!
Esse demônio está mentindo!
Esse demônio merecia é cadeia!

Edir Macedo já apareceu na televisão defendendo o aborto em nome da Bíblia e com um chicote para expulsar o capeta do corpo de um gay. Agora, chegou a vez de ligar a tragédia dos prédios do Rio a problemas internos de sua igreja.

A população fluminense, especialmente a carioca, tem o direito e a obrigação de perguntar ao senador Crivella, sobrinho do dono da Universal e bispo da Igreja, se ele também está convicto disso.
Um das características de Macedo é sempre dar mais um passo depois de ter chegado ao limite do tolerável.

PS - Não publicarei comentários que ataquem os evangélicos e os fiéis das igrejas (inclusive da Universal). Este é um blog que respeita a liberdade religiosa e que repudia a exploração oportunista da tragédia e da ignorância.

Por Reinaldo Azevedo

 

BA: grevistas entram em confronto com as tropas federais

Na VEJA Online:
Um grupo de PMs grevistas que estava do lado de fora da Assembleia Legislativa da Bahia entrou em confronto com as forças de segurança que cercam o local nesta segunda-feira. Ao menos 1.000 homens do Exército, da Força Nacional de Segurança e da Tropa de Choque da Polícia Militar cercam o prédio em Salvador, onde os PMs acampam com suas famílias desde terça-feira, dia em que deram início à greve. Os grevistas do lado de fora avançaram contra as tropas, que reagiram com balas de borracha e bombas de efeito moral. Mais cedo, houve confronto entre as forças federais e os familiares dos grevistas nesta manhã, quando parentes de PMs tentaram entrar no local. As tropas dispararam balas de borracha contra os manifestantes.

Com o apoio das tropas federais, o governo baiano tenta desocupar o prédio, além de cumprir 11 dos 12 mandados de prisão expedidos pela Justiça baiana contra os líderes do movimento, que estão no local - o soldado Alvir dos Santos foi preso na madrugada deste domingo. O abastecimento de energia elétrica na Assembleia foi cortado por volta das 19 horas deste domingo. As tropas federais fizeram incursões no entorno do edifício, usando, entre outros veículos, os blindados Urutu do Exército, que chegaram ontem à cidade, e helicópteros. A iluminação de alguns pontos e dos holofotes instalados do lado externo é mantida por geradores de energia, usados para casos de emergência.

O Exército fechou todo o acesso à região da Assembleia. De acordo com a assessoria da Secretaria de Segurança Pública, o general Gonçalves Dias, comandante da 6º região militar, e a PM estão negociando com os grevistas, mas não há previsão de resolução do conflito.

Os policiais grevistas dizem não querer confronto com as tropas do Exército ou com os 40 integrantes do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (PF), que chegaram neste domingo a Salvador para cumprir os mandados de prisão. Contudo, avisam que vão responder eventuais atos de violência com violência. Além do Exército, homens da Companhia de Operações Especiais da Polícia Militar estão nas proximidades da Assembleia. Segundo o tenente-coronel Márcio Cunha, responsável pela área de Comunicação do Exército, depois do isolamento da área, os mandados de prisão serão cumpridos.

“Nosso objetivo não é invadir o Assembleia”, afirmou Cunha. “Fizemos uma operação de isolamento para garantir a ordem na região com o objetivo de permitir o livre trânsito no centro administrativo da Bahia para que as pessoas pudessem trabalhar e exercer suas funções no local”. O tenente-coronel informou que uma equipe da Secretaria de Segurança Pública do estado está dentro do prédio realizando as negociações, “que estão evoluindo gradativamente”, garantiu. “Houve um confronto com algumas pessoas que tentaram entrar no perímetro de isolamento, mas foi um incidente rápido e sem feridos. Queremos manter o clima de harmonia”.

O pedido para a desocupação do prédio da Assembleia foi feito no domingo à tarde pelo presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo, ao general Dias. Nilo disse que “os trabalhos legislativos precisam voltar à normalidade e que a Assembleia não pode ser usada como abrigo para foragidos da Justiça”. O deputado falou ainda que o pedido partiu dele mesmo e não do governador.

Cerca de 300 PMs amotinados aglomeram-se na frente da Assembleia. “Chamem seus colegas, esta é uma noite fundamental para nossa luta”, disse o líder da greve, Marco Prisco, presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), em discurso feito por volta das 21h30. De acordo com Prisco, o comando da PM do Estado teria feito uma proposta pelo fim do movimento e da ocupação. “Falei com o coronel (Alfredo) Castro (comandante-geral da PM) e ele propôs anistia total e irrestrita a todos os companheiros grevistas, a incorporação de duas gratificações aos salários e a revogação de todos mandados de prisão, menos o meu”, disse, aos PMs que estão no local.

Em seguida, Prisco perguntou aos grevistas se aceitavam essas condições. Eles negaram. Segundo o governo, porém, não foi feita nenhuma proposta aos amotinados. “A única proposta do governo é: voltem a trabalhar”, rebateu o secretário de Comunicação, Robinson Almeida. “Os mandados de prisão serão cumpridos, mais cedo ou mais tarde. Isso já saiu da esfera do Estado, é uma determinação do governo federal.

Onda de crimes
Desde terça feira, 31 de janeiro, quando começou a greve da Polícia Militar na Bahia, a Secretaria de Segurança Pública do estado registrou 96 homicídios, de acordo com os boletins diários divulgados pelo órgão. Somente nesta segunda-feira, quatro mortes foram contabilizadas, todas no município de Camaçari. Neste fim de semana, foram 36 homicídios.

Aulas suspensas
Por causa da greve, grande parte das escolas de Salvador não funcionaram. “Nós resolvemos orientar as escolas para que não abrissem as portas enquanto a greve não terminasse”, afirmou o professor Natálio Dantas, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado da Bahia. “Ontem, fui convidado para uma reunião com integrantes do governo e da Polícia Militar, que deram a orientação para que as escolas retomassem as aulas hoje. No entanto, vamos manter a suspenção e o ano letivo ainda não começará até que a greve termine ou que eles tenham condições de garanti a segurança em cada escola”. O maior preocupação, segundo Dantas, não é a segurança interna, mas na rua, fora das instituiçãoes de ensino.

Por Reinaldo Azevedo

 

Aprenda o que é “operação de guerra”, Gilberto Carvalho; aprenda o que é barbárie, presidente Dilma!

Grupamento especial da Policia Militar chegando ao local da greve - Fernando Amorim/Ag. A Tarde

Grupamento especial da Policia Militar chegando ao local da greve - Fernando Amorim/Ag. A Tarde

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A tropa de choque da Polícia Militar se juntou, na manhã desta segunda-feira, aos homens do Exército, das Forças Armadas e da Polícia Civil no cerco à Assembleia Legislativa da Bahia - Fernando Amorim/Ag. A Tarde

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 Blindado do Exército próximo à Assembleia Legislativa da Bahia, onde estão os grevistas - Fernando Amorim/Ag. A Tarde

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Blindado do exército reforça o patrulhamento de Salvador durante a greve da PM - Lúcio Távora/Ag. A Tarde

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O presidente da Aspra (Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares do Estado Bahia), Marco Prisco, na sede da Assembleia Legislativa, onde está desde a noite de terça-feira (31) - Lúcio Távora/Ag. A Tarde

Por Reinaldo Azevedo

 

Cadê Gilberto Carvalho? “Operação de guerra” é o que se vê na Bahia, governada pelo PT. “Barbárie”, presidente Dilma, são 86 assassinatos em 6 dias só na Grande Salvador

Sim, sempre começarei um texto sobre este assunto assim:  ACHO QUE GENTE ARMADA QUE FAZ GREVE TEM DE SER PUNIDA! Que os servidores dessa área busquem outras formas de protesto e reivindicação! Sempre fui. Em qualquer estado, em qualquer governo. Quem defendia greve de policiais era Lula; quem a financiava era Jaques Wagner, quando ambos estavam na oposição. Em 2001, o agora governador contribuía até financeiramente para o “movimento”; agora, ele articulou com as forças federais a prisão dos líderes grevistas. Em 2001, insuflava os militares a se rebelar contra um governo do PFL; em 2012, o Planalto, comandado por seu partido, manda helicópteros sobrevoar a Assembléia Legislativa para intimidar os grevistas. O que mudou? Ora, o PT, agora, está do outro lado do balcão! Greve contra seus adversários é virtude; greve contra os petistas é um crime que tem de ser punido com prisão. Por que sou diferente deles também nisso? Eu era contra em 2001 — e escrevi contra — e sou agora. ATENÇÃO! O objeto deste texto é outro. Esta abertura serve para deixar bem claro um ponto de vista e para expor, ainda outra vez, o espetáculo de vigarice política dessa gente. Vamos ao ponto.

