Com clima adverso nos EUA, soja inicia semana acima dos US$ 15/bushel
A semana começa com os primeiros vencimentos da soja negociados na Bolsa de Chicago acima dos US$ 15 por bushel. No pregão eletrônico desta segunda-feira (28), por volta das 7h40 (horário de Brasília), o contrato maio/14 era cotado a US$ 15,19, com alta de 21,50 pontos, enquanto o julho/14, o mais negociado nesse momento, valia US$ 15,10, com ganhos de 16,50 pontos.
Segundo analistas ouvidos por agências internacionais, o desenvolvimento do clima nos Estados Unidos já começa a ganhar o foco dos investidores e o momento não é de condições muito favoráveis. O tempo continua frio e úmido em importantes regiões de produção no país e pode atrasar o plantio da safra 2014/15 nessa semana.
Hoje, no final do dia, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza seu relatório de acompanhamento de safras, com números sobre o plantio do milho e do trigo de primavera até o último domingo, as condições das lavouras do trigo de inverno e, possivelmente, os primeiros números para a nova safra de soja.
Segundo informações apuradas pela agência Bloomberg, tempestades previstas para o início dessa semana irão trazer cerca de 51 mm de chuvas para o norte do Meio-Oeste americano, incluindo partes de Iowa e Wisconsin, e temperaturas mais baixas devem reduzir o ritmo da semeadura.
"O clima é a maior preocupação nesse momento. Os produtores americanos conseguem fazer 'maravilhas' sobre o plantio em um curto período de tempo, porém, a safra está atrasada e está se desenvolvendo com esse atraso", disse, em nota, o economista Dennis Gartman.
Além da situação climática, o mercado da soja conta ainda com fundamentos bastante sólidos e positivos, que também têm garantido a tendência positiva para os preços da oleaginosa. Há uma escassez de produto nos EUA e uma intensa demanda pelo soja norte-americana. Ainda nesta segunda, o USDA traz mais um relatório semanal dos embarques de grãos dos Estados Unidos e o volume de 41 milhões de toneladas que já foi embarcado pelos EUA deverá ser ampliado, frente às 43 milhões de toneladas projetadas pelo departamento para serem exportadas até o final do ano comercial, que se encerra em 31 de agosto.
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