Soja: Frente ao avanço no plantio nos EUA, preços recuam
Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras da soja trabalham do lado negativo da tabela na sessão desta terça-feira (6). Ao longo das negociações, as principais posições da commodity ampliaram as perdas e, por volta das 12h09 (horário de Brasília) exibiam quedas entre 11,75 e 17,50 pontos. O contrato julho/14 era negociado a US$ 14,48 por bushel.
O consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, afirma que os preços da oleaginosa refletem o avanço no plantio do grão norte-americano, reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta segunda-feira. Até o dia 1ª de maio, a semeadura da soja alcançou 5% da área estimada.
Na última semana, o número era de 3%. Já no mesmo período do ano passado, o percentual cultivado era de 2%. Até o momento, o estado mais adiantado na semeadura do grão é Louisiana, com 69% da área cultivada com soja, seguido de Mississipi, com 36% da área semeada.
Em Illinois, o plantio está em 3%, número pouco maior do que registrado na última semana de 2%. Em Iowa, a semeadura da oleaginosa segue mais lenta e até o momento alcança 1% da área projetada para essa temporada.
E a expectativa é que haja uma evolução na área cultivada com o grão nos EUA nos próximos dias, segundo informou a agência internacional Bloomberg. As temperaturas deverão ficar mais altas e as chuvas serão limitadas em partes do Oeste do país, situação que deve contribuir para a evolução na semeadura da safra 2014/15.
"Porém, se tivermos chuvas mais volumosas, especialmente na próxima quinta e sexta-feira, os preços podem voltar a subir. Entretanto, o mercado ainda tem dificuldades em ultrapassar o patamar de resistência de US$ 15 por bushel", relata Brandalizze.
Ainda na visão do consultor, os fundamentos já são conhecidos dos participantes do mercado e são necessárias novas informações para estimular altas nos preços da soja. "A boa demanda pelo produto e o aperto nos estoques norte-americanos já são conhecidos do mercado. Se o relatório de esmagamento trazer novidades e apontar um aperto ainda maior nos estoques do país podemos ver as cotações mais altas", ressalta.
Em relação ao relatório de oferta e demanda do USDA, que será divulgado nesta sexta-feira, o consultor destaca que não deverá trazer grandes novidades ao mercado. Mas, o departamento deverá reportar um aumento nas importações de soja dos EUA, conforme acredita o consultor.
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