Se vocês recorrerem à área de procura do blog, ali ao lado da fotinho daquele senhor simpático, verão desde quando escrevo sobre a escalada de violência na Bahia. Os primeiros textos são de 2009 (as palavras-chave são “homicídios, Bahia” — sem vírgula e aspas). Parecia-me evidente que algo andava muito mal no Estado. Houve uma verdadeira explosão de homicídios. O estado era só o caso mais escandaloso, mas não era único, diga-se. As mortes cresceram de forma acentuada no Nordeste nos últimos anos, com raras exceções.

Ter boa memória é uma dádiva. Eu tenho. No dia 9 de julho de 2010, com base nos dados do Mapa da Violência, fiz a minha própria tabela sobre a evolução dos homicídios nos estados brasileiros, comparando os números do último ano do governo FHC (2002) com os de 2007 — depois de cinco anos, portanto, da gestão Lula. E PERCEBI QUE A VIOLÊNCIA NO NORDESTE HAVIA CRESCIDO DE MODO ASSUSTADOR. Revejam a tabela. Reparem que o maior salto havia acontecido justamente na Bahia: 97,7%. Caía por terra o mito de que a responsável pela violência é a pobreza. Não é, não! O Nordeste foi a região que mais cresceu no período. Aí alguns cretinos resolveram inverter a equação e sustentar que o crescimento é que gera violência. Vejam. Volto depois.

 

tabela-homicidios

Voltei
Observem que, em cinco anos de governo Lula, mesmo sem uma miserável política pública de combate à violência, o índice de homicídios caiu 11,57% no país. Pois é… Quem respondeu por aquela queda? São Paulo, onde houve uma queda de 60,5%. Entenderam? A polícia deste estado, que vive sendo demonizada pelo governo federal, respondia praticamente sozinha pela queda do índice nacional de homicídios.

Mas voltemos à Bahia. Alguém dirá: ‘Reinaldo, em 2007, Wagner estava no governo havia apenas um ano”. É, eu sei. Só que, daquele 2007 para cá, os mortos saltaram de 25,7 por 100 mil habitantes para 37,7 (2010) — um salto de 32%. Isso quer dizer que o governo federal — Lula — assistiu inerme à explosão de violência no Nordeste, e Wagner foi particularmente desastroso na Bahia. Abaixo, segue outra tabela, com dados de 2000 e 2010. Os homicídios cresceram 300% na Bahia, que pulou no 23º lugar no ranking dos estados que mais matam para o 7º. São Paulo fez a trajetória inversa: do 4º para o 25º. A capital paulista é aquela em que menos se mata hoje no Brasil.

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Qual o segredo?
Os tontos, os que desprezam os dados, os que ignoram a verdade, os que preferem a ideologia aos fatos (e vou lhes contar na tarde desta segunda uma historinha escandalosa, protagonizada por um brasileiro ongueiro, lá na Venezuela…), gostam de afirmar que São Paulo logrou tal êxito por causa do Estatuto do Desarmamento e das campanhas dos governos petistas para recolher armas!!! Uau!!! E por que isso tudo teria sido eficiente em terras paulistas, mas não nas baianas?

Porque isso é falso! São Paulo diminuiu drasticamente os mortos sabem como? Metendo bandido na cadeia — com 23% da população, tem 40% dos presos. O estado não prende muito. O resto do país é que prende pouco. O resultado é este que se vê. É claro que há algo de muito errado na Bahia mesmo quando os policiais estão trabalhando. O governo de Jaques Wager é incompetente para meter bandidos na cadeia. Isso não tem a ver apenas com a eficiência do policiais: é preciso que se indague QUE DIABO DE POLÍTICA DE SEGURANÇA PÚBLICA ESTÁ EM CURSO NO ESTADO. O número de homicídios disparou depois da greve. Mas já era um descalabro antes dela.

Operação de guerra e barbárie
Gilberto Carvalho, o ministro boquirroto, está vendo agora o que é uma “operação de guerra”. É aquilo que está em curso na Bahia. Os blindados estão nas ruas; helicópteros sobrevoam a Assembléia Legislativa; as tropas da Força Nacional de Segurança fazem a patrulha; um destacamento da Polícia Federal caça os grevistas. Dilma pode constatar a “barbárie” nos 86 corpos. É claro que o movimento tem de ser duramente reprimido, como tinha aquele de 2001, que chegou a ser financiado pelos petistas!

A BAHIA NÃO PODE RECOBRAR A VELHA NORMALIDADE, NÃO!
Atenção, cidadãos baianos de bem, a esmagadora maioria! Não permitam que o governador Jaques Wagner apenas recobre a “normalidade” de seu governo porque se trata de uma normalidade anormal. É preciso começar a operar na anormalidade do padrão Wagner, com seus 37,7 mortos por 100 mil habitantes — muito acima da média naciona, já assombrosa.

Uma greve de polícia é sempre um evento desgastante, sim, que traz grandes riscos para a sociedade. Mas a onda de homicídios que se seguiu à paralisação dos policiais indica que a política de segurança pública do governo petista é um desastre.

Transforma a Bahia numa praça de guerra, ministro Carvalho!
Leva a barbárie às ruas, presidente Dilma!

PS: Sim,  os petralhas ficam irritados comigo. Não sou doce de coco. Podem me odiar à vontade. Mas que tal contestar os números?

Por Reinaldo Azevedo

 

06/02/2012 às 6:53

DEFENSORIA PÚBLICA DE SP VIROU BAGUNÇA POLÍTICO-PARTIDÁRIA - O defensor que fala como militante, diz inverdades jurídicas e parece odiar uma parcela da população de São José dos Campos

Meus caros,
abaixo, há um vídeo único. Nunca antes na história destepaiz se viu algo assim. Trata-se do depoimento do defensor público Jairo Salvador, prestado na Assembléia Legislativa de São Paulo, sobre os eventos do Pinheirinho. Foi postado no YouTube por seus admiradores. Os comentários babam preconceito, violência retórica e ignorância. De saída, noto que a síntese que o defensor faz da questão jurídica é incompetente e acaba sendo mentirosa. Por quê? Porque, na prática, ele sustenta que a Justiça Federal tinha precedência sobre a Justiça estadual para cuidar do caso. E não tinha. Dois tribunais superiores, o STJ e o STF, tiveram a chance de se manifestar a respeito. Ele também se mete a discutir o orçamento da cidade, como se a) fosse de sua competência; b) todo dinheiro em caixa mantido por um ente administrativo — cidade, Estado ou União — fosse uma imoralidade, uma vez que há pobres. É um conceito, na melhor das hipóteses, “quadripedestre” de administração pública; na pior, é vigarice política mesmo.

Como vocês verão abaixo, isso não é fala de defensor público, regiamente pago com o dinheiro de todos os paulistas. ISSO É FALA DE MILITANTE POLÍTICO. Jairo Salvador pode militar onde bem entender, mas não com o nosso dinheiro, não dentro de um órgão público, onde ele TEM A OBRIGAÇÃO DE SER APARTIDÁRIO. O aspecto mais grave de seu pronunciamento é mesmo a salada jurídica que faz, evocando, inclusive, a sua condição de formado em direito. Que volte pra escola e estude esferas de competência da Justiça. Ah, sim: fica visível que ele odeia São José dos Campos e uma parcela considerável de sua população.

Abaixo segue o vídeo. Depois dele, pontuo alguns trechos emblemáticos de sua fala.

