Em Chicago, soja reage no final da sessão e encerra no azul
Publicado em 23/10/2012 14:03
e atualizado em 23/10/2012 19:31
Nesta terça-feira (23), soja, milho e trigo operaram em território negativo na Bolsa de Chicago durante quase toda a sessão. No final do dia a soja registrou um movimento de recuperação, que segundo Bruno Perotonni, analista da corretora Terra Investimentos mostrou o posicionamento do mercado no momento em que as cotações atingem patamares atraentes aos compradores. No final da sessão, o vencimento Nov/12 encerrou a US$15,53 alta de 6,75 pontos. Mar/13 que sinaliza os preços no início da colheita brasileira, a alta foi de 3 pontos com negócios a US$15,20/bushel e o vencimento Maio/13 encerrou a US$14,74
Segundo analistas, o dia foi marcado por mais um movimento de realização de lucros já que os preços não contam com informações que possam pressionar os preços para baixo ou estimular novas altas.
O que contribuiu para o tom negativo dado aos negócios do trigo e do milho em Chicago foi o dólar mais alto e as ainda presentes incertezas ligadas ao mercado financeiro frente à crise econômica vivida pela União Europeia.
O cenário de indefinições e falta de novidades - inclusive sobre o real tamanho da safra norte-americana e também da América do Sul - estimulam as vendas por parte dos fundos, que nessa época, não costumam ficar muito tempo com suas posições.
"Nesse período de colheita da safra norte-americana, os grandes fundos não têm ficado muitos dias com as posições, então, depois de um dia de altas, no outro eles entram realizando lucros e o mercado recua", disse Vlamir Brandalizze, analista de mercado da Brandalizze Consulting.
O momento é de bastante volatilidade para o mercado internacional de grãos, refletindo essa falta de novidades concretas que possam dar um direcionamento ao mercado. Entre os fundamentos, o quadro permanece inalterado. A demanda continua muito forte, principalmente por parte da China, e a oferta mundial, tanto de soja quanto de milho, está bastante ajustada.
Aos poucos, os investidores passam a dar mais atenção também à evolução da safra 2012/13 na América do Sul. No Brasil, por conta de adversidades climáticas, a semeadura desta temporada já registra um ligeiro atraso em importantes regiões produtoras como o Centro-Oeste e o Sul do país.
Ainda que esse atraso não seja muito preocupante no momento, isso poderia promover alguma sustentação para os preços no mercado internacional, já que por conta disso a entrada da nova colheita sulamericana deverá acontecer um pouco depois do esperado. Quaisquer problemas de clima na América do Sul, portanto, poderiam fazer com que o mercado engatasse um novo movimento de alta em Chicago, de acordo com analistas.
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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas