Soja retoma fôlego e volta a subir nesta 3ª na CBOT antes do USDA
O mercado da soja parece retomar o fôlego na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (10). Depois de iniciar o dia operando sem direção, em campo misto, as cotações voltaram a subir e, por volta de 12h15 (horário de Brasília), o vencimento julho subia 14,50 pontos, valendo US$ 14,71 por bushel. As demais posições subiam entre 7 e 8,50 pontos.
Os fundamentos de oferta e demanda, já conhecidos pelos investidores, continuam sendo os principais fatores da base de suporte para os preços da soja, principalmente no curto prazo. A escassez de produto nos Estados Unidos esbarra em uma demanda que não dá sinais de desaquecimento e, com isso, as exportações norte-americanas já superam largamente a última estimativa do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de 43,5 milhões de toneladas, e a 12 semanas do fim do ano comercial, os embarques efetivos da oleaginosa já se aproximam muito desse número.
No entanto, especificamente nas últimas semanas, o mercado vem se mostrando com pouca força e movimentação, aguardando pelo novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA divulga nesta quarta-feira, 11 de junho. As expectativas dos traders para esse reporte é de que as estimativas do departamento para os estoques finais dos EUA - tanto da safra velha como da safra nova - sejam reduzidas.
Para a safra 2013/14, o esperado é que o volume caia de 3,54 milhões para 3,46 milhões de toneladas, enquanto os da 2014/15 poderão cair de 8,98 milhões para 8,76 milhões de toneladas.
Para a produção da nova safra, espera-se um número próximo de 98,71 milhões de toneladas, contra o estimado em maio de 98,93 milhões de toneladas.
Sobre os estoques mundiais, as expectativas do mercado são de que, para a safra 2014/15, o número suba, ligeiramente, de 82,2 milhões para 82,5 milhões de toneladas. Já para a temporada atual, o número pode recuar levemente, passando de 67 milhões de 66,8 milhões de toneladas.
Diante disso, as análises técnicas, que analisam o comportamento dos preços por meio de gráficos, mostram que o mercado exibe, nesse momento, uma lateralização, ou seja, uma falta de tendência definida para as cotações. Assim, o primeiro vencimento, o julho/14, trabalha em um intervalo de US$ 14,40 - resistência - e US$ 15,30 - suporte.
"O que está acontecendo com a soja é que o mercado está de lado, está indefinido. O produtor, portanto, deve observar o possível rompimento de um desses dois patamares pois é aí que pode acontecer a definição de uma nova tendência", explicou o analista de mercado Antônio Domiciano, da SmartQuant Fundos de Investimentos.
Dessa forma, o analista afirma ainda que, para que o mercado consolide novas altas, é preciso que esse primeiro vencimento supere os US$ 15,30 por bushel e se consolide acima desse patamar.
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