0min14s - “Para nós de São José dos Campos, que atuamos na área de preservação do direito à moradia…”
COMENTO
Ele fala em “nós, de São José dos Campos”, mas eu seria capaz de jurar que seu sotaque é de outro lugar. Não me parece que seja da cidade. Preconceito da minha parte? Vamos ver quem é o preconceituoso.

0min36s-1min37s - “Para quem conhece São José dos Campos, a sua formação, a elite que domina a cidade, dá pra entender o que aconteceu. Porque o Pinheirinho é só mais um capítulo de extermínio da pobreza numa cidade que quer se vender como uma cidade perfeita, sem problemas sociais, onde esconde a pobreza, onde mata a pobreza, onde elimina fisicamente a pobreza para que a pobreza não apareça, e a cidade seja vendida como uma cidade perfeita (…) A opção política dos seus governantes é pra exclusão e pra exterminação da pobreza, exterminando o pobre (…)”
COMENTO
Entenderam por que é relevante observar que, muito provavelmente, ele não é de São José dos Campos? Esse homem odeia aquela cidade! Ele a considera uma expressão do horror social. Segundo diz, a elite da cidade mata os pobres, querer eliminá-los. É uma acusação grave. Não é possível que possa sair repetindo isso por aí impunemente. Os covardes fazem acusações genéricas, tentando fugir de processos e punições funcionais; os corajosos dão nomes aos bois. Por que Jairo Salvador não declina os nomes, então, dos assassinos? Eu respondo: PORQUE ELE NÃO TEM O QUE DIZER! Isso não é exercido de defensoria, isso não é exercício de direito. Isso é só ideologia. PARA ELE, O PINHEIRINHO É UMA EXCELENTE MANEIRA DE COMPROVAR UMA TESE.

1min40s-1min50s - Eu vou aqui rapidamente dar o meu testemunho do processo e de coisas que só eu vi e que é importante que todos saibam.
COMENTO
Coisas que só ele viu, entenderam? Logo, que ninguém ouse contestar!

2min-2min23s - A Defensoria Pública vem atuando, desde a sua instalação, em 2007, junto com as lideranças, junto com a combativa liderança do movimento, a associação de moradores, em parceria jurídica com esses moradores, para que a gente possa dar assistência jurídica a eles. E nós tentamos, juridicamente, dentro das normais, dentro das leis do país, conseguir reverter essa situação.
COMENTO
“Combativa liderança” não é linguagem de defensor público, mas de militante do PSTU. Se ele é ou não, isso não sei. Mas é ele quem deixa claro que atuava em parceria com o partido, que é quem mandava no Pinheirinho. O PSTU, aliás, está exultante e já acha que esse é seu maior feito. Atenção! Marrom, o sindicalista que mandava no local, filiado ao partido, simplesmente impediu uma solução negociada para o caso porque considerava que seria ceder ao estado burguês.

7min28-7min30s - “Nós acompanhamos: eu e o Toninho, que estava comigo…”
COMENTO

COMENTO
O “Toninho que estava comigo” é outro militante do PSTU e era um dos chefões do Pinheirinho, conforme deixou claro a moradora Gilmara na entrevista que me concedeu. Gilmara é aquela que os esquerdopatas haviam matado e que ressuscitou.

9min41s - “O que a gente está passando pra população é que não existe lei em São Paulo, não existe lei nesse país, da uma faz o que quer, é só ter força pra cumprir o que quer”
COMENTO
Não, senhor! Justamente porque existe a lei, a determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo tinha de ser cumprida. Justamente porque existe lei, uma esfera do Judiciário não solapa a outra. Justamente porque existe lei, a PM teve de cumprir o seu papel. Aliás, fazem o mesmo a União e o governo do Distrito Federal com áreas públicas invadidas no DF. A diferença é que, lá, os agentes partidários disfarçados de homens da lei se calam porque, afinal, seu partido está no poder.

Encerro com algumas indagações
- Quais são os limites de um defensor público?
- Um defensor pode atuar, de forma confessa, como militante de uma causa, em parceria com lideranças de um partido político?
- Um defensor público pode demonizar, assim, toda uma cidade, acusando-a de exterminar pobres?
- Um defensor público pode demonizar uma prefeitura, acusando-a de eliminar a população carente?
- Um defensor público pode incitar - basta ver seu discurso na íntegra - os ouvintes contra a Justiça?
- Um defensor público pode afirmar que “não existe lei em São Paulo” quando uma decisão do Tribunal de Justiça foi endossada pelo STJ e, na prática, pelo STF, que indeferiu o pedido para suspender a reintegração de posse do Pinheirinho?
- Um defensor público, agora, goza, mesmo sem ter sido eleito, da mesma imunidade de um parlamentar?

A Defensoria Pública de São Paulo — e lamento pelos profissionais sérios que há lá —- se transformou num bolsão de militância político-partidária. No caso da cracolândia, tiveram a ousadia de ajudar a fechar uma rua e de instalar uma tenda para abrigar os viciados em crack. Diziam que o faziam em nome do direito de ir e vir. Isto mesmo: em nome do direito de ir e vir de traficantes e viciados, impediam o ir e o vir de quem trabalha, paga impostos e quer ganhar a vida honestamente.

Se a fala deste senhor não tiver nenhuma conseqüência e se ele não for convidado a comprovar a denúncia de que São José dos Campos extermina pobres e que não há lei em São Paulo, então tudo será permitido por lá.

Eu agora me interessei por este órgão. A partir de hoje, vou querer saber qual é o Orçamento da Defensoria, quantos são os defensores, qual é o seu salário, de que benefícios gozam, a que causa se dedicam, se têm ou não vinculações partidárias, essas coisas…

JÁ CANSEI DESSA GENTE PAGA COM O NOSSO DINHEIRO PARA NOS ODIAR!

SE A CÂMARA DOS VEREADORES DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS TIVER O MÍNIMO DE VERGONHA NA CARA, CHAMA ESTE SENHOR NA CHINCHA! É CLARO QUE ELE PODE FALAR O QUE BEM ENTENDER — DESDE QUE ARQUE COM AS CONSEQÜÊNCIAS DE VIVER NUM ESTADO DEMOCRÁTICO.

PS - Não adianta retirar o filme do ar porque já fiz cópia

Por Reinaldo Azevedo

 

06/02/2012 às 6:37

Surge vivo mais um morto do Pinheirinho. Qual será a próxima invenção dos vigaristas?

Eles omitem, mentem, mistificam… E eu vou contando a verdade. Lembram-se da “lista de mortos e desaparecidos” do Pinheirinho? Num post do dia 27 de janeiro, contei onde estavam e publiquei o maior furo do jornalismo de todos os tempos: entrevistei uma morta!!! Faltava aparecer um senhor, que a canalha insistia que estava sumido, quem sabe morto. O que se sabia com certeza é que havia concedido uma entrevista ao jornal “O Vale” depois da desocupação: trata-se de Ivo Teles dos Santos, de 69 anos.

Já se espalhava na rede petralha que teria sido brutalmente espancado etc e tal. Pois bem. Informa a Prefeitura que Ivo, “morador do Residencial União, foi admitido no Hospital Municipal no dia 22 de janeiro, às 18h30, com crise hipertensiva.” E segue a nota: “Uma tomografia realizada no paciente evidenciou um AVCH (Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico), com desvio da linha média. Ele foi submetido a uma cirurgia no dia 23/1 para drenagem do hematoma cerebral. Hoje, encontra-se hemodinamicamente estável com pressão arterial normal, sem febre, sem sedação e respira normalmente, sem ajuda de aparelhos. Ivo Teles dos Santos é um paciente crônico de hipertensão e fazia acompanhamento regular na UBS do Residencial União e tomava o medicamento Captopril.”

Não teve a cabeça rachada, não foi espancado até a morte, não desapareceu. Infelizmente, teve um problema sério, mas, felizmente, parece estar recebendo o tratamento adequado.

Qual será a próxima farsa? O “estupro” denunciado por Eduardo Suplicy já é candidato à história universal da infâmia.

Por Reinaldo Azevedo

 

06/02/2012 às 6:35

Se viciados em Shakespeare decidirem privatizar uma área da cidade na marra, teremos de chamar a polícia, ué!

