Soja: Em Chicago, preços voltam a subir frente à demanda firme
Após três sessões consecutivas de queda, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a trabalhar do lado positivo da tabela. No pregão desta quinta-feira (8), as cotações da oleaginosa retomaram o movimento altista e, por volta das 13h09 (horário de Brasília), as principais posições registravam ganhos entre 10,75 e 20,75 pontos.
Segundo informações de agências internacionais, a confirmação do retorno da China às compras contribuiu para a alta nas cotações em Chicago. Nesta quinta-feira, a Administração Geral das Alfândegas no país informou que as importações da oleaginosa somaram 6,5 milhões de toneladas durante o mês de abril. O número está bem acima das 4,6 milhões de toneladas importadas em março.
Ainda segundo a administração, somente nos quatro primeiros meses do ano, os embarques de soja para a China cresceram 41%, em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 22 milhões de toneladas. Na última sessão, rumores de que a nação asiática poderia reduzir as comprar contribuiu para pressionar negativamente os preços futuros da oleaginosa.
Além disso, nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou os números de vendas para exportação. Para a soja, referente à safra 2013/14, as vendas totalizaram 40,8 mil toneladas até a semana encerrada no dia 1º de maio. As vendas ficaram 97% acima da média das últimas quatro semanas. No último relatório, o número ficou negativo em 16,4 mil toneladas.
As vendas da soja da safra 2014/15, somaram no mesmo período, 14,2 mil toneladas. O número representa um recuo expressivo frente as 79,9 mil toneladas reportadas anteriormente pelo departamento. Até o momento, no acumulado do ano safra, com início em 1º de setembro, as exportações de soja dos EUA totalizam 44.634,1 milhões de toneladas, contra 43 milhões projetadas pelo USDA.
E frente à demanda pelo produto norte-americano há os estoques em níveis muito apertados no país. Na visão do consultor do SIMConsult, Liones Severo, o mercado deve ficar sustentado acima de US$ 14,50 por bushel. “Os estoques dos EUA são ajustados e uma reposição da oferta norte-americana só poderá acontecer com a entrada da safra nova ou uma grande importação de soja do Brasil, que não deverá acontecer devido à questão logística e pelo quadro de pouca oferta de soja brasileira”, explica.
Por outro lado, as análises gráficas também apontam para uma tendência altista para os preços da soja. De acordo com o analista de mercado da Smartquant Fundos Investimentos, Antônio Domiciano, o contrato julho/14 deverá alcançar o patamar de US$ 14,90 por bushel nos próximos dias.
“E se conseguir romper essa barreira, o vencimento poderá voltar a trabalhar nas máximas próximo de US$ 15,30 ou US$ 15,40 por bushel”, afirma o analista de mercado.
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