Soja: Mercado opera com perdas de dois dígitos antes do USDA
Publicado em 11/01/2013 10:35
e atualizado em 11/01/2013 13:40
Na sessão desta sexta-feira (11), a soja opera com expressiva baixa na Bolsa de Chicago, operando com recuo de dois dígitos. Por volta das 11h10 (horário de Brasília), o vencimento maio, referência para a safra brasileira, valia US$ 13,61, perdendo 10,25 pontos.
Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga seu novo relatório mensal de oferta e demanda e os números deverão ajudar os negócios a definirem um rumo após uma semana volátil. Paralelamente, há também uma pressão negativa vinda de uma demanda menos aquecida para a soja norte americana.
"A semana não fora muito boa para as exportações americanas. Tivemos ontem a divulgação de uma recompra de soja da China nos Estados Unidos, também com opção de compra por produto latino-americano. Portanto, de 400 mil toneladas recompradas ontem, parte delas é dos Estados Unidos e parte da América do Sul. Isso, provavelmente, fará com que os estoques nos EUA a serem divulgados hoje sejam menores do que o esperado ao longo da semana. Entretanto, o mercado espera também que uma recomposição dos estoques, principalmente da América Latina ao redor de 147 milhões de toneladas, e isso dá um tom bastante negativo", disse Mário Mariano, analista da Novo Rumo Corretora.
Esse momento de uma demanda pontualmente desaquecida já chama a atenção dos participantes do mercado e pesa sobre os negócios no cenário internacional. Como explicou Mariano, porém, a procura da China por grãos estaria um pouco menor, mas, por outro lado, a demanda por óleos comestíveis está maior.
Em dezembro, a China importou 1,12 milhão de toneladas de óleos comestíveis. O volume é 53% maior em relação ao mesmo período do ano anterior e, se comparado a novembro de 2012, o aumento é de 22%. O total das importações chinesas de óleo durante 2012, que foi de 8,45 milhões de toneladas, apresentaram um aumento de 29% em comparação a 2011. As informações são da Administração Geral da Alfândega da China.
"Isso significa dizer que, provavelmente, a capacidade de esmagamento no país está com uma contra-margem muito elevada e começam a reduzir sua demanda para o consumo efetivo de um produto acabado, neste caso, o óleo de soja é o maior produto de interesse no complexo soja", afirma o analista.
Acompanhe a entrevista de Mário Mariano sobre o andamento do mercado nesta sexta-feira:
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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas
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A demanda continua muito forte. Nesta semana, somente a China comprou 15 navios dos portos americanos, 5 dos portos brasileiros e 5 dos argetinos. Do Brasil estima-se que a China já comprou cerca de 250 navios. Portanto, não podemos dizer que demanda está fraca.