As bobagens sobre a cracolândia ainda não cessaram. Olhem aqui: se, amanhã, um grupo de amantes de Shakespeare, viciados mesmo na beleza!, decidir sitiar uma área pública de São Paulo e decretar que lá só entram especialistas na obra do autor”, caberá ao Poder Público tentar fazê-los ver que isso não é possível, que eles não podem privatizar o espaço coletivo para ver trinfar sua obsessão, que não é correto impor aos não-amantes de Shakespeare os seus valores particulares.

Mas e se eles insistirem? E se decidirem que só entrarão na área sitiada pessoas fantasiadas de Hamlet, Marco Antonio ou Julieta? E se resolverem transformar o espaço público no teatro particular de seus delírios, movidos pela loucura, como Lady Macbeth limpando manchas de sangue de sua consciência? Bem, então será o caso de chamar a polícia para conter os viciados… em Shakespeare!!! Fazer o quê? Podemos até mesmo mandá-los para clínicas de recuperação para receber Michel Teló na veia (”Ai, se eu te pego, ai, ai…”), além de doses cavalares de Gabriel Chalita (não sem antes amarrar o paciente, coitado!)… Mas terão de “desprivatizar” aquela área da cidade. Ponto final!

“Pô, Reinaldo, assim se espalhariam shakespearianos pelos bairros adjacentes”. Pois é… Um perigo para o Brasil que estamos destinados a ser…

Por Reinaldo Azevedo

 

06/02/2012 às 6:33

Extrema esquerda é boca de aluguel do petismo; com um sindicato aqui, outro acolá e a verba do fundo partidário, seus dirigentes vivem uma confortável vida burguesa

Partidecos de extrema esquerda como PSTU, PCO, PSOL e bichos ainda mais exóticos — especialmente no meio universitário —, gostam de posar de independentes. Alguns deles têm a ousadia verdadeiramente revolucionária de chamar Dilma Rousseff de “direitista e neoliberal”. Em seus blogs e sites, distribuem pernadas a três por quatro. Alguns chegam a jurar que não vêem diferença entre o PSDB e o PT, ambos empenhados apenas em garantir a remuneração do capital, em detrimento dos trabalhadores que esses esquisitos supostamente representam. Os ditos trabalhadores, evidentemente, nem sabem que eles existem. Mas não nos enganemos: na prática, essa gente é boca de aluguel do petismo e, indiretamente, é financiada pela nave-mãe, de onde todos surgiram — ou, ao menos, por onde todos passaram.

O PSTU, na origem, era uma corrente que ajudou a criar o PT: a Convergência Socialista. Conheço bem porque fui um “convergente” quando criança. Vocês sabem: como dizia o apóstolo Paulo, “quando eu era menino, sentia como menino, falava como menino, discorria como menino…” Mas cresci. Se há velhos falando como meninos no que respeita à ideologia, ou são idiotas ou são pilantras. A CS se integrou ao partido e depois foi expulsa. O mesmo aconteceu com o PCO. Já o PSOL foi uma derivação heloíso-helêno-teratológica do partido, um ajuntamento esquisito que tinha um pé no marxismo e outro no cristianismo. Nem Heloísa Helena agüentou e deixou a legenda. Aí o partido decidiu ficar com os quatro pés no marxismo rudimentar mesmo.

Aqui e ali, esses partidos compram briguinhas com os petistas pelo controle de alguns sindicatos, de centros acadêmicos e coisa e tal. Se duvidar, disputam velório, festa de aniversário e baile de debutantes. Só o PSOL consegue alguma expressão parlamentar, mesmo assim ridícula. Mas ajudam a criar um clima favorável ao petismo — no fim das contas, é para onde todos convergem.

O PCO, por exemplo, tem o controle de uma parte do movimento sindical nos Correios. É quem estava por trás da greve que criou contratempos por uns dias para milhões de brasileiros e é hoje um dos grupelhos mais radicais da USP. O PSTU tem a sua própria central sindical — inexpressiva — e, pasmem!, até uma “UNE” alternativa, na qual a Arielli (aquela, sabem?, do close buco-ideológico) é manda-chuva. Para eles, hoje, o PT também é burguês — ou quase isso.

Lula é de uma estupenda ignorância, mas de uma rara inteligência. Já declarou mais de uma vez que esses grupos de extrema esquerda e os movimentos sociais mais radicais são importantes para que o PT lembre sempre de sua origem, para que o partido nunca perca de vista o seu horizonte utópico (socialista, claro…).

Os petistas não estiveram na linha de frente da baderna na USP, por exemplo. Nos seus fóruns de alunos e professores — tive a chance de ler algumas trocas de mensagens, que me foram enviadas —, deixavam claríssimo que os extremistas cumpriam um “importante papel para desmoralizar Rodas e o governo Alckmin”, como sintetizou um deles. E sem que eles próprios precisassem aparecer promovendo o quebra-quebra. O mesmo vale agora para o Pinheirinho.

Quem armou a confusão, impediu uma solução pacífica, criou até a sua própria tropa-de-choque? O PSTU! O PT ficou à beira do lago esperando as vítimas, como os crocodilos espreitando os gnus, naquele filme já clássico… Criado o confronto, então entraram em campo, com ordem unida, Dilma Rousseff, Gilberto Carvalho, Maria do Rosário, José Eduardo Cardozo… Todos para demonizar a Justiça, o governo de São Paulo e a Polícia Militar.

O PT botou pra fora essas tendências todas porque elas se negavam a obedecer às ordens do comando. São mais úteis fora da nave-mãe. Para todos os efeitos, os petistas hoje não promovem confrontos no Pinheirinho ou na USP. Os extremistas fazem isso por eles, que entram só na hora de colher dividendos.

Com um sindicato aqui, outro acolá mais a verba do fundo partidário, esses grande revolucionários fazem o trabalho sujo para o PT e podem garantir a seus próprios dirigentes uma confortável vida burguesa. A burguesia do capital e, se possível, do sangue alheios.

Por Reinaldo Azevedo

 

05/02/2012 às 6:29

Quando Lula e Jaques Wagner promoviam a baderna na Bahia. Ou: Práticas criminosas

Em julho de 2001, houve uma greve da Polícia Militar na Bahia, então governada pelo PFL. Eu dirigia o site e a revista Primeira Leitura. Critiquei severamente o movimento dos policiais nos termos de sempre nesses casos: “Gente armada não pode parar; quando um policial deixa de trabalhar, o bandido agradece, e o homem comum sofre”. Eu pensava isso sobre a greve da PM baiana em 2001 e penso o mesmo sobre a greve de 2012.  Mas e Lula? E Jaques Wagner?

“‘A Polícia Militar pode fazer greve. Minha tese é de que todas as categorias de trabalhadores que são consideradas atividades essenciais só podem ser proibidas de fazer greve se tiverem também salário essencial. Se considero a atividade essencial, mas pago salário mixo, esse cidadão tem direito a fazer greve.”

Quem fala aí é Luiz Inácio Apedeuta da Silva, então pré-candidato à Presidência pelo PT. Seria eleito no ano seguinte para seu primeiro mandato. Naquela greve, sem o morticínio de agora, também houve arrastões, saques etc. Lula,  dotado daquela mesma moral e responsabilidades maiúsculas de Eduardo Suplicy tinha o diagnóstico sobre o que estava em curso no Estado. Leiam:
“Acho que, no caso da Bahia, o próprio governo articulou os chamados arrastões para criar pânico na sociedade. Veja, o que o governo tentou vender? A impressão que passava era de que, se não houvesse policial na rua, todo o baiano era bandido. Não é verdade. Os arrastões na Bahia me lembraram os que ocorreram no Rio em 92, quando a Benedita (da Silva, petista e atual vice-governadora do Rio) foi para o segundo turno (nas eleições para a prefeitura). Você percebeu que na época terminaram as eleições e, com isso, acabaram os arrastões? Faz nove anos e nunca mais se falou isso”.

Quanta ligeireza!
Quanta irresponsabilidade!
Quanta vigarice política!

