Soja fecha o dia em campo misto; milho e trigo recuam na CBOT
Na sessão desta segunda-feira (5), os futuros da soja encerraram a sessão regular em terreno misto. Com movimentos pouco significativos e depois de uma sessão de volatilidade, os vencimentos mais próximos fecharam o dia com ligeiras perdas e os distantes com pequenos ganhos.
Já os futuros do milho e do trigo terminaram a sessão do lado negativo da tabela, com o trigo perdendo mais de 15 pontos nos principais vencimentos. Já no milho, baixas de seis a três pontos.
Para o consultor de mercado Liones Severo, do SIMConsult, o mercado reflete ainda um movimento dos fundos de investimento, com uma maior posição na ponta compradora do mercado. "A baixa desses dias é comum. Porém, o mercado deverá registrar uma melhora que aconteceria no final de agosto no início de setembro já que a safra dos EUA está atrasada, é isso que mostra o histórico do mercado", diz.
Segundo analistas, o mercado agora busca uma acomodação, se posicionar mais próximo da estabilidade à espera de uma definição mais clara da nova safra dos Estados Unidos. As condições climáticas atuais são boas e as previsões indicam que para as próximas semanas devem se manter favoráveis.
Na primeira metade de agosto, mês determinante principalmente para a cultura da soja, as temperaturas deverão ficar próximas ou abaixo do normal no Meio-Oeste norte-americano. Assim, a fase de polinização e a umidade do solo deverão ser favorecidas principalmente nas áreas sul e leste do Cinturão, de acordo com o o instituto de meteorologia DTN.
Frente a isso, para o analista de mercado Pedro Dejneka, da PHDerivativos, a tendência no médio e longo prazo para os preços é de baixa. “Para o contrato novembro da Bolsa de Chicago, enquanto o foco é o clima nos EUA, ainda há bastante espaço para queda nas cotações". E acredita ainda que, para que o mercado registre uma reversão, seria preciso um grave problema climático nos Estados Unidos.
"Já para os contratos janeiro e março, com a entrada da safra sul-americana haverá novas discussões sobre clima, área de plantio e produção", completa o analista.
Veja como ficaram as cotações no fechamento desta segunda-feira (5):
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