Café: NY eleva ganhos da sessão anterior com seca persistente no Brasil
Na manhã desta terça-feira (7), a Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica opera em leve alta após registrar máximas de mais de mil pontos nos principais contratos durante a sessão anterior. Por volta das 13h44, o contrato dezembro/14 registrava 222,85 cents de dólar por libra peso com alta de 205 pontos, o março/15 anotava 226,50 cents/lb com valorização de 205 pontos. O maio/15 trabalhava com 228,20 cents/lb e 210 pontos positivos e o julho/15 tinha alta de 215 pontos operando com 228,95 cents de dólar por libra peso.
Na sessão do dia anterior, o mercado fechou em alta no maior patamar registrado em dois anos e meio devido a seca que persiste nas principais regiões produtoras de café. Os preços mais que dobraram este ano à medida que a falta de chuva reduziu a oferta do Brasil para este e para o próximo ano.
As previsões climáticas apontam chuvas a partir do dia 15 de outubro. Entretanto, precipitações regulares só devem ser registradas na região Sul de Minas no final do mês.
Veja como fechou o mercado na segunda-feira:
Café: NY dispara com máximas de dois anos e meio com seca no Brasil
Por Jhonatas Simião
A Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou as cotações sesta segunda-feira (6) com alta expressiva de mais de mil pontos em todos os contratos, ampliando ainda mais os ganhos da sessão anterior. O contrato dezembro/14 registrou 220,80 cents de dólar por libra peso com alta de 1430 pontos, o março/15 anotou 224,45 cents/lb com valorização de 1415 pontos. O maio/15 fechou o dia cotado a 226,10 cents/lb e 1405 pontos positivos e o contrato com vencimento em julho/15 encerrou com 226,80 cents/lb e 1370 pontos de alta. Durante o dia, as cotações atingiram as máximas mais altas em dois anos e meio.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o dia foi de emoções nas alturas motivada pela seca que se agrava a cada dia nas principais regiões produtoras de café. “As cotações desde as primeiras operações testaram limites de alta inimagináveis e assim, a semana começou, pegando a maioria dos envolvidos de surpresa ante o forte quadro mercadológico especulativo”, afirma.
Além disso, segundo agências de notícias, a valorização do real ante o dólar também ajuda a sustentar os futuros do café, pois desencoraja as exportações do Brasil. Os preços do café mais do que dobraram este ano à medida que a falta de chuva reduziu a oferta do Brasil para este e para o próximo ano.
Segundo o analista, as previsões climáticas trouxeram informações que já tiram o sono de muitos do setor com a possibilidade de safra ainda menor em 2015. “A previsão de que o mês de outubro, no cinturão produtivo do Sudeste do Brasil, deverá ser tão seco como foi o setembro, literalmente, colocou fogo nas cotações já que este novo período de estiagem que as lavouras enfrentarão, será com certeza, a pá de cal, que a safra 2015 não precisava, nestas alturas dos acontecimentos”, diz.
Segundo o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, as previsões climáticas apontam volta de chuvas a partir do dia 15 de outubro. No entanto, as precipitações devem ser regulares no final do mês.
>> Clique aqui e veja as previsões climáticas para os próximos dias
Na região de Espírito Santo do Pinhal-MG a quebra da safra atual é de 35% a 40%. Segundo o engenheiro agrônomo da Coopinhal, Celso Scanavachi, a expectativa era receber de 120 a 125 mil sacas. No entanto, a cooperativa recebeu até o momento apenas cerca de 70 mil.
A perspectiva para a próxima safra é que os números sejam ainda menores. “Nós já sabemos que a próxima safra será baixa porque a lavoura vem com crescimento de ramo deficitário”, diz Scanavachi. Sem chuvas, os cafeicultores também não conseguem realizar adubação nas plantas. O agrônomo acredita que a safra de 2015 seja 20% menor que a atual.
>> Café: Cooperativas quantificam perdas da safra 2014/15
Mercado interno
O dia no mercado foi marcado por preços firmes e ofertas com os altos preços registrados. No entanto, o comprador preferiu esperar os próximos dias para ver se o mercado mantém os valores.
O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, estava cotado na sexta-feira (3) a R$ 501,20/saca de 60 kg com alta de 0,85%.
O cereja descascado na cidade de Espírito Santo do Pinhal-SP teve alta de 5,45% em relação à sessão anterior e está cotado a R$ 580,00 a saca de 60 kg. Em Poços de Caldas-MG, o café arábica tipo 4/5 teve alta de 8,37% e está valendo R$ 518,00.
Na BM&FBovespa, tipo 4/5 registra alta
O café arábica tipo 4/5 registrou alta acima de 5% nos principais contratos. O vencimento dezembro/14 encerrou cotado US$ 252,50 a saca de 60 kg com alta de 5,65%, o março/15 finalizou a sessão com US$ 257,00 e valorização de 3,84%. O setembro/15 anotou US$ 271,00 a saca e 7,11% de valorização. No tipo 6/7, não houve negócios na sessão de hoje.
Londres registra alta com expectativa de queda de safra no Brasil e Vietnã
O café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe), encerrou a sessão com preços mais altos em relação à sessão anterior. A alta do café arábica na Bolsa de Nova York e a expectativa de queda de safra no Vietnã exerceram pressão durante a sessão. O vencimento novembro/14 finalizou o dia cotado a US$ 2.165 por tonelada e alta de US$ 85 a tonelada e o janeiro/15 anotou US$ 2.177 por tonelada e valorização de US$ 84 em relação à sessão anterior, quando os preços permaneceram quase estáveis.
0 comentário
Preços do café recuam nas bolsas internacionais e atingem mínimas de 4 meses nesta 5ª feira (18)
Região de Franca/SP registra bom pegamento da florada do café para safra 2026
Preços do café no Vietnã caem ao menor nível desde março de 2024 com aumento da oferta
Preços do café estão voláteis, e trabalhavam em campo misto nas bolsas internacionais na manhã desta 5ª feira (18)
Desvalorização do real consolida fortes quedas nos preços do café no fechamento desta 4ª feira (17)
Retorno das chuvas no Sul de Minas Gerais traz certo alívio as lavouras de café