Mas isso não é tudo, não. Um dos grandes apoiadores da greve de 2001 foi o então deputado Jaques Wagner, hoje governador do Estado. Informava o Globo Online de ontem:
Apontado como líder da greve dos PMs baianos, o presidente da Associação de Policiais, Bombeiros e seus Familiares da Bahia (Aspra), soldado Marco Prisco, disse que o governador Jacques Wagner, quando ainda era deputado federal, participou com outros parlamentares do PT e de partidos da base do esquema de financiamento da paralisação dos policiais militares do estado em 2001. Ele acrescentou que o Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia, que tinha na direção o atual presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, alugou e cedeu, na época, seis carros para garantir a greve na Bahia, onde diz que foi preseguido e ameaçado de prisão pelo então governador carlista Cesar Borges. “O motorista que me levou para Brasília era um funcionário do sindicato, Nelson Souto. Na capital, foi recebido pelo então senador petista Cristóvam Buarque”, disse.
Prisco disse que, além de Jacques Wagner, teriam apoiado e contribuído para a greve de 2001 os parlamentares Nelson Pellegrino (PT), Moema Gramacho (PT), Lídice da Mata (PSB), Alceu Portugal (PCdoB), Daniel Almeida (PCdoB) e Eliel Santana (PSC). Segundo ele, a ajuda garantiu a estrutura necessária ao movimento, incluindo o fornecimento de alimentação para os grevistas.

Voltei
ISSO É O PETISMO, ESSE LIXO MORAL! Os petistas estavam financiando a greve por intermédio de um sindicato - que nada tinha a ver com a polícia, diga-se - e de seus parlamentares. Hoje, o governador Wagner vai à TV demonizar aqueles a quem deu suporte material quando estava na oposição. O tal líder sindical é o mesmo. Consta que é filiado ao PSDB, mas que vai rasgar sua ficha. Está descontente porque os tucanos não estão apoiando seu movimento - no que fazem muito bem!

Vejam lá que graça: até Sérgio Gabrielli, que depois se tornou o todo-poderoso da Petrobras e que vai fazer parte da equipe de Wagner, apoiava a greve dos policiais. Ora, se era para lutar contra o governo, que mal havia em deixar a população à mercê da bandidagem?

Crime como método
A esmagadora maioria dos petistas é socialista de araque. Essa gente gosta mesmo é do capitalismo, especialmente à moda brasileira, com esse estado gigantesco, que permite ao governo manter na rédea curta boa parte do empresariado. Isso é, além de tudo, muito lucrativo - escreverei mais tarde um artigo sobre o “modo Dilma” de privatizar aeroportos. Não sei como o caçador de “privatarias”, Elio Gaspari, ainda não se interessou pelo caso… Mas não quero mudar o foco. Voltemos.

Os “socialistas” do PT já renunciaram, e faz tempo!, à dimensão utópica do socialismo - não que ela seja grande coisa: também é criminosa. Mas é evidente que houve socialistas, e ainda os há, bem poucos, que realmente acreditavam estar lutando pelo reino da justiça e da igualdade e coisa e tal… Daquele socialismo, os petistas de agora conservam apenas a concepção autoritária de sociedade, gerida pelo partido. Em nome de sua construção e de seu fortalecimento, tudo é possível - muito especialmente o crime.

Eu diria mesmo que inexiste, infelizmente para os bem-intencionados, uma esquerda que não seja criminosa, ainda que alguns de seus militantes não tenham clareza disso. O melhor texto a relatar essa moral justificadora do mal é a peça “As Mãos Sujas”, de Sartre, depois convertido ao… comunismo!

Se o objetivo é conquistar o poder, anotem aí, não existe óbice moral para o PT “Ah, é assim com todo mundo…” Em primeiro lugar, é falso! Não é, não! Em segundo lugar, mas não menos importante: há muitos bandidos que exibem ao menos uma nesga de honestidade ao não tentar nos convencer de que aquilo que nos destrói é bom para nós.

Em 2001, o PT queria “o quanto pior, melhor” na Bahia porque isso fazia parte de seu projeto de poder. Em 2012, o PT quer “o quanto pior, melhor” em São Paulo porque isso faz parte do seu projeto de poder. O governo federal baixou no estado governado pelo petista Jaques Wagner para tentar impor um pouco de ordem. Os mesmos valentes tentaram meter os pés pelos pés em São Paulo para ver se impõem a desordem.

Por Reinaldo Azevedo

 

05/02/2012 às 6:27

O assassino do povo cubano e os assassinos do povo baiano

Vejam esta foto:

Jaques Wagner acompanhou Dilma Rousseff a Cuba quando a segurança pública da Bahia entrava em transe, com uma greve já decretada. Enquanto abraçava um notório assassino em Cuba, Raúl Castro, os assassinos do povo baiano se preparavam para agir.

Jaques Wagner acompanhou Dilma Rousseff a Cuba quando a segurança pública da Bahia entrava em transe, com uma greve já decretada. Enquanto abraçava um notório assassino em Cuba, Raúl Castro, os assassinos do povo baiano se preparavam para agir.

Por Reinaldo Azevedo

 

IRRESPONSABILIDADE! SEU NOME É SENADOR SUPLICY, O HOMEM QUE ESTUPRA OS FATOS! OU: JÁ QUE SP JAMAIS TERÁ UM CARNAVAL COMO O DA BAHIA, PETISTAS PAULISTAS QUEREM AO MENOS COPIAR O MODELO DE SEGURANÇA PÚBLICA DAQUELE ESTADO

Desta vez o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi além de tudo aquilo de que ele próprio é capaz! Seu ataque covarde à Polícia Militar de São Paulo não tem como ser respondido na esfera legal porque ele se esconde atrás da imunidade parlamentar. Vale dizer: usa um valor sagrado da democracia para poder caluniar à vontade, para poder difamar, para poder injuriar. Acho que já escrevi isto aqui e repito: NUNCA INTEGREI O GRUPO DAQUELES QUE CONSIDERAM SUPLICY UM IDIOTA MANSO! Eu o considero um calculista relativamente perigoso. Se não foi além do que pretendia na carreira política - três mandatos consecutivos para senador por São Paulo não é, de todo modo, pouca coisa -, isso se deve, sim, àquele estilo de aparência apalermada, que ele não pode evitar. Mas que não seja confundido com idiotia. Ele tem método. É o único elogio, se é que é um, que lhe posso fazer.

Já tive a chance de lhe dizer isso pessoalmente no aniversário de um conhecido comum, a que ambos estávamos presentes. O senador tentou me puxar ali para um embate simpático e coisa e tal e, num dado momento da conversa, resolveu convocar a “personagem Suplicy, o abestado”. Com cordialidade, pedi que voltássemos à toada anterior que eu, definitivamente, não estava entre aqueles que se deixavam seduzir por suas representações. Imediatamente, ele recobrou o tom mais grave que convém a um senador da República. Sigamos.

Suplicy fez ontem um violento discurso no Senado contra a Polícia Militar de São Paulo. No auge da ignomínia, abordou um relato que teria sido feito por uma família a um representante do Ministério Público Estadual, acusando PMs de estupro. Abaixo reproduzo trechos de um texto publicado no Portal G1 só para que fique o registro. A acusação saiu em toda parte. No “moderno” jornalismo, basta que o Indivíduo A - SE FOR PETISTA OU DE ESQUERDA - diga que o Indivíduo B fez alguma coisa. Isso ganha a rede. O acusado que se encarregue de desmentir, de provar que é inocente. Não é preciso verificar se a história faz sentido, conversar com as supostas vítimas… Nada! AFINAL, EXISTE O TAL “OUTRO LADO”, QUE DISPENSA O JORNALISTA DE QUALQUER APURAÇÃO. “E aí? É verdade que o senhor é estuprador?”

