Soja: Diferenças na produção entre MT e Argentina chamam atenção
Publicado em 29/01/2013 07:34
e atualizado em 29/01/2013 10:13
Além de averiguar as condições das lavouras de soja no país vizinho, a equipe da "Conexão Argentina", também pode entender melhor a produção argentina. Algumas diferenças chamam bastante a atenção, como o modelo de arrendamento de terras, terceirização da produção e seguro rural.
A agricultura da Argentina é bastante diversificada. No verão planta-se soja e milho, e no inverno trigo e cevada. Sorgo e girassol também são cultivados. A produção é concentrada nas províncias de Buenos Aires, Córdoba, Santa Fé e Entre Rios. Diferente de Mato Grosso, no país a soja compete com o milho, ou maíz, como é chamado pelos argentinos. Neste ciclo, a área semeada com o cereal está prevista para 3,4 milhões de hectares.
Cerca de 60% da área cultivada com soja na Argentina são em terras arrendadas. O sistema é um pouco diferente do Brasil, conforme explica o gestor do Núcleo Técnico da Famato, Eduardo Godoi. "Além de arrendar as áreas, é muito comum também terceirizar o trabalho, ou seja, o produtor arrenda a terra e terceiriza os serviços durante a safra. O pagamento geralmente é feito em soja", destaca.
Com o crescimento do setor rural na Argentina e com a grande expectativa para a produção de soja e milho, os preços das terras podem chegar a US$ 25 mil o hectare em algumas regiões, como na região de Marcos Juarez, província de Córdoba.
Quando se fala em escoamento da produção, a Argentina tem um grande diferencial: 80% da soja é produzida a menos de 400 km de portos. No país são quatro: Porto de Necochea, Porto de Rosario (este considerado o mais importante da Argentina), Bahia Blanca e Buenos Aires. "A soja produzida nas regiões de Marcos Juarez, na província de Córboda, e Rosário, na província de Santa Fé, ficam em um raio de cerca de 200 km do porto, o que barateia muito os custos com frete", comenta o gestor do Imea, Daniel Latorraca.
Seguro Rural - Outra diferença da Argentina em relação ao Brasil é a questão do seguro rural. Com tantas quebras de safra, os produtores argentinos estão gastando mais com a contratação de seguro. "Além de bancos que oferecem o serviço, há também empresas especializadas e os produtores podem optar por segurar não só o ciclo todo como somente o período de crescimento da planta, plantio ou colheita", explica Eduardo Godoi.
Conexão Argentina - Entre os dias 21 e 26 de janeiro, a Famato e o Imea realizaram a Conexão Argentina. O objetivo da viagem é conhecer de perto a safra de soja do país, que pode influenciar os rumos do mercado internacional do grão.
Participaram da missão o gestor do Núcleo Técnico da Famato, Eduardo Godoi, e o gestor do Imea, Daniel Latorraca. A equipe visita quatro das principais províncias produtoras de soja da Argentina: Buenos Aires, Córdoba, Santa Fé e Entre Rios, que representam mais de 80% da produção argentina.
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Fonte:
Famato
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