DA REDAÇÃO: Soja – À espera de novidades, mercado opera de lado em Chicago

Publicado em 18/09/2013 13:37 e atualizado em 18/09/2013 16:35
Chicago: Anúncio de venda de soja dos EUA para a China motivou alta em Chicago na tarde de quarta-feira (18). Expectativa do mercado agora é para o próximo relatório de oferta e demanda do USDA, que deve trazer dados mais concretos sobre a safra americana. No cenário de fundamentos, demanda continua firme e crescente.

Nesta quarta-feira (18), os futuros da soja operam de lado na Bolsa de Chicago. Por volta das 15h50 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam movimentações pouco expressivas, com alta de mais de 7 pontos. As cotações futuras do milho registravam leves ganhos de mais de 2 pontos, enquanto, que no trigo a alta era de mais de 3 pontos nos principais vencimentos. 

Ao longo das negociações, o complexo soja trabalhou do lado negativo da tabela, mas o anúncio do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que reportou a venda de 1,93 milhão de toneladas de soja para a China com entrega na temporada 2013/14, deu suporte aos preços em Chicago. Segundo o analista de mercado da Agrinvest, Marcos Araújo, o mercado está sem novidades e aguarda o relatório do departamento norte-americano com números concretos da safra dos EUA.

“A nível global, a demanda continua firme e crescente. Já em relação à demanda chinesa acreditamos que está super estimada pelo USDA de 59 milhões de toneladas para 69 milhões de toneladas, o número deve ser em torno de 64 milhões de toneladas”, destaca o analista de mercado.

Além disso, na visão do analista, a tendência é que a nação asiática continue comprando o grão da soja e não o farelo. Paralelo a esse cenário, no Brasil, o esmagamento da oleaginosa recuou 21,5%, durante os meses de abril a junho. E, historicamente, no segundo semestre, o mercado brasileiro é descolado de Chicago. 

“E para que o produtor brasileiro tenha uma cotação melhor em reais, temos que considerar o efeito Chicago, o dólar e os prêmios no país. Agora, é um bom momento de vender a soja e usufruir das oportunidades de vendas”, explica Araújo.

Milho – No curto a médio prazo, os preços devem seguir pressionados no mercado interno. Com a entrada da safra norte-americana, estimada em mais de 350 milhões de toneladas, juntamente com a grande safrinha brasileira devem seguir pesando sobre os preços. Por outro, o produto do Brasil também perde competitividade no mercado internacional, já que a Ucrânia consegue ofertar o grão a preços mais baixos.

Trigo – Com as recentes quebras na produção do país devido às geadas, os preços tendem a permanecer mais elevados. Consequentemente, as importações brasileiras devem apresentar um aumento, para suprir o consumo doméstico. “Mas se os preços do produto brasileiro subirem demais irão viabilizar a importação e aí não tem força para o trigo interno poderá ficar em níveis mais altos do que o produto importado”, ressalta o analista.

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Por:
Kellen Severo// Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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