Leiam trechos do texto do G1. Volto em seguida com questões de lógica elementar. Ao fim de tudo, vocês vão ver o que INFORMA o comandante-geral da PM. E ENTÃO SABEREMOS UM POUCO MAIS SOBRE SUPLICY.
*
Por Sandro Lima Do G1:
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou nesta sexta-feira (3), em discurso no plenário do Senado, que houve abuso sexual por parte de policiais militares na ação de desocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos. O senador disse ter obtido as informações acompanhando o depoimento das vítimas ao Ministério Público do Estado de São Paulo nesta quarta (1º). Procurado pelo G1, o Ministério Público de São Paulo não confirmou até as 16h o depoimento ao qual se refere o senador Eduardo Suplicy. Mais tarde, na noite desta sexta (3), o comandante da PM, coronel Álvaro Camilo, deu entrevista coletiva e disse que não acredita nas denúncias devido a discrepâncias entre os relatos das supostas vítimas e dos policiais.

No depoimento, segundo o senador, as vítimas disseram que na noite de 22 de janeiro, no início da desocupação, vários policiais militares entraram em uma casa na região do Pinheirinho de modo “abrupto e violento” rendendo agressivamente um jovem de 17 anos e sua mulher, de 26 anos. Segundo o depoimento, havia seis pessoas na casa. De acordo com termo de declarações ao Ministério Público, cuja cópia o senador forneceu ao G1, os policiais renderam a mulher de 26 anos, a isolaram dos demais moradores da casa e a submeteram durante quatro horas a abuso sexual.

No documento, a vítima relata ainda que “durante o ataque foi retirada da casa e, segundo ela própria, mais uma vez seviciada no interior de uma viatura cinza, que identificou como sendo do grupamento Rota”. O adolescente de 17 anos, de acordo com o depoimento, “foi agredido fisicamente e psicologicamente” e ameaçado pelos policiais de “empalação com um cabo de vassoura untado de creme e pomada”. As vítimas mencionaram, segundo o documento, que “no decorrer dos fatos puderam identificar cerca de uma dúzia de policiais todos ostensivamente identificados como componentes do grupamento Rota”.

Os policiais, de acordo com o depoimento, “comeram a comida da casa, danificaram diversos objetos que guarneciam o imóvel, além de terem levado pertences e dinheiro que nada teriam a ver com qualquer atividade ilícita”. Suplicy disse que pediu aos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, proteção às vítimas.
(…)

Voltei
Quando o comandante-geral da PM relatar os fatos, vocês verão a enormidade do que fez Suplicy. Antes disso, vamos nos apegar apenas à lógica dos acontecimentos. Acho que vocês se lembram que não esperei a polícia americana demonstrar que Dominique Strauss-Kahn era inocente. É muito fácil reconhecer uma falácia. Ah, sim: essa história de o MPE não ter confirmado o relato do senador é para pegar trouxas. Sei como são as coisas porque já coordenei equipes de reportagem. Parlamentares e promotores combinam que vai vazar para a imprensa a informação. Como o meu compromisso é com você, leitor, conto como funciona. Ao MP pega mal fazer escarcéu com acusação tão grave sem ter uma miserável prova; a um senador política e moralmente inimputável, tudo bem! Adiante.

Vamos ver. Quer dizer que, numa operação tensa como foi a do Pinheirinho, 12 policiais puderam se dedicar durante quatro horas a sevícias sexuais. Lá fora, ameaça de confronto, correria etc. E os soldados ali, só ocupados no estupro coletivo. Todos os homens seriam da “Rota” - justamente a sigla mais temida pelos bandidos - e nem se ocuparam de esconder o rosto ou, sei lá, de não se exibir para a família. Ao contrário: praticaram o crime sabendo que, depois, poderiam ser identificados. Faz ou não faz sentido até aqui?

Vocês verão que essa família entrou em contado com a Polícia Civil (por outros motivos). Não se falou em estupro. O Pinheirinho era comandado pelo PSTU. Há vários advogados ligados à “causa” - inclusive o tal Aristeu, aquele que denunciou a existência de supostos mortos (eu até entrevistei uma “morta”…). Não se falou em estupro. Maria do Rosário, aquela que não vê ditadura em Cuba (nem enxerga as pessoas cegadas pelas polícias do Piauí, da Bahia e do Acre), despachou o Conselho Nacional de Direitos Humanos para o Pinheirinho para colher relatos. Não se falou em estupro. Preferiram outra vertente dramática: policiais teriam matado cachorros das crianças por pura maldade. Com bala de borracha? Com paulada? Não se viu nem corpo de gente nem de bicho. Moradores e militantes do Pinheirinho foram convocados a relata sua versão na Assembléia Legislativa. Não se falou em estupro.

Aí vem Suplicy. Com base no relato (suposto?) da vítima e dos três presos por tráfico, leva a denúncia ao Senado. Ainda que aquilo tudo lhe tivesse sido efetivamente dito, qual seria o comportamento de um homem responsável, de um político que se preza e que preza, então, as vítimas e uma instituição chamada “Polícia Militar”? Levar a denúncia, em sigilo, ao comando da PM, exigir a apuração rigorosa etc. Caso se constatasse que tudo era verdade, cobrar a devida publicidade. Caso se contatasse a mentira, como se verá, então não se macularia a honra de uma instituição e de seus homens.

Ocorre que o senador Eduardo Suplicy, o político, é um notório irresponsável. E não é de hoje. Com aquele seu ar apalermado, que sugere, vamos dizer assim, traços de idiotia clínica - É FALSA!!! - , vai liquidando reputações, destruindo instituições, esmagando pessoas. Faz campanha política. Ele queria as manchetes. E sabia que as teria porque boa parte do jornalismo é hoje um animal de estimação do PT, que nem lhe recolhe o cocô.

OS FATOS
Mais uma vez, por incrível que pareça, a Polícia Militar teve de provar o que não fez! Comecemos do básico. Existe, sim, uma denúncia feita ao Ministério Púbico Estadual e a Suplicy.

O que aconteceu?
1 - os policiais perseguiram quatro homens (um era o menor, de 17 anos) por tráfico de drogas;
2 - quando estavam para entrar na tal casa, os três maiores foram presos; com eles, drogas, dinheiro e uma espingarda calibre 12
3 - Atenção! Esses estão entre os denunciantes. A CASA NÃO FICA NO PINHEIRINHO, MAS NO CAMPO DOS ALEMÃES, QUE FICA PERTO DA ÁREA DESOCUPADA;
4 - A ação ocorreu às 3h30 do dia 23, e o Boletim de Ocorrência foi lavrado às 4h, embora, segundo a denúncia, as sevícias sexuais tivessem durado quatro longas horas;
5 - Havia uma advogada junto com os presos na delegacia. E ninguém disse uma miserável palavra sobre estupro.
6 - Como nada se disse na delegacia no próprio dia 23  - hoje já é dia 4 -, já não é mais possível fazer nem mesmo exame de corpo de delito, não é?

Chegamos a este ponto
Os jornais estão dando grande destaque à acusação de Suplicy, e as explicações do coronel Álvaro Camilo, comandante-geral da PM, entram a título de “outro lado”. E há até quem mostre certa indignação porque ele disse que não vai, não, afastar os policiais - no que faz muito bem! Não com uma denúncia feita nessas condições.

Sim, meus caros, chegamos ao ponto em que a palavra de três pessoas presas por tráfico de drogas vale muito mais do que a dos policiais militares. Mas com isso a gente até já estava meio acostumado. Ocorre que, como se vê, a história não poderia ser mais suspeita. E eis a Polícia Militar de São Paulo, uma das mais eficientes e disciplinadas do Brasil, obrigada a provar uma vez mais a sua inocência.

É o PT na área. É o senador Eduardo Suplicy já em ritmo de campanha eleitoral.

Eles não querem só a capital. Eles querem mesmo é governar São Paulo. Talvez seu projeto secreto seja implementar no Estado a qualidade administrativa, na área de Segurança Pública, que o governador petista Jaques Wagner implementou na Bahia.

*
Segue íntegra da nota da Polícia Militar

NOTA DE ESCLARECIMENTO
O Comando da Polícia Militar vem a público manifestar-se a respeito das denúncias apresentadas pelo Senador Eduardo Suplicy sobre supostos atos de violência e abuso sexual contra moradores em São José dos Campos. Nos últimos dez dias, a Polícia Militar tem sido alvo de acusações mentirosas relacionadas ao apoio prestado na ação judicial de reintegração de posse em Pinheirinho, na Cidade de São José dos Campos. São vários boatos de que crianças morreram, pessoas desapareceram, pessoas essas que depois foram localizadas, encontram-se muito bem e até concederam entrevistas desmentindo essas acusações.

