DA REDAÇÃO: Exportação e dólar mais alta podem recompor os preços mais baixos do milho
Em véspera do feriado prolongado nos Estados Unidos a comemorar o Dia do Trabalho na próxima segunda-feira (02), investidores se mantiveram cautelosos no último pregão da semana. Os contratos futuros da soja terminaram a sexta-feira (30) com perdas entre 4,50 e 11 pontos nos principais vencimentos negociados na Bolsa de Chicago. Enquanto que o milho e o trigo fecharam a sessão em campo misto, porém próximos da estabilidade.
O mercado climático norte-americano ainda é o principal fator de influência para os preços internacionais, visto que previsões climáticas adversas podem comprometer o resultado final da safra de grãos 2013/14 do país. A soja já apresenta sinais de que terá sua produtividade comprometida, beneficiando assim os preços. Já o milho, que apesar de ter sido plantado fora da janela ideal, não foi atingido pela recente seca e temperatura quente que assolou o meio-oeste norte-americano.
Assim, na avaliação do consultor de mercado da Céleres Consultoria, Anderson Galvão, a perspectiva de preços para o milho no Brasil não é tão positivo, ainda dependerá do resultado final da safra dos Estados Unidos.
Apesar de a recente alta do dólar ajudar na composição do preço final, os lucros poderão ser aumentados caso o Brasil avance também nas exportações que tem melhorado em volume mês a mês, aponta o consultor. Vale lembrar que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com seus leilões, tem ajudado os preços do cereal a passar valor mínimo estipulado pelo governo.
Galvão aconselha os produtores a comercializar o milho nos momentos de alta em Chicago e quando o dólar também favorecer para assim somar lucros. Mesmo que a colheita dos EUA se confirme volumosa e o cenário se vista baixista para os preços, o dólar tende a compensar as baixas, principalmente das perdas com a logística brasileira que tem tirado boa parte da renda do produtor rural brasileiro.