DA REDAÇÃO: Mercado do café não acompanha fundamentos, mas fecha positivo na NYBOT
Diante da instabilidade, o analista não arrisca dizer se a elevação seria apenas passageira. As condições dos fundamentos seguem estáveis. “A verdade é que os interessados na baixa conseguiram derrubar (o mercado) com força, baseados na situação da Europa, da crise na zona do euro”, diz.
Tais fatores assustaram os operadores na NYBOT. A safra volumosa que o Brasil irá colher, igualmente, contribuiu para a derrubada dos preços. No entanto, Carvalhaes afirma que essa razão é inócua, já que a colheita será suficiente apenas para as necessidades brasileiras de exportação e de consumo interno.
Em 2010, último ano que registrou safra cheia no Brasil, foram colhidas 54 milhões de sacas, sendo que 35 milhões delas se destinaram à exportação. Esse volume não aumentou os estoques do mundo, pois foi consumido em sua totalidade. Neste ano, que é de safra baixa, o país deve exportar 29,30 milhões de sacas. “Quando abrir a próxima safra em julho, o mercado vai estar ávido para comprar café”, prevê.
Dessa forma, não há chances de haver excedentes, ainda mais diante do consumo mundial que cresce dois milhões de saca ao ano. “Não tem como sobrar café”, garante o analista.