A Polícia Militar é uma instituição séria, honrada, tem como princípio o respeito aos direitos humanos e pauta suas ações pela legalidade, sempre na defesa da vida, da integridade física e da dignidade da pessoa humana. Não passamos a mão na cabeça de maus policiais, somos firmes na depuração interna. Na realidade, o que temos é uma  ação que foi desenvolvida pela ROTA, durante a proteção à cidade de São José dos Campos - que sofria atos de vandalismo -, numa ocorrência de tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo.

Tudo aconteceu na madrugada do dia 23 de janeiro, no Campo dos Alemães, não em Pinheirinho. No local, três adultos foram presos e um adolescente, apreendido. Eles foram autuados em flagrante delito com uma espingarda calibre 12, mais de 2 quilos de maconha, 300 gramas de cocaína e 1.382 reais em dinheiro.

Chama a atenção que nem os três adultos nem o adolescente, ou mesmo  a advogada Aparecida Maria Pereira, que os acompanhava e figura no boletim de ocorrência como curadora do menor, tenham sequer mencionado qualquer abuso no ato da prisão, em São José dos Campos, só o fazendo agora, dez dias depois.

Repudiamos a forma como as denúncias foram feitas, mas não é por causa das mentiras de que a Instituição foi alvo que deixaremos de nos empenhar no esclarecimento sobre  mais essa acusação, ora apresentada pelo Senador Eduardo Suplicy. E fica o compromisso do Comando-Geral, em respeito ao cidadão e dentro da transparência que nos é peculiar, de voltar a público para divulgar o resultado dessa apuração. São Paulo, 03 de fevereiro de 2012

Por Reinaldo Azevedo

 

04/02/2012 às 5:45

Matarazzo, o retuíte, o ridículo e os hipócritas

Eu não fui propriamente petista - embora tenha sido, sim, filiado ao partido. Pertencia, como já contei, a uma corrente de esquerda e coisa e tal. Bem, uma das coisas que me fizeram mudar foi a sensação de vergonha mesmo, coisa que já percebia rara por lá no começo da década de 80.

Ontem, todos vocês viram, a conta no Twitter da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo retuitou uma mensagem em apoio a Andrea Matarazzo, pré-candidato tucano à Prefeitura - sim, eu gostaria muito de poder votar nele. É um homem competente e decente. Ponto! Matarazzo, obviamente, não autorizou o procedimento - e já digo por que escrevo “obviamente” - e fez o certo: chamou a Polícia para apurar responsabilidades, já que não é fácil saber quem usou a conta.

Ora, se alguém fez o que fez para “ajudá-lo, é um idiota - e a secretaria não é um bom lugar para trabalhar… Mas eu aposto em algo como sabotagem. Afinal, não havia como aquilo ser bom para ele. Os motivos? Estes que estamos vendo: a acusação de uso da estrutura da secretaria e coisa tal.  O evento, convenham, é quase bobinho. Não para o PT!

Só para que vocês percebam como o partido está babando, com sangue nos olhos para criar fatos em São Paulo, a bancada federal petista teve o desplante de emitir uma nota sobre este gravíssimo retuíte!!! Protocolou no Ministério Público Eleitoral um pedido de investigação de uso da máquina em favor de Matarazzo e ainda emitiu uma nota oficial em que se lê esta maravilha:
“Trata-se de grave irregularidade que requer a abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso de poder econômico e de autoridade do secretário”.

Huuummm…

- A Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, a Secretaria-Geral da Presidência, o Ministério da Justiça e, ora vejam!, a própria Presidência da República se articulam hoje para atacar o governo de São Paulo. Mas um retuíte é algo sério demais para ser tolerado.
- A página da Presidência da República traz duas notas virulentas contra o governo de São Paulo e a Polícia Militar, assinadas pelo tal Conselho da Juventude. Mas um retuíte é coisa seria demais para ser tolerada.
- O site da revista de história da Biblioteca Nacional publica delinqüências contra o PSDB e um de seus líderes. Mas um retuíte e coisa séria demais para ser tolerada.
- A Agência Brasil entrevista um certo advogado que denuncia a falsa existência de corpos no Pinheirinho; a notícia se espalha. Era tudo mentira! Mas um retuíte é coisa séria demais para ser tolerada.
- A mesma Agência Brasil, dando seqüência ao proselitismo, explica por que reintegrações de posse feitas por um governo petista são diferentes (e mais sensatas, claro!) da que a feita pelo governo tucano, POR ORDEM DA JUSTIÇA. Mas um retuíte é coisa séria demais para ser tolerada.

Tenham a santa paciência! O que Matarazzo ganharia com aquele retuíte? Leva todo o jeito de ser sabotagem - pode, sim, ser decorrência da disputa interna do PSDB. Uma coisa é certa: gente que gosta dele é que não foi. Mas isso é o de menos agora.

Quero chamar a atenção de vocês é para a prontidão do PT. Vejam a rapidez da reação. Já estão em plena campanha: em Brasília, na cracolândia, no Pinheirinho, nos ministérios, na bancada federal, denunciando mortos inexistentes e estupros que não aconteceram.

Como sempre, o lobo está acusando o cordeiro de turvar as águas para justificar a própria delinqüência. Quem não tem moral não tem limites. É a moral dessa história.

Por Reinaldo Azevedo

 

03/02/2012 às 22:11

Então vamos ver quem é que faz exploração político-partidária da desgraça…

Um bobalhão me acusa de fazer exploração “político-partidária” da greve de PMs na Bahia. Uma ova! Em primeiro lugar, seria impossível porque não tenho partido. Ou tenho: o da lógica e da coerência. Como, já disse, sou contra greve de policiais em qualquer estado, pouco importa o governo, critico a da Bahia como critiquei a de São Paulo. QUEM TEM DE SE EXPLICAR SÃO OS PETISTAS, QUE NÃO DÃO BOLA NEM PARA AS PESSOAS QUE SÃO CEGADAS PELA POLÍCIA EM ESTADOS GOVERNADOS PELOS COMPANHEIROS.

Eu não uso um critério para o governo com o qual concordo e outro para aquele de que discordo. Sou de uma coerência até aborrecida.

E já que é para falar tudo, vamos lá. Em 2006, o estado de São Paulo foi atingido pela onda criminosa do PCC. Os petistas se solidarizaram com o governo ou com a polícia? Ora… Como estava na cara que Geraldo Alckmin, então governador, seria o candidato do PSDB à Presidência, desceram o sarrafo na gestão paulista. No horário eleitoral, Lula, então presidente, respondendo por um país que mata mais de 50 mil pessoas por ano, meteu a língua na política de segurança pública do Estado. Não gostavam dela, é preciso informar, nem o PT nem o PCC.

Por Reinaldo Azevedo

 

03/02/2012 às 21:15

Imaginem! PSTU faz campanha contra o Pinheirinho em… Santa Catarina! E com mentiras, é evidente!

Recebo do leitor “Álvaro” (vai sem sobrenome), de Santa Catarina, a seguinte mensagem. Leiam. Ainda voltarei a esse tema.

Reinaldo,
Acredite se quiser, mas os esquerdo-patos já chegaram aqui em Santa Catarina, mais precisamente, em Florianópolis. Meu filho acaba de chegar do terminal de ônibus (sim, um work class hero!) onde foi agressivamente abordado por uma tropa de agitadores do PSTU com panfletos denunciando mortes em PINHEIRINHO!!! Chegou a ser ameaçado quando se recusou a pegar o panfleto: “Abre o olho”. Foi instado a pegar folhetos mais três vezes, insistindo na recusa. Diante de tanta insistência dos militontos, respondeu a uma delas, que dizia “Tem gente morrendo lá!”: “Tem nada, isso é mentira”. Ao que ela retrucou: “Ah é? Então assista ao vídeo (xyz - inaudível). Não acredite na Globo, eles mentem!!!”. Ao fundo, ouviam-se, saído de um caminhão de som, frases criticando o governo de SP, Alckmin, o PSDB.

