Soja: mercado avança com exportações aquecidas dos EUA
Os preços da soja voltaram a subir nesta quinta-feira (21) na Bolsa de Chicago impulsionados pela boa demanda pelo produto norte-americano. Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou seu boletim de exportações semanais e trouxe números bem acima das expectativas para a soja em grão e também para as vendas de óleo de soja.
As vendas de soja em grão somaram 1.376,4 milhão de toneladas, enquanto o mercado apostava em algo entre 650 mil e 850 mil toneladas, e as de óleo foram de 95,8 mil frente à projeções que variavam de 30 mil a 80 mil toneladas.
Os números,portanto, confirmam essa demanda extremamente aquecida, principalmente por parte da China, pelo produto norte-americano, o qual é o único disponível nesse momento, uma vez que a nova safra do Brasil e da Argentina, os dois maiores exportadores da oleaginosa ao lado dos Estados Unidos. Com essas vendas de hoje, o total comprometido para exportações dos Estados Unidos supera os 35 milhões de toneladas do total de 39,5 milhões projetado pelo USDA, ajustando ainda mais a relação de oferta e consumo no país.
Aliado à essa demanda muito forte, o movimento mais contido dos produtores norte-americanos na hora de vender sua soja também dão suporte ao avanço dos preços. "O produtor que está com essa soja colhida está relutante em vender porque ele acha que os Estados Unidos pode correr o risco de ficar com os estoques muito baixos, dado o elevado programa de exportação já contratado nesse ano. E na América do Sul, a situação é semelhante", explica Vinícius Ito, analista de mercado da Jefferies Corretora.
Com esse quadro, o mercado deverá ver os preços buscando melhores patamares, na tentativa de superar os US$ 13 por bushel, segundo explicam os analistas. Para Maurício Correa, analista do SIM Consult, o vencimento janeiro, o mais negociado nesse momento, pode procurar atingir os US$ 13,20. "O mercado tende a ficar preso nesse intervalo entre US$ 12,50 e US$ 13,50.", explica.
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