Em Chicago, mercado da soja devolve ganhos e fecha no vermelho
Publicado em 21/11/2012 17:05
A soja reverteu o cenário de alta do início do pregão e passou para o lado negativo da tabela nesta quarta-feira (20) na Bolsa de Chicago. O mercado passou a recuar, depois de uma tentativa de recuperação técnica, com os investidores buscando um melhor posicionamento antes do feriado de quinta-feira (22) nos Estados Unidos.
A recuperação dos preços já vista na sessão de hoje vinha refletindo o suporte em compras associadas a fatores técnicos e especulativos e também a boa demanda vinda da China. Porém, as cotações passaram a recuar puxadas ainda pela reversão também do do farelo de soja, que passou a operar em queda também na CBOT.
O mercado, como vem sendo sinalizado por analistas, tem estado bastante volátil, com uma semana mais curta nos Estados Unidos em decorrência do Dia de Ação de Graças que acontece nesta quinta-feira (22), e também à espera de novas informações que pudessem definir um direcionamento para os preços.
O cenário, fundamentalmente, ainda é o mesmo para o mercado internacional da soja. O fluxo da demanda ainda é muito forte e esse é o principal fator que sustenta os preços em Chicago, ou, ao menos limita as baixas.
“O que tem sustentado as cotações e o que deve garantir preços internacionais ainda historicamente favoráveis no final de 2012 e em 2013 é a demanda, que mantém um fluxo muito forte de vendas nos EUA. Além disso, a China retornou ao mercado comprando óleo e grão”, disse Flávio França, analista de mercado da agência Safras & Mercado.
Nesta quarta, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de 120 mil toneladas de soja para a nação asiática, com entrega prevista ainda para o ano comercial 2012/13. Além disso, informou ainda a venda de 20 mil toneladas de óleo, fator que também deu sustentação ao mercado.
Para França, a delicada relação de estoques extremamente apertados e demanda muito aquecida ainda não foi alterada e isso será muito focado pelo mercado, o que, em sua opinião, fará com que os preços não cheguem abaixo dos US$ 13 por bushel no curto e médio prazo.
Por outro lado, há alguns fatores que ainda pesam sobre o preços da soja em Chicago e provocam sessões de baixa. Há um mercado financeiro operando de forma mais negativa - frente aos conflitos no Oriente Médio, à crise na Europa, e outros fatores - e também a safra norte-americana maior do que o esperado e o bom desenvolvimento da produção 2012/13 na América do Sul.
Veja como ficaram as cotações no fechamento desta quarta-feira:
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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas
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