P.S. Meu filho é seu leitor diário, portanto, bem informado e infenso a doutrinações.

Por Reinaldo Azevedo

 

03/02/2012 às 20:31

Agora vejam a Agência Brasil atuando como assessoria de imprensa do governo petista do Distrito Federal

Publico, posts abaixo, um texto demonstrando como a Agência Brasil cobre a ação da polícia contra invasões num governo petista e como cobre num governo tucano. A diferença é escandalosa.  Muito bem! Leiam mais um texto da Agência, agora atuando como uma espécie de assessoria de imprensa do governo do Distrito Federal.

GDF refuta comparações entre desocupações na capital e ações de reintegração de posse em outros estados

Por Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O governo do Distrito Federal (GDF) refutou as comparações feitas por parlamentares e artigos divulgados na imprensa entre as desocupações feitas na capital e na região do Entorno com as ações de reintegração de posse ocorridas recentemente em outras unidades da Federação, como no caso Pinheirinho, na cidade de São José dos Campos (SP).

A nota foi divulgada pela Secretaria de Governo poucas horas após o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Bruno Araújo (PE), ter cobrado, por meio de um ofício, informações da ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, sobre as providências adotadas pela pasta para apurar “indícios de violação aos direitos humanos ocorridos durante a desocupação” de uma fazenda pertencente à Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e localizada entre as cidades Sobradinho e Paranoá, no Distrito Federal. Enquanto a capital federal é governada pelo PT, o estado de São Paulo é administrado pelo PSDB.

Em nota, a Secretaria de Governo do DF reforça que as ações coordenadas pelo Comitê de Combate ao Uso Irregular do Solo integram a política de regularização fundiária do Distrito Federal, cujo território foi “marcado pela ocupação ilegal de terras públicas”. Ainda de acordo com o documento, essas ocupações resultaram “no crescimento desordenado de áreas que comprometeram a qualidade de vida e a preservação do meio ambiente” regional.

“Enfrentamos cotidianamente as intenções de grilagem de terras para interesses privados e especulação imobiliária. Nosso governo assumiu o compromisso de garantir a legalidade e o uso da terra pública para finalidades que atendam os interesses do bem comum”, diz a nota. A Secretaria de Governo destaca ainda que a reintegração de posse da fazenda de 360 hectares (o equivalente a 360 campos de futebol) pertencente à SPU, na última sexta-feira (27), foi feita pacificamente, “sem nenhum incidente com famílias, grupos organizados e movimentos sociais”.

A ação, contudo, resultou na derrubada de cerca de 500 barracos. Vinte e sete pessoas chegaram a ser presas por invasão de propriedade pública, mas foram soltas em seguida: uma mediante pagamento de fiança, as demais após assumirem o compromisso de comparecerem em juízo quando convocadas. A operação não contou com autorização judicial. Segundo o chefe da Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente (Dema), delegado Hailton da Silva Cunha, por se tratar de uma “ocupação nova”, a polícia não precisa de mandado para desocupar a área a pedido da SPU.

Somente no mês de janeiro, o GDF determinou a derrubada de mais de 1,1 mil casas, barracos e abrigos construídos irregularmente em áreas públicas. De acordo com levantamento feito pela Agência Brasil, o número equivale a um terço do total de edificações removidas durante todo o ano passado, quando cerca de 3 mil construções foram destruídas. Sem questionar a necessidade de o governo combater a ação de “aproveitadores”, representantes de movimentos sociais cobraram do GDF uma política habitacional e de reforma agrária que contemple quem de fato precisa.

“Esse governo promove uma política habitacional de interesse social, que garante aos mais pobres o direito à moradia. São iniciativas de regularização de assentamentos precários, de construção de novas habitações e de requalificação de moradias, que demonstram o compromisso desse governo com os sem moradia”, destaca a nota do governo.

Edição: Lílian Beraldo

Por Reinaldo Azevedo

 

03/02/2012 às 19:28

Filiado tucano faz a coisa certa, convoca militantes do partido a defender o governo do Estado, mas imprensa paulistana empresta à coisa ares de escândalo. Tucano só pode apanhar, nunca se defender!

A imprensa paulistana, claro!, trata com certo esgar de escândalo (a que ponto chegamos!) um e-mail enviado por um militante tucano a outros militantes tucanos convidando-os a defender o governo de São Paulo e o governador Geraldo Alckmin.

Onde já se viu? É um absurdo! Como podem os tucanos, agora, começarem a se defender dos ataques da extrema esquerda? Isso não se faz ! Tucano tem de apanhar calado! Os únicos com direito a se manifestar são os “companheiros” e os “camaradas”, ora! Alguém aí acha que e-mail de petista convocando petista seria notícia? Pois bem…

Leiam o que informa Daniela Lima, na Folha Online. Volto em seguida.

Um membro da executiva municipal do PSDB de São Paulo convocou mais de 800 filiados do partido na zona leste da cidade a “defender” o governador Geraldo Alckmin de manifestantes neste sábado, quando ele cumprirá agenda na região. “Vamos todos pra lá, tucanada. Bateu, levou e não tem conversa”, afirma Edson Marques, o tucano que assina o e-mail.  Ele compara Alckmin a Covas. “Foi assim que acabamos com a patifaria contra o Covas em 2000. Nos juntamos, mobilizamos a velha e aguerrida tropa de choque e partimos pro pau”, descreve o militante no e-mail.

A mobilização é uma resposta aos protestos organizados nas últimas duas semanas contra ações do governo no Pinheirinho, em São José dos Campos, na cracolândia e na USP (Universidade de São Paulo).  Segundo Marques, tucanos do Jardim Helena souberam que integrantes do PSTU, PSOL e PT organizavam protesto para a agenda amanhã. “Eles podem protestar, mas não vamos permitir que encostem um dedo no nosso governador. Se o fizerem, terão resposta a alrura”, disse.

O presidente municipal do PSDB, Julio Semeghini, disse que o e-mail enviado por Marques não representa a posição do partido. “É uma manifestação pessoal dele. Somos contra qualquer tipo de incitação à violência. Não queremos esse tipo de coisa”, afirmou.

Voltei
Se o mais “agressivo” da mensagem é o que vai na reportagem da Folha Online, cadê a “incitação à violência”??? “Violência” é o que têm promovido as seitas de extrema esquerda. Violência e mentira!

Até porque, esse negócio de “bater neles na ruas e nas urnas” é divisa de petista, de José Dirceu. Entendo que Semeghini não queira confronto físico. É o certo. Mas deixe que os petistas e as seitas extremistas se encarreguem de censurar a mensagem.

Por Reinaldo Azevedo

 

03/02/2012 às 19:17

Yoani não obtém visto. Deve ser culpa do embargo americano e da prisão de Guantánamo, não é, Maria do Rosário? Não é, Dilma?

O Brasil concedeu o visto para a blogueira cubana Yoani Sánchez, mas o governo cubano não lhe deu permissão para sair do país, como se vê pelo documento abaixo.

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Pois é… Como diria a ministra Maria do Rosário, com aquela inteligência e perspicácia que a todos espantam, deve ser tudo culpa do embargo imposto pelos Estados Unidos. Ou, como quer Dilma, que não nos surpreende menos nos dons do pensamento, até que não se ponha fim à prisão de Guantánamo, como permitir que as pessoas sejam livres para ir e vir?

Como é mesmo o nome daquela professora de história da USP que afirmou que Dilma estava certíssima em não tocar no tema dos direitos humanos em Cuba? Ah, lembrei: Maria Aparecida de Aquino! Explique aí, acadêmica!

O Brasil, claro!, não vai querer se meter num assunto interno de outro país, certo? Só continuará a jogar dinheiro fora — “grande oportunidade de negócios”, querem alguns — sustentando uma ditadura decrépita e assassina.

Como sugeriu Dilma, o Brasil fez a sua parte; o resto era com os cubanos. Entendi. A blogueira pode entrar em nosso país desde que consiga sair do seu… Se ela fizer a mágica, o PT garante a generosidade.

Que gente!!!

Por Reinaldo Azevedo

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Fonte:
Blog Reinaldo Azevedo

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