Café: NY fecha em baixa e devolve parte dos ganhos com realização de lucros
A Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou as cotações no campo negativo nesta terça-feira (7) com realização de lucros e recuperando parte dos ganhos da sessão anterior quando registrou altas expressivas de mais de mil pontos. A realização de lucros com vendas de fundos e de especuladores é um movimento natural devido às altas expressivas registradas nos últimos dias.
O contrato dezembro/14 registrou 216,35 cents de dólar por libra peso com baixa de 445 pontos, o março/15 anotou 220,20 cents/lb com desvalorização de 425 pontos. O maio/15 fechou o dia cotado a 221,90 cents/lb e 420 pontos negativos e o contrato com vencimento mais distante, o julho/15 encerrou o dia com 222,70 cents/lb e 410 pontos de queda.
De acordo com o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Nelson Carvalhaes, apesar da realização de lucros, o mercado internacional ainda continua focado na seca nas regiões cafeeiras do Brasil. “O mercado tem prejuízos a cada dia que passa com a seca, se chover só na quinzena de novembro o resultado para o próximo ano é imprevisível”, afirma.
O analista pondera que os estoques de passagem estão baixos e representam cerca de 20% da necessidade global de consumo. “Como para a próxima safra a produção deve cair, esses estoques irão reduzir deixando o mercado em uma situação delicada”, diz. Ainda segundo o analista, a questão cambial também influenciou no comportamento das bolsas.
De acordo com o meteorologista da Climatempo, Alexandre Nascimento, as previsões indicam que as chuvas devem se normalizar na região Sudeste apenas a partir da segunda quinzena de novembro. Mas a partir de 15 de outubro, deve receber na região formação de nuvens com pancadas de chuvas.
Nesta terça-feira, a Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia anunciou elevação de 6% na produção de café arábica em setembro. No entanto, segundo Carvalhaes, a divulgação não pressionou o mercado. “A produção da Colômbia não impacta no mercado mundial por ter baixa produção (cerca de 600 mil sacas), apesar da qualidade”, diz o analista.
>> Produção de café da Colômbia sobe 6% em setembro, diz federação
Mercado interno
O mercado opera sem liquidez observando as volatilidades e seus desdobramentos. Os produtores estão inseguros sem saber quanto haverá de perda na próxima safra e segurando um pouco as vendas. O cafeicultor está avaliando minuciosamente sua produção e custo.
O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, estava cotado na segunda-feira (6) a R$ 510,23/saca de 60 kg com alta de 1,80%.
BM&F tem cotações do tipo 4/5 no campo misto
O café arábica tipo 4/5 na BM&F Bovespa encerrou o dia no campo misto. O vencimento dezembro/14 encerrou cotado a US$ 248,20 a saca de 60 kg com baixa de 1,70%, o março/15 finalizou a sessão com US$ 260,50 e valorização de 1,26%. O setembro/15 anotou US$ 268,00 a saca e 1,11% de desvalorização. No tipo 6/7, foi mais um dia sem negócios.
Liffe realiza lucros, mas encerra sessão no campo positivo
As cotações do café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe), finalizaram em alta nesta terça-feira (7). O mercado chegou operar no vermelho durante a sessão com realização de lucros. Mas os movimentos de compra foram mais fortes. O contrato novembro/14 está cotado a US$ 2.176 por tonelada e alta de US$ 11 a tonelada, o janeiro/15 anotou US$ 2.187 por tonelada e valorização de US$ 10.1 comentário
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Joao Paulo de Oliveira Andradas - MG
CAFE: Se as chuvas só se normalizarem na segunda quinzena de novembro, eu vou começa a acredita que a safra 2015 sera maior de conillon do que a de arabica, com prejuizos para 2016!!!!!!! Cenario desanimador!!!!!!