Líder do PMDB na Câmara vai defender votação do Código Florestal
Líder do PMDB e candidato à presidência da Câmara, o deputado Henrique Eduardo Alvesdecidiu subir à tribuna amanhã. Em nota veiculada no twitter, no domingo (25), antecipou seus propósitos: "Vou defender minha bancada, meu partido, a atividade parlamentar, o Poder Legislativo."
Defender do quê? Ouvido pelo blog, o deputado revelou-se incomodado com a onda de notícias, artigos e declarações que "tentam reduzir o Legislativo a uma Casa de fisiologismo e toma-lá-dá-cá". O noticiário foi apimentado depois que o governo sofreu uma sequência de derrotas legislativas.
Em entrevista veiculada neste final de semana, Dilma Rousseff declarou: "Não gosto desse negócio de toma-lá-dá-cá. Não gosto e não vou deixar que isso aconteça no meu governo." Antes, o novo líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), dissera que chegou a hora de confrontar "as velhas práticas da política". "Qualquer jornal ou revista do país que a gente abre encontra ataques ao Legislativo. Isso não é correto, não é justo e não serve à democracia", diz Henrique. Veja algumas das observações feitas pelo deputado ao jornalista Josias de Sousa:
Lei da Copa e o Código Florestal:
"Nesses dois assuntos, nenhum deputado está falando em cargos ou emendas. Discute-se o mérito dos projetos. A Lei da Copa será aprovada pela maioria. É compromisso internacional assumido pelo nosso governo, um compromisso do país.
O Código Florestal é uma das coisas mais importantes do Brasil. Não tem interesse menor nesse debate. Os deputados querem discutir o mérito e votar. Numa Casa de 513 deputados, 400 querem votar. Como poderia o presidente da Câmara, Marco Maia, dizer que não vota. Não pode. É preciso tirar o radicalismo desse tema.
O governo não é feito só de interesses ambientalistas. O governo também é feito de agricultura, que, aliás, vem salvando o PIB do país. É preciso negociar ao máximo. Depois, tem que votar".
* Transcrito do blog do jornalista Josias de Sousa