Milho: Mercado fecha com leves altas à espera do relatório do USDA
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho fecharam o pregão desta quinta-feira (8) com leves altas. Ao longo das negociações, os preços da commodity reverteram as perdas e encerraram o dia com ligeiros ganhos entre 2 e 3 pontos. O contrato julho/14 era cotado a US$ 5,16 por bushel.
Na sessão desta quinta-feira, os investidores buscaram uma posição mais cautelosa frente ao novo relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será divulgado amanhã (9). A expectativa do mercado é que o órgão aponte um corte na projeção da safra norte-americana de milho para 345 milhões de toneladas, contra 354 milhões de toneladas colhidas na temporada anterior.
Os estoques finais de passagem da safra global 2013/14 também deverão ser revisados para baixo, em 157,8 milhões de toneladas. A projeção anterior era de 158 milhões de toneladas. Para a safra 2014/15, os estoques deverão ser reportados em 160,1 milhões de toneladas de milho.
Para a safra brasileira, a estimativa é de 72,2 milhões de toneladas, projeção abaixo da realizada pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), de 75,2 milhões de toneladas. Já a safra da Argentina deve ser indicada em 23,9 milhões de toneladas na safra 2013/14, número inferior da última estimativa do departamento, de 24 milhões de toneladas.
Além disso, durante essa semana, agências internacionais apontaram uma queda na produção da Ucrânia, em mais de 5,9 milhões de toneladas, ficando em 25 milhões d toneladas. As exportações do cereal ucraniano também devem recuar em torno de 3 milhões de toneladas, totalizando 17,4 milhões de toneladas.
Em contrapartida, os números das exportações de milho dos EUA até o dia 1º de maio ficaram abaixo do reportado na semana anterior. Para a safra 2013/14, o número baixou de 938,0 mil toneladas para 161,3 mil toneladas. Por outro lado, as vendas referentes à safra 2014/15, cresceram de 13,8 mil toneladas para 121,1 mil toneladas no mesmo período.
O mercado também tem acompanhado a evolução do plantio nos EUA, que até o último dia 4 de maio foi projetada em 29% da área projetada, segundo dados do USDA. Segundo o analista de mercado da Jefferies, Stefan Tomkiw, a semeadura do grão tem evoluído no país, mas não é um avanço generalizado, já que algumas regiões do Meio-Oeste norte-americano enfrentam problemas com excesso de chuvas.
Entretanto, em dois estados importantes na produção de milho, Iowa e Illinois, o cultivo do cereal já entrou na reta final. É preciso ressaltar que os produtores norte-americanos têm até o final do mês de maio para finalizar o plantio do grão.
Do lado fundamental, os fatores são positivos ao mercado do cereal e as análises gráficas também indicam cenário altista aos preços. Segundo o analista de mercado da Smartquant Fundos Investimentos, Antônio Domiciano, aponta que o vencimento julho/14 pode ultrapassar o patamar de resistência de US$ 5,22 por bushel.
“Na semana passada, vimos os preços recuarem próximos de US$ 4,90 por bushel, mas rapidamente voltaram a subir. O mercado está em processo de alta e se romper os US$ 5,22, pode alcançar os US$ 5,60 por bushel. No entanto, caso esse rompimento não ocorra, o mercado pode continuar lateralizado e operar entre US$ 4,85 e US$ 5,20 por bushel, porém se romper os US$ 4,85 pode entrar em processo de queda e atingir os US$ 4,70 por bushel”, explica o analista.
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