DA REDAÇÃO: Baixa demanda traz excesso de oferta para o feijão e causa prejuízo para os produtores
O baixo consumo para o feijão ainda permanece. O analista da Correpar, Marcelo Lüders, explica que é um mercado considerado inelástico, em que mudanças nos preços comercializados não mudam o consumo. O período de férias escolares, junto com o período de Copa do Mundo diminuiu ainda mais a demanda que já estava baixa.
Lüders também conta que muitos produtores optaram por plantar o feijão comercial, também conhecido como feijão carioca, o que causou uma oferta excessiva no mercado. Em decorrência deste cenário há uma pressão nos preços, em que muitos lugares é comercializado bem abaixo dos preços mínimos e dos custos de produção. Em Unaí (MG), há produtores comercializando feijão recém-colhido entre R$ 75 e R$ 78 por saca.
Produtores aguardam a ação anunciada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de aquisição do governo por meio de AGF (Aquisição do Governo Federal) dos estoques, que deve trazer uma melhor perspectiva dos preços.
Situação inversa dos produtores que optaram em plantar outras variedades, como o rajado. Por haver demanda externa e menor oferta no mercado, os preços praticados no mercado são mais atrativos. Já para o feijão preto, a oferta depende de exportações vindas da Argentina, pois com o excesso de chuvas no sul do país, muitas lavouras foram prejudicas.